Mês: julho 2017

O que vale mais, seu tempo ou sua energia?

O que vale mais, seu tempo ou sua energia?

“Tempo é dinheiro”, estamos cansados de ouvir isso. No entanto, nossas experiências diretas nos fazem questionar essa máxima: o que vale mais, uma hora com baixo foco e energia ou 15 minutos de presença plena, com alto nível de energia física e mental?

Você está constantemente atarefado, mas não é produtivo? Tempo é um recurso finito e a resposta para alta performance (e qualidade de vida) está na habilidade com que administramos nossa energia e nos focamos no que é essencialmente relevante para nós.

Novas relações com o trabalho
A rotina de Otávio era exaustiva. Jovem, consultor em uma firma global de consultoria estratégica, ele vivia cansado por precisar cumprir horários rigorosos com seus clientes e não ter autonomia sobre sua agenda. A partir do momento em que passou a gerenciá-la, evitar o trânsito e trabalhar um dia por semana de casa, a produtividade (e a satisfação com o trabalho) de Otávio aumentou muito, mesmo trabalhando efetivamente mais horas. Já Marina, diretora de uma multinacional, trabalhava cerca de 12 horas por dia e aos finais de semana e, ao passar por uma crise de saúde, reavaliou a sua trajetória profissional e suas motivações. Marina passou então a constantemente bloquear sua agenda para retomar as aulas de yoga e para ter tempo de qualidade com seus filhos.

Estes são apenas alguns exemplos de que as demandas sociais, expectativas pessoais e tecnologias disponíveis estão alterando a nossa relação com o trabalho. Retorno financeiro e crescimento ainda são motivadores fortes (especialmente em épocas de crise), porém estamos mais preocupados com o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. De acordo com uma pesquisa feita pela PwC em 2011, com cerca de 4,5 mil jovens de 75 países, 90% afirmam que qualidade de vida é um critério importante na hora de escolher um emprego. Quanto aos benefícios mais valorizados, em primeiro lugar está oportunidade de aprendizagem (22%), seguido de flexibilidade de trabalho (19%) e então retorno financeiro (14%). Ainda, buscamos cada vez mais sentido e alinhamento de valores no trabalho, e não apenas bônus agressivos. Em recente pesquisa da Deloitte (The 2016 Deloitte Millennial Survey) com 7,7 mil jovens da geração Y de 29 países, 87% afirmaram que o sucesso de um negócio não deve ser mensurado apenas por seu desempenho financeiro, e 55% elencaram valores pessoais e morais como os fatores de maior influência sobre suas decisões profissionais.

Uma rotina balanceada reflete também na performance profissional. Pessoas que acreditam ter um equilíbrio entre vida pessoal e profissional se dedicam 21% mais ao trabalho, de acordo com uma pesquisa da Corporate Executive Board com 50 mil trabalhadores ao redor do mundo. Este esforço extra é resultado de uma sensação (que pode ser aparente) de bem-estar e controle de sua vida. Encontrar inspiração, qualidade de vida e propósito no que fazemos parece impossível no contexto acelerado em que vivemos; mas acredite, é factível. O ponto de partida é saber administrar e concentrar sua energia no que realmente agrega valor e está alinhado com seu propósito. Saber dizer não também é importante para sua gestão pessoal.

Administrar a energia, não o tempo
Recorrentemente, ouvimos “não tenho tempo” ou “estou muito ocupado” como desculpas por não inserir atividades físicas na rotina, não ter tempo de qualidade com família ou amigos, ou não finalizar um projeto profissional. Será que mais tempo realmente resolveria todos os nossos problemas? Embora possamos mensurá-lo, não podemos controlá-lo, influenciá-lo, aumentá-lo ou diminuí-lo. Acreditamos que a solução é sempre correr atrás do “mais” – mais horas de trabalho e mais tempo – enquanto devemos buscar por “menos, mas melhor”. Para uma rotina produtiva e equilibrada, precisamos administrar os recursos que temos e focar nossa energia no que é relevante. A capacidade de gerir e restaurar nossa energia, seguindo planejamento e prioridades conscientemente estabelecidos é fundamental para enfrentarmos a correria do dia-a-dia com qualidade de vida. Tempo é um recurso limitado e finito, enquanto energia é um recurso renovável. Jim Loehr e Tony Schwartz, autores do livro “The Power of Full Engagement”, comprovaram, por meio de estudos com executivos, que saber administrar energia é a chave para alta performance e renovação pessoal. Eles acreditam em quatro fontes de energia e que cada uma delas pode ser sistematicamente trabalhada e renovada por meio de diferentes mecanismos:

Energia física: é evidente que nutrição inadequada, privação de sono ou descanso e falta de exercícios físicos minam nosso estoque de energia; manter uma rotina saudável é imprescindível.

