Mês: agosto 2018

Ao começar em um novo emprego, preste atenção a estes cinco aspectos da cultura empresarial

Ao começar em um novo emprego, preste atenção a estes cinco aspectos da cultura empresarial

Cultura Empresarial

Ao entrar em uma empresa, você tem pouco tempo para se adaptar à sua cultura. É a antiga regra dos 90 dias. E conhecemos muitas pessoas talentosas que tropeçaram porque não possuíam bola de cristal para entender as regras culturais da nova empresa. Isso acontece porque a maioria das empresas não explica as regras culturais aos recém-chegados e os novos contratados estão tão concentrados no trabalho e no novo chefe que ignoram a influência profunda dessas regras. No entanto, compreendê-las desempenha um grande papel no seu sucesso inicial. Estar ciente não apenas do que seus colegas fazem, mas de como eles trabalham conta muito se você quiser ser eficaz e causar uma boa impressão.

Em nosso estudo, notamos cinco aspectos da cultura empresarial que requerem sua atenção. São estes os que têm o maior impacto na sua capacidade de ser bem-sucedido em um novo trabalho:

Relacionamentos

As empresas diferem na forma de cultivar relacionamentos, no valor que dão à colaboração e na quantidade de contato pessoal necessária para realizar o trabalho e tomar decisões importantes. Em algumas empresas, a única maneira de influenciar os outros é passar tempo com eles pessoalmente. Em outras, o e-mail, as mensagens de texto e a videoconferência são preferidos às reuniões presenciais. Ao entrar em uma nova empresa, pergunte aos colaboradores como você deve se relacionar com as pessoas. Por exemplo, você precisa passar tempo desenvolvendo um relacionamento com alguém antes de pedir sua ajuda ou contribuição para um projeto? Ou é possível fazer uma lista de pessoas para simplesmente enviar um e-mail pedindo ajuda ao precisar delas?

Observe onde e como seus colegas trabalham e tomam decisões. Passam muito tempo em reuniões ou costumam estar em suas mesas ou trabalhando em casa? As pessoas são amigáveis e estão dispostas a se encontrar com você? Ou elas parecem simpáticas, mas repetidamente cancelam reuniões? Você pode precisar de outras pessoas para ajudá-lo a fazer os contatos necessários.

Comunicações

Quando você inicia um novo emprego, observe como as pessoas costumam se comunicar. É por meio de canais formais, como reuniões sempre agendadas com antecedência e para as quais todos vêm bem preparados? Ou as pessoas se comunicam espontaneamente com pouca ou nenhuma documentação? (Talvez o seu gerente costume dar uma passada e dizer: “Você pode participar desta reunião agora?”.) Você deve começar perguntando ao seu chefe quais são as expectativas dele. Assistentes pessoais e seus colegas de equipe são outras boas fontes de informação.

A hierarquia geralmente determina quando e onde é aceitável se comunicar com os colegas com um cargo acima do seu. Por exemplo, em ambientes mais hierárquicos, você pode ter que informar de antemão ao seu chefe qualquer comunicação que você tenha que fazer a alguém em um cargo superior. Em organizações menos hierárquicas, as pessoas podem ser estimuladas a enviar e-mails a líderes de cargos mais elevados para conversar com eles. A melhor maneira de descobrir essas regras é perguntar aos outros. Seus colegas e subordinados diretos podem ser uma boa opção para informá-lo sobre como proceder com seu gerente e com outros em cargos mais elevados. Pergunte sobre iniciativas recentes bem-sucedidas e como os colegas influenciaram os líderes de cargos mais elevados em suas comunicações.

Também é válido observar como as informações costumam ser apresentadas. Por exemplo, as reuniões se dão por apresentações formais ou cada um pode compartilhar informalmente problemas, debater tópicos e participar de brainstorming em tempo real sem ser julgado? Algumas empresas e departamentos preferem apresentações de 50 páginas com uma infinidade de detalhes e análises, ao passo que outras preferem trabalhar a partir de uma simples programação enviada por e-mail com uma lista de tópicos em bullet points. Preste atenção a como a informação é geralmente preparada para as reuniões, até que ponto as questões são debatidas versus “ticadas” e com que cerimônia as pessoas se comportam diante de outras em posições de poder. Observe como os líderes em posições elevadas na sala respondem a plataformas formais e recomendações fortes, em vez de discussões informais. Qual estilo resulta efetivamente em uma decisão na reunião?

