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Como permanecer calmo sob pressão

Como permanecer calmo sob pressão

Erros e pressão são inevitáveis; o segredo de vencer ambos é permanecer calmo e um novo estudo da Harvard mostra que a maioria de nós tentamos ficar calmos da maneira errada

Muitos de nós passamos por aquele momento em que percebemos que um grande erro foi cometido. Pode ter sido um erro de digitação que derrubou todo um relatório, ou então você esqueceu de anotar o horário de uma importante reunião. Os detalhes são diferentes para todos, mas em algum ponto, cada um de nós sentiu a chegada de uma tsunami de medo e pânico.

Erros e pressão são inevitáveis; o segredo para vencer ambos é permanecer calmo.

Um novo estudo da Harvard mostra que a maioria de nós tentamos ficar calmos da maneira errada. Pessoas que abraçam o desafio de uma crise – ultrapassar a dificuldade as anima – se saem muito melhor do que aquelas que se forçam a permanecerem calmas.

“As pessoas têm um enorme impulso de que tentar ficar calmo é a melhor maneira de lidar com ansiedade, mas isso pode ser não só difícil, mas inefetivo”, disse o responsável pelo estudo, Allison Wood Brook. “Quando as pessoas se sentem ansiosas e tentam se acalmar, elas estão pensando no que poderia dar errado. Quando elas ficam animadas, elas estão pensando nas coisas que podem dar certo”.

Permanecer composto, focado e efetivo sob pressão é algo mental. Aqueles que dominam uma crise, são capazes de canalizar suas emoções para o comportamento que desejam. Em outras palavras, elas transformam ansiedade em energia.

E isso não acontece se você não se apegar à lógica. Sim, cometer um erro é constrangedor. Seu chefe pode gritar com você e o erro pode até entrar no próximo relatório sobre você, mas, provavelmente, não vai te fazer ser demitido, perder sua casa, morar no seu carro ou qualquer outra catástrofe que possa pensar para alimentar a ansiedade e te afastar do foco real.

Se você tem dificuldade em colocar as coisas em perspectiva, apenas pergunte-se as seguintes questões: qual a pior coisa que pode acontecer como resultado disso? Isso vai importar em cinco anos? Suas respostas devem te levar a um pensamento cataclísmico. Você provavelmente perceberá que o pânico é motivado por antecipação de passar vergonha em público mais que qualquer outra coisa. E assim que superar isso, é possível construir confiança recolhendo os cacos da bagunça e realmente tentando fazer as coisas melhores.

Para colocar as coisas em perspectiva, pense nas situações que foram piores que a que você se encontra agora. É bem provável que existam pessoas na sua empresa cometeram erros graves e ainda estão lá, bem. Esses erros lendários geralmente têm pouco efeito em longo prazo em bons empregados. Lembre-se sempre: “Tem mais para mim do que essa situação. Um erro não vai me definir”.

Depois, você precisa reconhecer que as pessoas são menos focadas em você do que imagina. É fácil pensar que se é o centro do turbilhão. Você está envergonhado e preocupado com seu emprego. Quanto mais você se sente julgado por outros, mais intensa se torna sua ansiedade. Mas seu chefe, e todos seus colegas, vão passar bem menos tempo se preocupando com você do que tentando melhorar uma situação difícil, que é o que você deveria estar tentando fazer! É necessário perceber que eles não terão muito tempo para pensar nisso até depois de a poeira ter baixado, e até lá, você terá feito parte da solução.

Agora é a hora de expandir a lógica. Nada ajuda a manter o foco durante uma crise do que o pensamento lógico. Assim que você se preveniu do pânico, é hora de perguntar a si mesmo as questões importantes: o que realmente aconteceu? Quais as possíveis repercussões? Ainda existe tempo de evitar essas repercussões? Se sim, como? Quem precisa estar envolvido? Se for tarde demais para evitá-las, o que pode ser feito para diminuir o dano? Mas não deixe sua mente ficar pensando em autoacusações ridículas.

Finalmente, aja. Depois de descobrir os fatos e quebrar a cabeça, é hora de tomar as rédeas da situação. Trabalhar duro para tentar limpar a sujeira só vai dar mais força ao seu sentimento de pavor; depositar sua energia em tentar fazer as coisas melhores não só vai te dar mais forças, como também vai te ajudar a se distrair de qualquer sensação de ansiedade. Lembre-se, estar animado pelos desafios de voltar das cinzas irá melhorar sua performance drasticamente.

Para manter as coisas funcionando, não seja tão duro com você. Ninguém é perfeito. Até as pessoas mais bem sucedidas cometem grandes erros. A primeira empresa de Henry Ford faliu em 18 meses, Oprah Winfrey teve que ouvir que não servia para televisão e Walt Disney foi demitido da Kansas City Star por falta de criatividade. Se por para baixo pode ser tentador, mas não leva a lugar algum e com certeza não te fará mais calmo. No lugar disso, mantenha sua energia focada no futuro e nas coisas que você quer mudar.

Juntando tudo

A habilidade de gerenciar suas emoções e permanecer calmo sob pressão está diretamente ligada à sua performance. Em uma pesquisa da TalentSmart com mais de um milhão de pessoas, foi descoberto que 90% dos melhores funcionários são ótimos em controlar suas emoções em tempos de estresse, assim, permanecendo calmos e no controle.

Ninguém gosta de cometer erros. Mas não importa quão grande o erro é, sucumbir ao pânico não irá ajudar. Deixar os pensamentos ruins assumirem diminuem sua habilidade de tomar boas decisões e de seguir em frente de forma efetiva. Ao invés disso, use essas estratégias para permanecer calmo e assim pensar sobre a situação, desenvolver um plano e se ocupar em fazer as coisas da maneira correta, para assim, continuar.

Como ser descoberto por um headhunter?

Como ser descoberto por um headhunter?

O sucesso de um processo seletivo depende de uma sinergia muito grande entre candidato, vaga e empresa contratante. É indispensável ser autêntico e honesto para não criar expectativas ruins.

