Você vai ser substituído por um robô?
Segundo uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em torno de 57% das vagas de emprego estão suscetíveis à robotização e automação. Ou seja, mais da metade das funções exercidas hoje pelo homem podem ser substituídas por máquinas. Outra previsão é a de que 65% das crianças vão trabalhar em empregos que ainda não existem, segundo o Fórum Mundial Econômico.
Se você já parou para pensar nisso, já deve ter se perguntado: “eu serei substituído por um robô?”
Para Ronaldo Cavalheri, Engenheiro Civil, Diretor do Geral do Centro Europeu – primeira escola de economia criativa do Brasil e Business Development Manager do Microsoft Innovation Center Curitiba, todo trabalho que envolva atividades repetitivas e com uma lógica previsível, que não precise de socialização e intervenção criativa, que não resolva nenhum tipo de problema complexo e que ainda coloca em risco a vida será substituído por uma máquina.
Com isso fica fácil concluir que os trabalhos que não serão substituídos por robôs serão aqueles exigem que o profissional tenha características como criatividade, capacidade de aprendizado e de adaptação, visão do momento e facilidade para se relacionar. São as soft skills as competências e habilidades mais desejadas para os profissionais do século XXI. Mais relevante do que uma coleção de diplomas e certificados técnicos, as características comportamentais e sociais é que manterão o espaço das pessoas no mercado combinada com toda a tecnologia disponível.
E como desenvolver as soft skills? Algumas pessoas têm habilidades natas e outras precisam correr atrás. E sim, é possível desenvolver essas características, segundo Cavalheri, é preciso treino. Erroneamente muitos profissionais só enxergam o ensino tradicional como ambiente de capacitação. Mas, se falamos de comportamento, logo temos que estar em contato com outras pessoas onde possamos exercer essas competências: é preciso viver experiências diferentes, com pessoas diferentes sempre.
Em um trabalho voluntário, por exemplo, é possível desenvolver habilidades como relacionamento interpessoal e o espírito colaborativo. Em um Hackathon, que são iniciativas que estimulam a inovação, os participantes colocam a prova o seu potencial de resolver problemas complexos e extrapolar sua visão empreendedora. Em um curso de Fotografia é possível desenvolver um pensamento crítico e estimular o olhar criativo. Independente da área de atuação é preciso se colocar em situações desafiadoras que auxiliem no desenvolvimento de características fundamentais para qualquer profissional de sucesso.
O avanço da tecnologia é inevitável, a robotização em massa será uma realidade, pode ser que nem todos acompanhem essa evolução. A vida é feita de escolhas, nós somos feitos de escolhas. Você vai escolher ser substituído por um robô?