Tomada de decisão

A forma pela qual as empresas tomam decisões também varia significativamente. Algumas tomam decisões em tempo real em reuniões formais, enquanto outras tendem a concluir as decisões fora do escritório. Mesmo que reuniões formais sejam a norma, você pode dar-se conta de que as decisões reais acontecem na área do café, no corredor ou durante o almoço. Observe se as decisões tomadas nas reuniões são levadas a cabo. Se você vir pessoas concordando com algum conjunto de ações em uma reunião e perceber que coisas diferentes acontecem depois, isso sugere que há fortes mecanismos informais de tomada de decisão a serem desvendados. Por exemplo, a decisão de investir em um novo produto pode acabar nas mãos de duas pessoas essenciais, mesmo com uma equipe de liderança de alto escalão inteira analisando a decisão. É uma boa ideia se encontrar com esses dois líderes principais bem antes de qualquer reunião formal e convencê-los do seu ponto de vista. Ou talvez todos os presentes pareçam concordar em investir nesse produto, mas você perceba que vários indivíduos optaram por não expressar suas divergências em público por razões políticas. Você precisará voltar e influenciar cada um deles para garantir que eles não atrapalhem seu projeto.

Outro aspecto da tomada de decisão a ser compreendido é se a cultura de sua empresa tem um viés de ação ou um viés de análise e consenso. Em empresas onde o viés é de ação, tempo e capacidade de concentração costumam ser limitados e as decisões são tomadas rapidamente. Se for exigir uma iniciativa, precisa apresentar sua posição com clareza e fornecer aos principais interessados as informações necessárias para a tomada de decisão. Outras culturas empresariais preferem uma discussão mais prolongada de opções, modelos e estratégias. É necessário ter mais paciência, principalmente porque esse viés de consenso geralmente significa enviar mais materiais e análises de apoio e refazer a mesma apresentação várias vezes antes de chegar a uma decisão final. A pergunta que cabe aqui é: qual é o seu próprio viés de ação e como ele se encaixa em sua nova cultura?

Perspectivas individuais versus coletivas

Algumas empresas abordam o trabalho em grande parte como produto de indivíduos, enquanto outras acreditam que é o produto de uma orientação colaborativa. Se uma empresa é muito individualista em sua abordagem, geralmente apoiará uma “mentalidade de herói” que valoriza o indivíduo ambicioso. As recompensas geralmente se baseiam no indivíduo e a gestão do desempenho costuma ser baseada em avaliações individuais, em que a contribuição específica de todos é justificada para os colegas.

As empresas focadas no grupo fornecem algo mais próximo a uma rede de segurança na qual os riscos e recompensas são divididos, mas pode ser mais difícil destacar-se como indivíduo e diferenciar-se. Essas empresas costumam ser mais horizontais e mais focadas em objetivos e resultados em comum. Se você é altamente ambicioso e preza o reconhecimento individual, pode não conseguir o que necessita tão rapidamente em termos de progressão na carreira. Uma sugestão é atentar-se à forma pela qual as pessoas discutem seu trabalho nas reuniões. Se costumam falar sobre as realizações do grupo e você usa o “eu” em suas apresentações, você será rapidamente tachado como alguém que não sabe trabalhar em equipe. Mais uma vez, o importante é identificar como os indivíduos são reconhecidos e recompensados.

Agentes de mudança

Outro fator cultural que pode ter um profundo impacto no seu status e influência é a orientação da cultura para a mudança. A maioria dos lugares é resistente a pessoas de fora empenhadas em mudanças. Geralmente, porém, os líderes altamente talentosos vindos de fora são instruídos para “agitar as coisas”, para desafiar o status quo. Infelizmente, o que acontece com muitos desses indivíduos é que eles fracassam. Seja por terem interpretado mal os sinais culturais de quão disruptivos realmente deveriam ser (versus o que lhes foi dito) ou por não terem criado as relações de suporte necessárias para apoiá-los em decisões-chave – ou ambos. Por não terem recebido os conselhos de integração adequados, se houve algum, eles subestimam os limites culturais dentro dos quais têm que trabalhar. Portanto, o obstáculo para qualquer líder novato é descobrir o que pode desafiar e quando, dentro daquela cultura.