Todo profissional busca ser reconhecido e ter sucesso na carreira, os mais ambiciosos dedicam-se a escalar a pirâmide corporativa rumo ao topo, enquanto outros querem atingir profundidade em suas áreas de especialização. Independente do planejamento individual de carreira é importante contar com bem mais do que a sorte na hora de encontrar novas oportunidades. Nesse sentido ser descoberto por um headhunter pode ser considerado um importante passo no amadurecimento profissional, uma vez que fica explicito que você se tornou objeto de desejo no seu mercado de atuação.
De maneira muito prática, o primeiro passo para ser encontrado por um recrutador é fazer um bom trabalho e destacar-se em seu mercado de atuação. Os bons profissionais conseguem, ao longo da carreira, construir uma fama positiva para o mercado e isso, por si só, fará com que você seja descoberto quando surgir uma oportunidade para seu perfil de atuação.
Tão importante quando deixar uma boa impressão pelas empresas que passar, é manter seu perfil nas redes sociais sempre atualizado. Principalmente o perfil do LinkedIn, rede social voltada para relacionamentos profissionais. Mais do que manter o perfil atualizado com o as empresas que trabalhou, é importante descrever as atividades e projetos realizados. Durante a busca por profissionais, o headhunter utiliza palavras chaves para encontrar o perfil, e essas palavras não necessariamente estão no título dos cargos. Além disso, o profissional precisa aprender a preencher o currículo para ser visto da maneira que deseja.
No mercado de marketing e vendas, por exemplo, é importante descrever as atividades realizadas pensando no próximo passo que quer atingir na carreira. Uma dica muito importante na hora de construir o currículo é manter a descrição das atividades técnicas. Caso o perfil técnico do currículo seja compatível com a descrição esperada para a vaga, o perfil comportamental será validado na fase de entrevistas.
Se o profissional estiver ativo na busca por uma recolocação ou por uma nova oportunidade, meu conselho é dedicar tempo na construção do currículo. Mais do que quantidade de informação é preciso ter assertividade e foco. Mirar naquilo que deseja e preencher o currículo para conquistar esse objetivo. Muitas vezes é importante até adaptar o seu currículo para cada vaga e empresa que desperte o seu interesse, ressaltando em cada uma delas aquilo que mais saltará aos olhos do recrutados, ou seja, suas experiências mais relevantes para a ocupação daquele cargo.
É fundamental tomar cuidado para ser discreto na busca, caso esteja trabalhando. Apesar de ser absolutamente normal procurar novas oportunidades de carreira ainda existe um tabu no mundo corporativo, onde se o profissional está procurando emprego significa que este está insatisfeito. Nesse caso o mais importante é continuar desempenhando um excelente trabalho e fazendo as entregas que precisam ser feitas. Dessa forma, no momento em que precisar pedir demissão, você evitará ressentimentos e saberá que fez o melhor trabalho possível no período em que esteve na empresa.
Apesar de ser a dica mais dada por recrutadores, vale o reforço: nunca minta no currículo. Parece óbvio, mas ainda pegamos muito candidatos cometendo esse erro que destrói a credibilidade do profissional.
Passada a fase de ser descoberto pelo headhunter vem a segunda parte do processo seletivo: a entrevista! Tão temida e aguardada pelos profissionais, a entrevista é a melhor chance de mostrar o quanto você deseja preencher a cadeira disponível. Além de muita energia e disposição, é fundamental estudar sobre a empresa, o mercado de atuação e até mesmo sobre algumas correntes. Demonstrar real interesse é a melhor maneira de deixar uma boa impressão. Agora, se você não estiver tão afim assim da oportunidade, nem aceite o convite para o bate papo, isso demonstra respeito pelo seu tempo e pelo tempo do recrutador também.
O sucesso de um processo seletivo depende de uma sinergia muito grande entre candidato, vaga e empresa contratante. É indispensável ser autêntico e honesto para não criar expectativas ruins para ambos os lados. Por fim, se eu pudesse te dar apenas um conselho para ser notado por um headhunter seria: mais do que simplesmente ser visto/encontrado, faça com que você seja lembrado.
Os 6 ingredientes de uma pessoa carismática

Os 6 ingredientes de uma pessoa carismática

De imagem e poder, a persuasão e habilidade de conversa, saiba como aumentar o seu dom de se relacionar

Algumas pessoas têm carisma natural. Elas chegam aos lugares e as pessoas as parecebem de cara. Elas conseguem inspirar e passar confiança à equipe, parceiros e chefes. As pessoas as escutam.

A escritora de negócios Gwen Moren publicou recentemente um artigo na Fast Company sobre isso. “Todos têm uma definição diferente do que é carisma, mas pode ser interpretado tanto como a qualidade que fazem as pessoas fazerem o que você quer que elas façam, assim como pode ser o que faz as pessoas se perguntarem quem é a pessoa entrando na sala”, diz Gwen.

Mas carisma não é um dom secreto que nasce com você. Gwen, então, criou seis áreas chaves para serem trabalhadas e, assim, ajudar no seu magnetismo pessoal.

1 – Poder

Poder não está ligado ao cargo profissional. Poder é, na verdade, uma combinação de confiança, linguagem corporal, expressões faciais e voz.

“Isso é como as pessoas te percebem. Pessoas carismáticas nem sempre são aquelas com vozes doces e risadas boas. Elas possuem foco e são confortáveis consigo mesmas. Sabem como se portar em todas as situações e como usar suas vozes, seja para confortar, seja para liderar”, diz Gwen. “Uma dica para isso, é sempre ficar focado no que está fazendo agora durante uma conversa. Ao pensar no que vem depois, você pode se distrair e fazer linguagens corporais ou expressões que demonstrem isso”, completa.

2 – Persuasão

“Pessoas com magnetismo pessoal são capazes de atrair outros para sua maneira de pensar, e isso é extremamente importante para possuir carisma, pois nenhuma ideia, não importa o quão brilhante, chega a algum lugar caso não seja tomada por pessoas diferentes. É necessário ter entusiasmo sobre o que você está fazendo ou falando, demonstrando-se digno de confiança e bem informado sobre o assunto”, explica Gwen.

3 – Imagem

Segundo Gwen, “são necessários apenas algumas frações de segundo para pessoas formarem opinião sobre você, e, a partir do momento que ela é formada, é difícil mudar”. Um recente estudo da Universidade de Glasgow e da Universidade de Princeton descobriu que as pessoas percebem você em menos de um segundo.

“Então, preste atenção em como você se apresenta. Não é necessário andar de terno e gravata a todo instante, mas tenha certeza que como você está vestido e como você se porta reflete quem você é, o ambiente em que você está e aonde você quer chegar”, diz a escritora.

4 – Habilidades interpessoais

“Pessoas carismáticas são boas em ouvir e se comunicar com os outros, e isso vai bem além de só falar. É necessário entender e respeitar o espaço e o tempo dos outros. Eles não falam além do necessário com quem não gosta de ouvir muito e eles não se atrasam com quem não tolera atrasos. Ou seja, saber interagir sem deixar as pessoas desconfortáveis”, diz Gwen. “Conforto é a palavra chave para esse ponto. As pessoas irão procurar isso em seu olhar quando te encararem e querem ouvir isso no tom da sua voz”, completa.

5 – Adaptabilidade

A habilidade de tratar os outros da forma que eles querem ser tratados, não importa como você se sinta sobre isso, é adaptabilidade. Isto é, abraçar diversidade e todas as suas formas, entendendo que cada indivíduo é diferente. Quando o cenário muda, pessoas carismáticas fazem um esforço para entender e ajustar sua forma de se relacionar.

6 – Visão

“Pessoas carismáticas tem um plano ou mensagem sobre o que as entusiasma, e elas são capazes de passar essa visão e paixão para outros. Quais suas ideias? O que te anima? Para ser mais carismático, trabalhe em projetar esta crença e esse compromisso (e como vai beneficiar seu público) em como você fala e se relaciona com os outros”, explica Gwen.

Não importa o objetivo, mas seguindo todas essas dicas, será possível influenciar as pessoas a mudar de ideias e tomar ações baseadas em tudo o que você acredita.

Por onde começar quando se deseja mudar de carreira?

Por onde começar quando se deseja mudar de carreira?

Pesquisa da ISMA Brasil constatou que 72% dos profissionais do Brasil manifestam algum tipo de descontentamento relacionado ao dia a dia nas empresas em que atuam

Quero mudar de carreira, como escolho? Essa pergunta é mais comum do que imaginamos.

Eu mesmo já passei por isto mais de uma vez, seja por não estar satisfeito com uma carreira ou seu rumo, ou porque eu queria novos desafios, oportunidades, ser promovido, empregabilidade, sair de minha zona de conforto, maiores salários, crescimento profissional, entre outros tantos motivos. Sobram razões para sonhar com um novo projeto de vida.

O fato é que pesquisas relatam, de formas diferentes, a mesma questão sobre a insatisfação com o trabalho, independente o que isto signifique para cada um de nós. A ISMA (International Stress Management Association) Brasil constatou que 72% dos profissionais manifestam algum tipo de descontentamento relacionado ao dia a dia nas empresas em que atuam.

Conforme uma série de mudanças a cada dia mais rápidas, dentre elas disponibilidade de informações de forma fácil, ascensão de classe social, mais anos de estudo, as pessoas cada vez mais tornam-se reflexivas sobre o retorno que um trabalho, carreira, profissão deve dar a cada um, bem como, qual a sua contribuição à sociedade usando o seu talento como ferramenta, isto, ainda conectado com o seu propósito de vida, muitas vezes ainda não muito “claro”, torna o projeto “mudança” ainda mais desafiador .

1.Paixão – Reflita com muita calma sobre o que realmente te dá paixão profissional, aquilo que você se pega mesmo sem perceber pensando, sendo curioso, querendo aprender e fazer mais, agregar valor, isto fará uma grande diferença. Também exercite imaginar se daqui um tempo você se vê atuando com esta “paixão”, pois independe de qual for, a dedicação sempre será muito grande;

2. Valor – E importante identificar e validar sua paixão, mas, ela por si só é insuficiente para aumentar suas chances de sucesso neste projeto de mudança de carreira, é necessário que sua paixão gere valor ao mercado e, seja reconhecida por isto. Simplificando, estamos falando em viabilidade econômica, a sua paixão tem “apelo econômico”? Se sim, está de acordo com sua expectativa de ganhos? Sem esta avaliação, as chances da mudança de carreira não darem certo são maiores e, até o risco de retorno à “carreira insatisfatória” e frustração também são grandes.

3. Conhecimento – Se pergunte: ” Quanto você conhece desta nova carreira ou posição? Há necessidade de algum conhecimento formal (como certificados ou diplomas? Possui contato com alguém que já atua onde você quer ir? De que tipo de conhecimento precisa ter para iniciar nesta posição? Seria interessante fazer um plano para atingir tal conhecimento.

4. Comunicação – Interna e externa. — Primeiro a comunicação interna (com você), chegou a uma definição e se convenceu desta decisão? Se não, o que falta? O que te impede de ter a decisão? — Segundo a comunicação externa, como se posicionará no mercado de trabalho, desde curriculum, linkedin e entrevistas, o pode falar a seu favor para esta mudança e para que os outros “comprem” a sua ideia de mudança?

Lembrando que terá concorrentes muitas vezes tão ou mais experientes do que você para esta nova posição.

5. Procure ajuda – Há um ditado relevante que diz: “Se quer ir rápido, vá sozinho, se quer ir longe, vá acompanhado.” Recomendo sempre que possível pedir ajuda seja profissional ou de uma amigo ou conhecido que já trilhou este caminho e, pode com mais assertividade, segurança te apresentar as possíveis armadilhas e aumentar assim suas chances de sucesso no projeto “mudança de carreira”. Lembre-se: “pensando bem, você pode crescer!”.

10 profissões técnicas em que é mais fácil encontrar emprego

10 profissões técnicas em que é mais fácil encontrar emprego

Pesquisa indica quais são as profissões técnicas de base industrial mais quentes e revela situação difícil para as áreas que exigem nível superior

São Paulo – Entre os profissionais com formação técnica de base tipicamente industrial, os que encontram mais vagas são aqueles que podem ser contratados por diversos segmentos.

É o caso dos técnicos de vendas especializadas, função mais demandada no 1º semestre deste ano, segundo pesquisa divulgada pelo SENAI, com base no Caged.

A pesquisa só leva em conta ocupações que tenham a base industrial, o que não impede que eles trabalhem em empresas de todos os setores, mas explica por que técnicos de enfermagem, por exemplo, estão de fora da contagem. Ao todo, são 98 ocupações de base industrial que exigem qualificação técnica.

Foram mais 2,5 mil novos postos de trabalho de saldo entre contratações e demissões no período e o fato de ser um profissional demandado do comércio à indústria, e também pela área de serviços, explica o destaque no mercado de trabalho. Confira a lista:

1º Técnicos de vendas especializadas

Saldo de empregos no 1º semestre: + 2.536
Áreas que mais contrataram: comércio por atacado; comércio varejista; serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços; comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas; educação; fabricação de produtos alimentícios.