Rapidez e apoio também são fatores críticos. É preciso perguntar: posso ser um defensor da mudança altamente assertivo e célere, ou preciso investir primeiro no engajamento, no diálogo e na construção de consenso? Ninguém vai responder a estas perguntas para você – é você que precisa descobrir observando as reações às suas recomendações iniciais. Comece com algumas pessoas de confiança para testar suas ideias. Pergunte a eles como os outros podem reagir, antes de lançar sua grande ideia em um ambiente formal com líderes de cargos mais elevados. Saiba quais líderes o apoiam antes de propor grandes mudanças.

O principal, ao entrar em uma nova empresa, é ter em mente que suas conquistas anteriores não lhe permitem agir fora das normas da cultura em que você está agora inserido. A maioria das empresas o contratará por suas experiências anteriores, mas seu sucesso futuro será determinado pelo impacto que você tiver em seu novo ambiente e, dependendo de como você entende e trabalha adequadamente dentro de sua nova cultura, seu impacto pode ser amplificado ou inviabilizado.

Por que pessoas tóxicas são promovidas?

Por que pessoas tóxicas são promovidas?

Pelo mesmo motivo que as humildes: habilidade política

Às vezes, as pessoas erradas são promovidas. Podem ser desonestas e manipuladoras inescrupulosas (o que psicólogos chamam de “maquiavélicas”), impulsivas e caçadoras de aventura sem qualquer noção de culpa (psicopatas) ou egoístas preocupadas consigo mesmas, com mania de grandeza, convicção infundada de seu direito a tudo e sentimento de superioridade (narcisistas). Funcionários com um ou mais desses traços de personalidade, conhecidos como a “tríade negra”, são mais propensos a trapacear, a ter um comportamento fraudulento ou aproveitador no ambiente de trabalho e a tomar decisões antiéticas. Essa conduta pode ser frustrante para pessoas honestas e humildes que observam esses funcionários levarem vantagem. Por que, dada a sua toxicidade, eles progridem na carreira? Como conseguem ter sucesso?

Em uma pesquisa recente publicada na Personality and Individual Differences, analisei a influência da habilidade política entre os funcionários. Habilidade política é definida como uma competência social positiva que ajuda as pessoas a fazer contatos, influenciar outras, demonstrar traquejo social e ser sinceras nos seus relacionamentos.

Entrevistei em Singapura 110 funcionários de diversas empresas e cargos, perguntando como enxergavam sua habilidade política no ambiente de trabalho. Também determinei sua pontuação no fator-H de personalidade. As pontuações altas no fator-H indicam honestidade-humildade. As baixas são praticamente idênticas ao núcleo comum da tríade negra. Finalmente, entrevistei também os chefes desses funcionários.

Percebi que os funcionários tóxicos que eram classificados com alta taxa de habilidade política por seus supervisores eram mais propensos a ter uma avaliação de desempenho alta. Em outras palavras, embora nem todas as pessoas tóxicas possuam habilidade política, na opinião de seus chefes, as pessoas tóxicas que usam habilidade política com eficácia são vistas como melhores funcionários. E como todos sabemos, aqueles que são vistos como os melhores funcionários têm maiores oportunidades de serem promovidos.

Há alguma maneira de evitar essa ascensão? Psicólogos organizacionais especializados em avaliação de personalidade e comportamento podem contribuir para a identificação precoce de personalidades tóxicas, mas se o funcionário possuir habilidade política, essa tarefa pode se tornar difícil. Chefes também contam com a possibilidade de conversar com os colegas e subordinados do funcionário antes de promovê-lo, pois funcionários tóxicos podem ter comportamentos diferentes perante seus colegas e subordinados e diante dos chefes que têm o poder de decisão.

Mas também vale lembrar que, às vezes, esses tipos de personalidades difíceis podem ser úteis para uma organização. Imagine que você precise de uma pessoa tipo “James Bond” para uma tarefa árdua, que precisa ser executada de forma corajosa, lógica e fria. Por exemplo, uma empresa em reestruturação pode precisar cortar gastos se tiver alguma esperança de sobreviver. É verdade que a necessidade de demitir funcionários pode criar uma carga emocional pesada para a maioria dos gestores, mas para um gestor com pouca empatia esse processo é muito menos traumático. Ou talvez você tenha a absoluta necessidade de um especialista técnico, mesmo que ele seja um pouco narcisista. Bons gestores descobrem como posicionar esses tipos de pessoas ao mesmo tempo em que limitam os males que causam a outros funcionários.