2º Instaladores/ reparadores de linhas e equipamentos de telecomunicações

Saldo de empregos no 1º semestre: +1.347
Áreas que mais contratam: obras de infraestrutura; telecomunicações; comércio varejista, reparação e manutenção de equipamentos de informática e comunicação e de objetos pessoais e domésticos; serviços especializados para construção.

3º Técnicos em operação e monitoração de computadores

Saldo de empregos no 1º semestre: + 879
Áreas que mais contrataram: Atividades dos serviços de tecnologia da informação; comércio varejista; serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços; educação; telecomunicações; atividades de prestação de serviços de informação; reparação e manutenção de equipamentos de informática e comunicação e de objetos pessoais e domésticos.

4º Montadores de veículos automotores (linha de montagem)

Saldo de empregos no 1º semestre: +841
Áreas que mais contrataram: fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas; fabricação de outros equipamentos de transporte (exceto veículos automotores); fabricação de máquinas e equipamentos; fabricação de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos)

5º Técnicos em programação

Saldo de empregos no 1º semestre: +828
Áreas que mais contrataram: atividades dos serviços de tecnologia da informação, comércio varejista; atividades de prestação de serviços de informação, serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços; educação; reparação e manutenção de equipamentos de informática e comunicação e de objetos pessoais e domésticos.

6º Coloristas

Saldo de empregos no 1º semestre: +434
Áreas que mais contrataram: comércio varejista; fabricação de produtos têxteis; comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas; alimentação; comércio por atacado (exceto veículos automotores e motocicletas)

7º Instaladores e mantenedores de sistemas eletroeletrônicos de segurança

Saldo de empregos no 1º semestre: +428
Áreas que mais contrataram: comércio varejista; atividades de vigilância, segurança e investigação; serviços especializados para construção; serviços para edifícios e atividades paisagísticas; reparação e manutenção de equipamentos de informática e comunicação e de objetos pessoais e domésticos.

8º Técnicos mecânicos na manutenção de máquinas, sistemas e instrumentos

Saldo de empregos no 1º semestre: +384
Áreas que mais contrataram: comércio varejista; comércio por atacado (exceto veículos automotores e motocicletas); manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos; fabricação de máquinas e equipamentos; serviços especializados para construção; fabricação de produtos alimentícios.

9º Montadores de aparelhos de telecomunicações

Saldo de empregos no 1º semestre: + 324
Áreas que mais contrataram: obras de infraestrutura; telecomunicações; reparação e manutenção de equipamentos de informática e comunicação e de objetos pessoais e domésticos; comércio varejista, fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.

Informática e Telecomunicações: área é uma das que mais contratam técnicos de base industrial (monkeybusinessimages//Thinkstock)

10º Técnicos de laboratório industrial

Saldo de empregos no 1º semestre: + 309
Áreas que mais contrataram: fabricação de produtos alimentícios; serviços de arquitetura e engenharia; obras de infraestrutura; fabricação de coque (tipo de carvão), de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis; atividades de atenção à saúde humana.

Na retomada, técnicos são mais procurados do que quem tem nível superior

No relatório sobre a pesquisa, a afirmação do diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, de que os cursos técnicos são o caminho mais rápido para o mercado de trabalho industrial é comprovada em números.

Para ocupações industriais, o saldo é negativo: mais pessoas demitidas do que admitidas. O levantamento indica que situação menos pior enfrentam profissionais de design industrial:

Profissão de nível superior Saldo de empregos no 1º semestre
Desenhistas industriais (designers), escultores, pintores e afins 314
Diretores de produção e operações de construção civil e obras públicas 15
Profissionais de metrologia 5
Especialistas em editoração
Profissionais da biotecnologia -3
Pesquisadores das ciências naturais e exatas -10
Químicos -44
Diretores de pesquisa e desenvolvimento -49
Diretores de manutenção -58
Diretores de produção e operações em empresa da indústria extratativa, transformação e de serviços de utilidade pública -64

Situação continua  difícil para profissionais da área de engenharia

Engenharia de alimentos: é a área “menos pior”, segundo a pesquisa (jordachelr/Thinkstock)

Entre os engenheiros, aqueles que trabalham na área de alimentos, mecatrônica- que são profissionais considerados polivalentes, segundo o SENAI – ou ambiental são os únicos que têm suas ocupações com saldo positivo. O número de novas vagas porém não é nada animador e indica que a retomada passa longe da engenharia.

Profissionais de engenharia Saldo de empregos no 1º semestre
Engenheiros de alimentos e afins 16
Engenheiros mecatrônicos 5
Engenheiros ambientais e afins 2
Engenheiros agrimensores e engenheiros cartógrafos -32
Engenheiros de computação -90
Engenheiros de minas -91
Engenheiros metalurgistas e de materiais -110
Engenheiros químicos -207
Engenheiros industriais, de produção e segurança -605
Engenheiros mecânicos -608
O desafio da não-procrastinação

O desafio da não-procrastinação

Não, você não pode ler esse artigo depois!

Esse é o mês em que você irá detonar a procrastinação.

E não, você não pode ler esse artigo depois!

Somos todos vítimas da procrastinação. Ela nos persegue diariamente, fazendo com que fujamos das tarefas que realmente queremos completar, fugir para a distração e o trabalho e e-mail e… tudo menos o que realmente importa.

A procrastinação tem nos controlado por muito tempo.

Esse é o mês em que faremos algo. É a hora de decidir ficar em vez de evitar, de se concentrar em vez de fugir.

Você está preparado para o Desafio da não-procrastinação? Sim, você está. Não, você não pode fazê-lo depois.

Eu estou lhe atribuindo esse desafio hoje, para o resto do mês.

Veja como ele funciona:

  1. Comprometa-se publicamente (nas redes sociais, para seus amigos, família e colegas, como quiser) a fazer isso todo dia pelo resto do mês.
  2. Todo dia, passe apenas 5 minutos fazendo uma sessão de não-procrastinação (ver próximo passo).
  3. Pegue uma tarefa importante para se concentrar, tire todas as distrações, coloque o cronômetro em 5 minutos e não faça nada além da tarefa.
  4. Você não pode mudar de tarefa durante a sessão. Você não pode olhar algo rapidamente. Você não pode se levantar para limpar algo. Você só pode sentar lá, com aquela tarefa, e concentrar na tarefa ou sentar sem fazer nada.
  5. Quando você se sentir vontade de mudar de tarefa, não mude. Apenas fique com o sentimento. Observe, deixe emergir, então deixe desaparecer. Retorne para a tarefa.
  6. Quando o cronômetro acabar, sucesso! Você pode continuar como quiser, ou fazer um intervalo e começar novamente, mas nenhum intervalo é necessário. Apenas 5 minutos por dia é o necessário para o sucesso.
  7. Sim, até mesmo sessões de 5 minutos nos fins de semana. Pegue um projeto pessoal para se concentrar durante esses dias, se você quiser.

É isso. Apenas se comprometa, pegue uma tarefa todo dia, coloque o cronômetro, e não faça nada além da tarefa ou sente e observe sua vontade de mudar. Bem simples, certo?

O que você notará é que você sente muita vontade de mudar. É normal. Essas sessões irão permitir que você veja a vontade, e encarar a vontade em vez de habitualmente fugir delas.

O que você também notará é que a vontade não é nada demais. Corremos dela com medo, mas não é tão assustador. Não é motivo para entrar em pânico. Nada de mais.

O que você pode achar é que você é capaz de fazer muita coisa se não se permitir fugir. O projeto irá mais além do que nunca. Você estará no topo do seu calendário de estudo ou trabalho. Você irá se livrar daqueles impostos e da temível papelada. O trabalho importante é feito, o que é incrível.

Eu tenho utilizado esse método para melhorar a concentração, e agora faço várias dessas sessões todos os dias. E o que é mais incrível é que agora eu posso lidar atentamente com as vontades de procrastinar com o exercício físico, leitura, fazer refeições saudáveis e mais.

Não, eu não estou curado da procrastinação… Eu não acredito que estaremos algum dia. Mas agora sei que cada vontade não é nada de mais, e que eu posso focar. Isso mudou muita coisa para mim. Você também pode fazer isso.

Os 4 erros no currículo que mais irritam os recrutadores

Os 4 erros no currículo que mais irritam os recrutadores

Pesquisa revela os detalhes que mais prejudicam a avaliação de um currículo pelos recrutadores brasileiros. Veja como evitá-los

Currículos costumam ser fonte de frustração para muitos recrutadores. Seja por pecados na forma, seja por deslizes no conteúdo, a maioria dos candidatos acaba por produzir documentos que causam mais aborrecimento do que interesse.

“Grande parte vem com um design todo embolado, várias informações cruciais faltando, ou então detalhes excessivos”,  diz Hélio Carvalho, sócio-diretor da consultoria Qualitá-RH. O nível da maioria costuma ser tão ruim que “chega a dar desânimo”, nas palavras do recrutador.

Os mais prejudicados, no entanto, são os próprios profissionais. Mesmo aqueles que têm uma trajetória impecável e seriam perfeitos para uma determinada vaganão serão sequer considerados pelos avaliadores se não fizerem um currículo de qualidade.

Para ajudar candidatos a se apresentarem ao mercado de forma mais eficiente, a Qualitá-RH entrevistou cerca de 230 recrutadores de nível sênior sobre qual seria o modelo ideal de um currículo.

Os resultados trazem alguns erros considerados imperdoáveis pelos headhunters. Confira os principais a seguir:

1) Não incluir o campo “Objetivo profissional”

A função pretendida é considerada uma informação essencial para a triagem de currículos na visão de 71,2% dos entrevistados pela Qualitá-RH. Afinal, esse é o primeiro indicador que o recrutador levará em conta para decidir se deve continuar lendo o CV ou não.

Sem indicar seu objetivo profissional, o candidato dá a entender que está disposto a qualquer aventura só para ter um salário no fim do mês. “É importante fazer um currículo adaptado para cada vaga pretendida, e não um único documento que sirva para qualquer oportunidade”, orienta Carvalho.

É importante ser direto, específico e sucinto. Não vale se apresentar, por exemplo, como possível “assistente/analista/supervisor/coordenador financeiro”, na ilusão de abrir mais chances de se encaixar nas necessidades do contratante. Se você pretende atuar como coordenador financeiro no seu próximo emprego, escreva apenas isso no objetivo profissional.

2) Incluir (ou omitir) o campo “Resumo”

Escrever uma síntese da sua trajetória profissional até agora não é errado — mas a pertinência dessa informação pode variar conforme o seu grau de senioridade na carreira.

Em um currículo de nível operacional, o resumo é considerado relevante por 54,4% dos recrutadores, e visto como desnecessário por 45,5%. A avaliação muda drasticamente quando cargo é de média ou alta gestão: 89,7% consideram o campo necessário e apenas 10,9% o julgam irrelevante.

É fácil entender essa distinção. Só há necessidade de resumir carreiras longas; as trajetórias que ainda são curtas não precisam de síntese. “Para um profissional de nível júnior, o resumo acaba sendo redundante”, explica Carvalho. Os dados principais podem ser facilmente apreendidos com um olhar rápido sobre sua trajetória profissional.

Já o candidato de nível sênior precisa escrever duas ou três linhas rápidas sobre si mesmo — ou obrigará o recrutador a ler todo o currículo à procura de informações básicas sobre ele.

3) Escrever tudo em texto corrido, ou tudo em tópicos

A diagramação e até as fontes que você escolhe para o seu CV têm um impacto surpreendente sobre sua atratividade. O princípio geral que deve reger a composição do documento é a simplicidade: cores sóbrias, fontes clássicas e um espaçamento confortável entre linhas e parágrafos.

Também é importante criar diferenciação visual entre cada tipo de informação. Além de usar o negrito para títulos, por exemplo, é interessante intercalar textos corridos e listas de tópicos. A preferência de 58,5% dos entrevistados pela Qualitá-RH é por resumos na forma de um parágrafo. Já as experiências profissionais devem vir como uma lista de itens, segundo 81,2%.

De acordo com Carvalho, formatar seu histórico profissional em forma de tópicos ajuda a tornar a leitura mais dinâmica. No entanto, é melhor escrever o resumo na forma de um pequeno texto. “Se você fizer tudo no formato de tópicos, o layout fica muito cansativo e repetitivo”, explica ele.

4) Anexar uma carta de apresentação

Nada menos que 84,5% dos entrevistados consideram desnecessário escrever uma redação sobre si mesmo e enviá-la como complemento ao currículo.