E quanto às pessoas honestas e humildes — elas sempre perderão para essas personalidades sombrias? Não necessariamente. A questão é que algumas pessoas tóxicas são capazes de usar sua habilidade política para os próprios objetivos e são bem-sucedidas nisso. Em minha pesquisa, descobri que, uma vez controlada a habilidade política, não havia diferença na média das avaliações de desempenho entre os funcionários tóxicos e os honestos e humildes. E quando se tratava de uma tarefa como trabalho em equipe, esses últimos recebiam avaliações mais altas do que seus pares tóxicos (de novo, controlei a habilidade política). Esses dados ajudam a explicar por que há muitas pessoas não tóxicas que sobem na carreira.

Se você é uma dessas pessoas honestas e humildes que se sentem excluídas, esta pesquisa sugere que você pode concorrer à mesma promoção se adquirir habilidade política. Faça contato com diversos grupos de pessoas-chave dentro e fora da organização. Demonstre interesse genuíno pelos outros (de modo que seja evidente para eles, porque não adianta nada se não o perceberem). Ouça-os com entusiasmo e indague-lhes sobre seus interesses pessoais e profissionais. Se você conseguir estabelecer uma boa conexão com as outras pessoas, elas também ouvirão mais suas sugestões.

Embora demonstrar habilidade política seja mais fácil para alguns, trata-se de algo que pode ser aprendido. Quando você aproveita essa habilidade para objetivos pessoais e organizacionais de forma saudável, ela pode aumentar tanto o seu desempenho quanto o da empresa.
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Klaus J. Templer é professor associado de Psicologia Organizacional na Singapore University of Social Sciences.
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Ao começar em um novo emprego, preste atenção a estes cinco aspectos da cultura empresarial

Ao entrar em uma empresa, você tem pouco tempo para se adaptar à sua cultura. É a antiga regra dos 90 dias. E conhecemos muitas pessoas talentosas que tropeçaram porque não possuíam bola de cristal para entender as regras culturais da nova empresa. Isso acontece porque a maioria das empresas não explica as regras culturais aos recém-chegados e os novos contratados estão tão concentrados no trabalho e no novo chefe que ignoram a influência profunda dessas regras. No entanto, compreendê-las desempenha um grande papel no seu sucesso inicial. Estar ciente não apenas do que seus colegas fazem, mas de como eles trabalham conta muito se você quiser ser eficaz e causar uma boa impressão.

Em nosso estudo, notamos cinco aspectos da cultura empresarial que requerem sua atenção. São estes os que têm o maior impacto na sua capacidade de ser bem-sucedido em um novo trabalho:

Relacionamentos

As empresas diferem na forma de cultivar relacionamentos, no valor que dão à colaboração e na quantidade de contato pessoal necessária para realizar o trabalho e tomar decisões importantes. Em algumas empresas, a única maneira de influenciar os outros é passar tempo com eles pessoalmente. Em outras, o e-mail, as mensagens de texto e a videoconferência são preferidos às reuniões presenciais. Ao entrar em uma nova empresa, pergunte aos colaboradores como você deve se relacionar com as pessoas. Por exemplo, você precisa passar tempo desenvolvendo um relacionamento com alguém antes de pedir sua ajuda ou contribuição para um projeto? Ou é possível fazer uma lista de pessoas para simplesmente enviar um e-mail pedindo ajuda ao precisar delas?

Observe onde e como seus colegas trabalham e tomam decisões. Passam muito tempo em reuniões ou costumam estar em suas mesas ou trabalhando em casa? As pessoas são amigáveis e estão dispostas a se encontrar com você? Ou elas parecem simpáticas, mas repetidamente cancelam reuniões? Você pode precisar de outras pessoas para ajudá-lo a fazer os contatos necessários.