“A carta de apresentação costuma vir como um 2º anexo no e-mail, o que nos faz perder ainda mais tempo”, explica o diretor da Qualitá-RH. “Além disso, costuma incluir autoelogios que não acrescentam nada para quem está recrutando”.

A dica do especialista é esperar a entrevista presencial para falar mais sobre seus valores e expectativas. Além de desnecessário, adiantá-las em formato de texto exclui a possibilidade de explorar outros recursos de comunicação para persuadir e conquistar o avaliador, tais como tom de voz e linguagem corporal.

O que vale mais, seu tempo ou sua energia?

O que vale mais, seu tempo ou sua energia?

“Tempo é dinheiro”, estamos cansados de ouvir isso. No entanto, nossas experiências diretas nos fazem questionar essa máxima: o que vale mais, uma hora com baixo foco e energia ou 15 minutos de presença plena, com alto nível de energia física e mental?

Você está constantemente atarefado, mas não é produtivo? Tempo é um recurso finito e a resposta para alta performance (e qualidade de vida) está na habilidade com que administramos nossa energia e nos focamos no que é essencialmente relevante para nós.

Novas relações com o trabalho
A rotina de Otávio era exaustiva. Jovem, consultor em uma firma global de consultoria estratégica, ele vivia cansado por precisar cumprir horários rigorosos com seus clientes e não ter autonomia sobre sua agenda. A partir do momento em que passou a gerenciá-la, evitar o trânsito e trabalhar um dia por semana de casa, a produtividade (e a satisfação com o trabalho) de Otávio aumentou muito, mesmo trabalhando efetivamente mais horas. Já Marina, diretora de uma multinacional, trabalhava cerca de 12 horas por dia e aos finais de semana e, ao passar por uma crise de saúde, reavaliou a sua trajetória profissional e suas motivações. Marina passou então a constantemente bloquear sua agenda para retomar as aulas de yoga e para ter tempo de qualidade com seus filhos.

Estes são apenas alguns exemplos de que as demandas sociais, expectativas pessoais e tecnologias disponíveis estão alterando a nossa relação com o trabalho. Retorno financeiro e crescimento ainda são motivadores fortes (especialmente em épocas de crise), porém estamos mais preocupados com o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. De acordo com uma pesquisa feita pela PwC em 2011, com cerca de 4,5 mil jovens de 75 países, 90% afirmam que qualidade de vida é um critério importante na hora de escolher um emprego. Quanto aos benefícios mais valorizados, em primeiro lugar está oportunidade de aprendizagem (22%), seguido de flexibilidade de trabalho (19%) e então retorno financeiro (14%). Ainda, buscamos cada vez mais sentido e alinhamento de valores no trabalho, e não apenas bônus agressivos. Em recente pesquisa da Deloitte (The 2016 Deloitte Millennial Survey) com 7,7 mil jovens da geração Y de 29 países, 87% afirmaram que o sucesso de um negócio não deve ser mensurado apenas por seu desempenho financeiro, e 55% elencaram valores pessoais e morais como os fatores de maior influência sobre suas decisões profissionais.

Uma rotina balanceada reflete também na performance profissional. Pessoas que acreditam ter um equilíbrio entre vida pessoal e profissional se dedicam 21% mais ao trabalho, de acordo com uma pesquisa da Corporate Executive Board com 50 mil trabalhadores ao redor do mundo. Este esforço extra é resultado de uma sensação (que pode ser aparente) de bem-estar e controle de sua vida. Encontrar inspiração, qualidade de vida e propósito no que fazemos parece impossível no contexto acelerado em que vivemos; mas acredite, é factível. O ponto de partida é saber administrar e concentrar sua energia no que realmente agrega valor e está alinhado com seu propósito. Saber dizer não também é importante para sua gestão pessoal.

Administrar a energia, não o tempo
Recorrentemente, ouvimos “não tenho tempo” ou “estou muito ocupado” como desculpas por não inserir atividades físicas na rotina, não ter tempo de qualidade com família ou amigos, ou não finalizar um projeto profissional. Será que mais tempo realmente resolveria todos os nossos problemas? Embora possamos mensurá-lo, não podemos controlá-lo, influenciá-lo, aumentá-lo ou diminuí-lo. Acreditamos que a solução é sempre correr atrás do “mais” – mais horas de trabalho e mais tempo – enquanto devemos buscar por “menos, mas melhor”. Para uma rotina produtiva e equilibrada, precisamos administrar os recursos que temos e focar nossa energia no que é relevante. A capacidade de gerir e restaurar nossa energia, seguindo planejamento e prioridades conscientemente estabelecidos é fundamental para enfrentarmos a correria do dia-a-dia com qualidade de vida. Tempo é um recurso limitado e finito, enquanto energia é um recurso renovável. Jim Loehr e Tony Schwartz, autores do livro “The Power of Full Engagement”, comprovaram, por meio de estudos com executivos, que saber administrar energia é a chave para alta performance e renovação pessoal. Eles acreditam em quatro fontes de energia e que cada uma delas pode ser sistematicamente trabalhada e renovada por meio de diferentes mecanismos:

Energia física: é evidente que nutrição inadequada, privação de sono ou descanso e falta de exercícios físicos minam nosso estoque de energia; manter uma rotina saudável é imprescindível.

Energia emocional: reconhecer o que desperta nossas emoções (positivas e negativas) e aprender a controlar nossas reações melhoram o nível e qualidade de nossa energia, independentemente do contexto externo.

Energia mental: embora nosso default seja realizar diferentes atividades simultaneamente, ser multitarefa reduz a produtividade. Alternar entre uma atividade e outra aumenta em até 25% o tempo necessário para finalizar a primeira tarefa.

Energia espiritual: religião, espiritualidade, valores. Independentemente do nome ou preferência, nossa vida pessoal e profissional deve estar alinhada com o que acreditamos – ver sentido e propósito no que fazemos é energizador.

Em outro estudo com colaboradores de uma rede de resorts, Edy Greenblatt, coautora do livro “Restore Yourself: The Antidote for Professional Exhaustion”, analisou o impacto de saber administrar os recursos pessoais na rotina dos entrevistados. Ela descreve quatro níveis de energia pessoal: burnout, reserva, normal e ótimo, sendo que o poder de influência de eventos externos sobre nossa energia varia de acordo com o nível em que nos encontramos. Isso quer dizer que quando estamos desanimados, sem iniciativa e foco, é comum que qualquer momento de stress (eventos depletores de energia) nos afete ainda mais negativamente do que se estivéssemos altamente energizados. A pesquisadora também demonstra o papel da empresa e seus benefícios: uma equipe altamente energizada está positivamente correlacionada à alta performance e baixas taxas de turnover, e a cultura, estrutura e normas organizacionais influenciam os níveis de energia dos colaboradores.