Comunicações

Quando você inicia um novo emprego, observe como as pessoas costumam se comunicar. É por meio de canais formais, como reuniões sempre agendadas com antecedência e para as quais todos vêm bem preparados? Ou as pessoas se comunicam espontaneamente com pouca ou nenhuma documentação? (Talvez o seu gerente costume dar uma passada e dizer: “Você pode participar desta reunião agora?”.) Você deve começar perguntando ao seu chefe quais são as expectativas dele. Assistentes pessoais e seus colegas de equipe são outras boas fontes de informação.

A hierarquia geralmente determina quando e onde é aceitável se comunicar com os colegas com um cargo acima do seu. Por exemplo, em ambientes mais hierárquicos, você pode ter que informar de antemão ao seu chefe qualquer comunicação que você tenha que fazer a alguém em um cargo superior. Em organizações menos hierárquicas, as pessoas podem ser estimuladas a enviar e-mails a líderes de cargos mais elevados para conversar com eles. A melhor maneira de descobrir essas regras é perguntar aos outros. Seus colegas e subordinados diretos podem ser uma boa opção para informá-lo sobre como proceder com seu gerente e com outros em cargos mais elevados. Pergunte sobre iniciativas recentes bem-sucedidas e como os colegas influenciaram os líderes de cargos mais elevados em suas comunicações.

Também é válido observar como as informações costumam ser apresentadas. Por exemplo, as reuniões se dão por apresentações formais ou cada um pode compartilhar informalmente problemas, debater tópicos e participar de brainstorming em tempo real sem ser julgado? Algumas empresas e departamentos preferem apresentações de 50 páginas com uma infinidade de detalhes e análises, ao passo que outras preferem trabalhar a partir de uma simples programação enviada por e-mail com uma lista de tópicos em bullet points. Preste atenção a como a informação é geralmente preparada para as reuniões, até que ponto as questões são debatidas versus “ticadas” e com que cerimônia as pessoas se comportam diante de outras em posições de poder. Observe como os líderes em posições elevadas na sala respondem a plataformas formais e recomendações fortes, em vez de discussões informais. Qual estilo resulta efetivamente em uma decisão na reunião?

Tomada de decisão

A forma pela qual as empresas tomam decisões também varia significativamente. Algumas tomam decisões em tempo real em reuniões formais, enquanto outras tendem a concluir as decisões fora do escritório. Mesmo que reuniões formais sejam a norma, você pode dar-se conta de que as decisões reais acontecem na área do café, no corredor ou durante o almoço. Observe se as decisões tomadas nas reuniões são levadas a cabo. Se você vir pessoas concordando com algum conjunto de ações em uma reunião e perceber que coisas diferentes acontecem depois, isso sugere que há fortes mecanismos informais de tomada de decisão a serem desvendados. Por exemplo, a decisão de investir em um novo produto pode acabar nas mãos de duas pessoas essenciais, mesmo com uma equipe de liderança de alto escalão inteira analisando a decisão. É uma boa ideia se encontrar com esses dois líderes principais bem antes de qualquer reunião formal e convencê-los do seu ponto de vista. Ou talvez todos os presentes pareçam concordar em investir nesse produto, mas você perceba que vários indivíduos optaram por não expressar suas divergências em público por razões políticas. Você precisará voltar e influenciar cada um deles para garantir que eles não atrapalhem seu projeto.

Outro aspecto da tomada de decisão a ser compreendido é se a cultura de sua empresa tem um viés de ação ou um viés de análise e consenso. Em empresas onde o viés é de ação, tempo e capacidade de concentração costumam ser limitados e as decisões são tomadas rapidamente. Se for exigir uma iniciativa, precisa apresentar sua posição com clareza e fornecer aos principais interessados as informações necessárias para a tomada de decisão. Outras culturas empresariais preferem uma discussão mais prolongada de opções, modelos e estratégias. É necessário ter mais paciência, principalmente porque esse viés de consenso geralmente significa enviar mais materiais e análises de apoio e refazer a mesma apresentação várias vezes antes de chegar a uma decisão final. A pergunta que cabe aqui é: qual é o seu próprio viés de ação e como ele se encaixa em sua nova cultura?

Perspectivas individuais versus coletivas

Algumas empresas abordam o trabalho em grande parte como produto de indivíduos, enquanto outras acreditam que é o produto de uma orientação colaborativa. Se uma empresa é muito individualista em sua abordagem, geralmente apoiará uma “mentalidade de herói” que valoriza o indivíduo ambicioso. As recompensas geralmente se baseiam no indivíduo e a gestão do desempenho costuma ser baseada em avaliações individuais, em que a contribuição específica de todos é justificada para os colegas.