Restauração x depleção — como maximizar energia e foco
Na Biologia, autorrenovação é a capacidade que os sistemas vivos possuem de renovar e reciclar seus próprios componentes. O processo em células-tronco — aquelas famosas por estarem sempre “fresquinhas”, aptas a se transformarem em qualquer célula do corpo humano — requer um orquestrado controle do ciclo celular e equilíbrio de diferentes componentes, num processo regulado por sinais externos. Como resposta a esses sinais, as células passam por mudanças que resultam em autorrenovação e diferenciação em células de diferentes tecidos (como células da pele, do cabelo, dos dentes). Da mesma forma, precisamos identificar os elementos externos que afetam nosso funcionamento (produtividade e felicidade) e traçar mecanismos que mantenham nosso equilíbrio e renovem nossa energia. Não é uma tarefa trivial; requer esforço e autoconhecimento. Abaixo, compartilhamos algumas práticas e experiências que julgamos extremamente relevantes no processo de restauração e maximização do nosso nível de energia.

Autoconhecimento: sair da inércia e passar a observar nossas ações e reações, pensamentos e crenças, entender nossa relação com outras pessoas e com o mundo, no que somos bons e no que precisamos melhorar é essencial na organização de tarefas e no direcionamento de esforços para maximizar a performance. Fácil falar, difícil colocar em prática de forma sustentável. Feedbacks estruturados e frequentes, leitura, filosofia, escrita de diários, coaching, meditação, terapia, conversas honestas e profundas com um bom mentor: alguns mecanismos que podem ajudar a avançar a jornada de autoconhecimento, que nunca termina. Os primeiros relatos sobre o poder do autoconhecimento são da década de 70, porém estudos recentes em neurociência têm explorado ainda mais o tema. Uma pesquisa conduzida pelo Korn Ferry Institute em 2013, por exemplo, demonstrou uma correlação positiva entre o autoconhecimento de líderes e a performance financeira de empresas. O processo de autoconhecimento é uma jornada fascinante e, além de aumentar a autoconfiança e assertividade no trabalho, traz equilíbrio emocional.

Priorização: vivemos em um ritmo tão acelerado que raramente paramos para nos questionar sobre o que realmente queremos e buscamos ser, deixando fatores externos ditarem nossas ações e rotina. Para alcançar o nível máximo de energia e foco, precisamos definir prioridades, e isto está intimamente ligado à prática do autoconhecimento. Aprender a dizer não e estrategicamente eliminar o que não é relevante é a base do conceito do Essencialismo de Greg McKeown. Em seu livro “Essencialismo: a disciplinada busca por menos”, o autor afirma que quando tentamos fazer e ter tudo, realizamos concessões que nos afastam de nossos objetivos, e ao realizar tarefas não condizentes com nossos talentos ou assumir compromissos só para agradar aos outros, abrimos mão do nosso poder de escolha. Devemos aprender a reduzir, simplificar e manter o foco em nossos objetivos; isso aumenta nossa produtividade e resultados profissionais e nos faz ganhar tempo para a vida pessoal.

Meditação: é o domínio da mente e uma maior conexão com nosso corpo; é a capacidade de acalmar e focar nossa atenção no presente, barrando qualquer distração. Pesquisadores da University of British Columbia recentemente reuniram resultados de mais de 20 estudos para entender como a meditação altera a função cerebral. Embora tenham encontrado alterações significativas em 8 regiões do cérebro, vale destacar aquelas no hipocampo (associado à capacidade de aprender, memória e emoções) e na parte frontal do córtex cingulado (responsável pelo autocontrole, foco e flexibilidade). Estudos mostram que a atividade cerebral é mais intensa naqueles que praticam meditação, e que alterações estruturais no cérebro podem ser observadas a partir de 8 semanas de prática. Você não precisa estar nas montanhas do Nepal ou isolado do mundo para meditar – a beleza da técnica está na simplicidade e possibilidade de realizá-la a qualquer hora e em qualquer lugar. Meditação é hoje um hot topic e tornou-se uma indústria bilionária e promissora. Você já testou os aplicativos Headspace, Calm e Buddhify? A tecnologia pode ajudar a trazer disciplina e método à uma prática que traz resultados concretos, porém a médio/ longo prazo.

Técnicas de respiração: integrantes das práticas de meditação, elas merecem destaque. Alterações emocionais modificam nosso ritmo respiratório. Da mesma forma, ao tornar nossa respiração mais lenta e principalmente priorizar a respiração abdominal, conseguimos administrar a nossa energia emocional. Em momentos de stress, experimente tornar as exalações mais lentas do que as inspirações, ou simplesmente respirar bem fundo quando precisar aumentar o seu nível de concentração para elevar a oxigenação cerebral.

Relaxe: É natural que em alguns momentos do seu dia você simplesmente queira desacelerar e recarregar as baterias; o nosso corpo tem um estoque finito de energia que precisa ser reabastecido. Uma pausa para um café no meio da tarde, uma volta pelos corredores, um bate-papo mais informal, algumas horas desconectado de e-mail e telefone, uma corrida ou minutos de meditação antes do trabalho, uma caminhada no parque ou na praça (em dia de semana). Seja qual for a atividade que lhe reenergiza, não esqueça de deixar um espaço na agenda para ela. O cérebro consome 20% das calorias, embora represente 2% do total de massa do nosso corpo: essa energia gasta deve ser recuperada.

Atitude positiva: compaixão, boa relação com familiares e amigos, esperança, pensamento positivo, senso de humor e valores contundentes. A forma com a qual encaramos a vida e nossa relação com outros e o trabalho indiscutivelmente determina nosso nível de energia. Um estudo de Barbara L. Fredrickson e coautores demonstra que emoções positivas (geradas por meditação “loving-kindness” ou meditação da compaixão) expandem nossas perspectivas e abrem nossa cabeça para mais possibilidades, além de aumentar a capacidade de desenvolver habilidades e recursos a serem usados no futuro. No livro “Give and Take”, o professor de Wharton Adam Grant mostra, através de estudos de caso, que os profissionais que mais crescem na carreira são aqueles que mais se doam aos seus colegas e superiores, de maneira autêntica, positiva e sem a expectativa de retorno, contrariando a crença de que os que mais sobem são aqueles que mais conseguem “extrair” dos outros.