As empresas focadas no grupo fornecem algo mais próximo a uma rede de segurança na qual os riscos e recompensas são divididos, mas pode ser mais difícil destacar-se como indivíduo e diferenciar-se. Essas empresas costumam ser mais horizontais e mais focadas em objetivos e resultados em comum. Se você é altamente ambicioso e preza o reconhecimento individual, pode não conseguir o que necessita tão rapidamente em termos de progressão na carreira. Uma sugestão é atentar-se à forma pela qual as pessoas discutem seu trabalho nas reuniões. Se costumam falar sobre as realizações do grupo e você usa o “eu” em suas apresentações, você será rapidamente tachado como alguém que não sabe trabalhar em equipe. Mais uma vez, o importante é identificar como os indivíduos são reconhecidos e recompensados.

Agentes de mudança

Outro fator cultural que pode ter um profundo impacto no seu status e influência é a orientação da cultura para a mudança. A maioria dos lugares é resistente a pessoas de fora empenhadas em mudanças. Geralmente, porém, os líderes altamente talentosos vindos de fora são instruídos para “agitar as coisas”, para desafiar o status quo. Infelizmente, o que acontece com muitos desses indivíduos é que eles fracassam. Seja por terem interpretado mal os sinais culturais de quão disruptivos realmente deveriam ser (versus o que lhes foi dito) ou por não terem criado as relações de suporte necessárias para apoiá-los em decisões-chave – ou ambos. Por não terem recebido os conselhos de integração adequados, se houve algum, eles subestimam os limites culturais dentro dos quais têm que trabalhar. Portanto, o obstáculo para qualquer líder novato é descobrir o que pode desafiar e quando, dentro daquela cultura.

Rapidez e apoio também são fatores críticos. É preciso perguntar: posso ser um defensor da mudança altamente assertivo e célere, ou preciso investir primeiro no engajamento, no diálogo e na construção de consenso? Ninguém vai responder a estas perguntas para você – é você que precisa descobrir observando as reações às suas recomendações iniciais. Comece com algumas pessoas de confiança para testar suas ideias. Pergunte a eles como os outros podem reagir, antes de lançar sua grande ideia em um ambiente formal com líderes de cargos mais elevados. Saiba quais líderes o apoiam antes de propor grandes mudanças.

O principal, ao entrar em uma nova empresa, é ter em mente que suas conquistas anteriores não lhe permitem agir fora das normas da cultura em que você está agora inserido. A maioria das empresas o contratará por suas experiências anteriores, mas seu sucesso futuro será determinado pelo impacto que você tiver em seu novo ambiente e, dependendo de como você entende e trabalha adequadamente dentro de sua nova cultura, seu impacto pode ser amplificado ou inviabilizado.

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Para aproveitar melhor seu tempo, monitore-o

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É difícil saber se você está usando seu tempo de forma eficiente.

Mesmo se está sempre estressado e trabalhando duro, você tem certeza que está gastando seu tempo nas atividades certas? Para descobrir, tente um exercício de monitoramento de tempo.

Por 30 dias, use uma planilha para registrar como você passa seu tempo, fazendo atualizações a cada meia hora. Pode parecer trabalhoso, mas esse exercício pode render alguns insights surpreendentes. Por exemplo, talvez a sua meta seja ler mais e você esteja com dificuldade para encontrar tempo. Esse exercício talvez revele que você pode escutar audiobooks ou podcasts enquanto se exercita, cozinha ou vai ao trabalho.

Monitorar seu tempo também pode te mostrar que você tem tendência a perder horas específicas do dia (digamos, horas antes de dormir gastas mexendo nas redes sociais) e que algumas tarefas carregam um peso psicológico desproporcional (como gerenciar seu e-mail). Apenas monitorando seu tempo é que você consegue perceber se o está gastando com atividades que valem a pena.

Adaptado de “Track your time for 30 days, what you learn might surprise you”, por Dorie Clark.

A Laselva Soluções Organizacionais disponibiliza também diversos cursos e treinamentos para desenvolvimento pessoal. Entre em contato conosco clicando aqui!