Alcançar o nível ótimo de energia e produtividade, sentindo-se eficiente, inspirado, pleno e com propósito não depende apenas de saber administrar o nosso tempo e atividades. É preciso embarcar em um processo mais profundo de autoconhecimento e gerenciamento de nossos recursos pessoais para elevar os níveis de energia e felicidade e assim viabilizar uma vida equilibrada. Encontre o seu ritmo, compreenda o que agrega valor e vale aquela energia extra e energize-se fazendo o que lhe dá prazer!

6 dicas para uma comunicação assertiva em cargos de liderança

6 dicas para uma comunicação assertiva em cargos de liderança

Falar do jeito certo é essencial para manter as boas relações no ambiente de trabalho

 

Os bons líderes são bons comunicadores. Pelo menos deveriam ser. E quando se fala em boa comunicação assertiva estamos nos referindo à capacidade de expor ideias de forma clara e direta, sem margem para dúvidas, insegurança ou ressentimentos. Uma equipe eficiente, por exemplo, certamente tem a comunicação como base.

Há quem confunda assertividade com crueldade, mas não é bem assim. O líder que sabe expor suas ideias de maneira correta é conciso e vai direto ao ponto, mas não negligencia o direito do outro e procura não ofendê-lo. Mesmo que a informação não seja positiva, ao ser assertivo o líder direciona suas opiniões à atitude e não à pessoa.

A comunicação clara e direta de um líder proporciona mais liberdade no ambiente de trabalho, pois as pessoas lideradas se sentem mais à vontade para trocar opiniões e lapidá-las quando necessário para que o relacionamento se mantenha saudável.

É importante ressaltar que a comunicação assertiva precisa ser treinada. Por isso, separamos aqui as 6 dicas para uma comunicação assertiva em cargos de liderança. Para você desenvolver e aprimorar seu jeito de falar com as pessoas:

 

Tenha domínio do que você vai falar

 

Antes de começar a expor suas ideias, tenha conhecimento e segurança do assunto que vai falar. Acredite nas suas palavras. Quando você sabe exatamente como abordar e desenrolar o tema, expressões como “eu acho” ficam de fora do seu discurso, fazendo com que ele passe mais credibilidade.

 

Evite enrolações

 

Sabe quando alguém fala, fala e na verdade não fala nada? É exatamente assim o discurso de alguém que enrola demais e não tem argumentos contundentes. Se quiser mesmo ser assertivo, seja direto e firme, mas sem ser agressivo.

 

Atente-se à linguagem

 

Conheça bem o seu público antes de começar a falar para evitar ruídos na comunicação, tanto falada quanto escrita. Deixe de lado termos rebuscados demais, assim como as gírias. No caso de mensagens escritas, não use abreviações.

 

Fique atento ao seu ouvinte

 

Além de procurar falar bem e de forma direta, dê espaço para que o outro fale também. Você pode discordar do parecer dele, mas só depois de ouvir o que ele tem a dizer é que você terá embasamento suficiente para argumentar de maneira lógica e racional. Outro ponto importante é se colocar no lugar do outro. Procure perceber se a pessoa está compreendendo exatamente o que você quer dizer e pense como você se sentiria se estivesse ouvindo suas próprias palavras.

 

Saiba dosar a emoção

 

Geralmente quando dominamos o tema da conversa ficamos empolgados demais e até afobados em certos casos. Claro que acreditar nas suas próprias palavras é essencial para fazer com que os outros acreditem nelas também, mas saiba dosar seu bom-humor e entusiasmo para não perder a compostura e a credibilidade.

 

Cuidado com a linguagem corporal

 

Lembre-se sempre de que o corpo fala e fique atento aos gestos que você faz durante seu discurso ou enquanto ouve os argumentos de algum liderado. Sem um bom alinhamento, você pode dizer uma coisa com as palavras e usar uma linguagem corporal que transmita algo totalmente contrário.

Linguagem corporal inadequada pode arruinar uma oportunidade de emprego

Linguagem corporal inadequada pode arruinar oportunidade de emprego

Ao transmitir uma mensagem de forma errada, as chances do candidato podem diminuir drasticamente

Os selecionadores ficam sempre atentos aos gestos que o candidato faz, pois a postura conta pontos na hora da contratação.

Ter autocontrole durante uma entrevista de emprego é um grande desafio. Ainda mais porque esta pode ser a sua única chance de provar para selecionadores e gestores que você é a pessoa ideal para conquistar a vaga. E nesta hora o que se diz pode ser menos importante do que a maneira como a mensagem é transmitida.

Pelo menos esta foi a conclusão do estudo que a empresa de recrutamento Robert Half realizou com base na percepção de 300 gestores seniores de empresas dos Estados Unidos. Para os entrevistados, 30% dos candidatos costumam expressar sinais corporais negativos na hora da entrevista.

Dentre os sinais citados, o que os empregadores mais reparam são, pela ordem, contato visual, expressões faciais, postura, aperto de mão, movimentos habituais e inquietantes e gestos com as mãos.

Para ajudar os profissionais e melhorarem a linguagem corporal em entrevistas de emprego, os especialistas da Robert Half reuniram cinco orientações:

1. Aperto de mão: ao cumprimentar o recrutador, procure dar um aperto de mão firme, mas sem machucar o interlocutor. Limite a duração em apenas alguns segundos.

2. Postura ao sentar: sutilmente, veja a postura e a linguagem corporal do entrevistador para ter uma referência sobre como se posicionar. Sente-se de forma alinhada e incline-se levemente para frente. A ideia é demonstrar engajamento e confiança.

3. Sorriso: um sorriso sutil e verdadeiro demonstra cordialidade e entusiasmo. Simule uma entrevista de brincadeira com um amigo para descobrir se você, sem perceber, não está com uma expressão corporal negativa.

4. Olhar: mantenha um contato visual regular durante a conversa, mas olhe para outros lugares às vezes. Encarar demais pode ser considerado um tanto agressivo.

5. Braços, mãos e pernas: mantenha seus braços descruzados e as mãos sobre a mesa para parecer mais aberto e receptivo. Use as mãos para se expressar, mas cuidado para que os gestos não roubem a atenção da conversa. Resista também à tentação de descontar seu nervosismo mexendo as pernas, os dedos ou a caneta.