Energia emocional: reconhecer o que desperta nossas emoções (positivas e negativas) e aprender a controlar nossas reações melhoram o nível e qualidade de nossa energia, independentemente do contexto externo.

Energia mental: embora nosso default seja realizar diferentes atividades simultaneamente, ser multitarefa reduz a produtividade. Alternar entre uma atividade e outra aumenta em até 25% o tempo necessário para finalizar a primeira tarefa.

Energia espiritual: religião, espiritualidade, valores. Independentemente do nome ou preferência, nossa vida pessoal e profissional deve estar alinhada com o que acreditamos – ver sentido e propósito no que fazemos é energizador.

Em outro estudo com colaboradores de uma rede de resorts, Edy Greenblatt, coautora do livro “Restore Yourself: The Antidote for Professional Exhaustion”, analisou o impacto de saber administrar os recursos pessoais na rotina dos entrevistados. Ela descreve quatro níveis de energia pessoal: burnout, reserva, normal e ótimo, sendo que o poder de influência de eventos externos sobre nossa energia varia de acordo com o nível em que nos encontramos. Isso quer dizer que quando estamos desanimados, sem iniciativa e foco, é comum que qualquer momento de stress (eventos depletores de energia) nos afete ainda mais negativamente do que se estivéssemos altamente energizados. A pesquisadora também demonstra o papel da empresa e seus benefícios: uma equipe altamente energizada está positivamente correlacionada à alta performance e baixas taxas de turnover, e a cultura, estrutura e normas organizacionais influenciam os níveis de energia dos colaboradores.

Restauração x depleção — como maximizar energia e foco
Na Biologia, autorrenovação é a capacidade que os sistemas vivos possuem de renovar e reciclar seus próprios componentes. O processo em células-tronco — aquelas famosas por estarem sempre “fresquinhas”, aptas a se transformarem em qualquer célula do corpo humano — requer um orquestrado controle do ciclo celular e equilíbrio de diferentes componentes, num processo regulado por sinais externos. Como resposta a esses sinais, as células passam por mudanças que resultam em autorrenovação e diferenciação em células de diferentes tecidos (como células da pele, do cabelo, dos dentes). Da mesma forma, precisamos identificar os elementos externos que afetam nosso funcionamento (produtividade e felicidade) e traçar mecanismos que mantenham nosso equilíbrio e renovem nossa energia. Não é uma tarefa trivial; requer esforço e autoconhecimento. Abaixo, compartilhamos algumas práticas e experiências que julgamos extremamente relevantes no processo de restauração e maximização do nosso nível de energia.

Autoconhecimento: sair da inércia e passar a observar nossas ações e reações, pensamentos e crenças, entender nossa relação com outras pessoas e com o mundo, no que somos bons e no que precisamos melhorar é essencial na organização de tarefas e no direcionamento de esforços para maximizar a performance. Fácil falar, difícil colocar em prática de forma sustentável. Feedbacks estruturados e frequentes, leitura, filosofia, escrita de diários, coaching, meditação, terapia, conversas honestas e profundas com um bom mentor: alguns mecanismos que podem ajudar a avançar a jornada de autoconhecimento, que nunca termina. Os primeiros relatos sobre o poder do autoconhecimento são da década de 70, porém estudos recentes em neurociência têm explorado ainda mais o tema. Uma pesquisa conduzida pelo Korn Ferry Institute em 2013, por exemplo, demonstrou uma correlação positiva entre o autoconhecimento de líderes e a performance financeira de empresas. O processo de autoconhecimento é uma jornada fascinante e, além de aumentar a autoconfiança e assertividade no trabalho, traz equilíbrio emocional.

Priorização: vivemos em um ritmo tão acelerado que raramente paramos para nos questionar sobre o que realmente queremos e buscamos ser, deixando fatores externos ditarem nossas ações e rotina. Para alcançar o nível máximo de energia e foco, precisamos definir prioridades, e isto está intimamente ligado à prática do autoconhecimento. Aprender a dizer não e estrategicamente eliminar o que não é relevante é a base do conceito do Essencialismo de Greg McKeown. Em seu livro “Essencialismo: a disciplinada busca por menos”, o autor afirma que quando tentamos fazer e ter tudo, realizamos concessões que nos afastam de nossos objetivos, e ao realizar tarefas não condizentes com nossos talentos ou assumir compromissos só para agradar aos outros, abrimos mão do nosso poder de escolha. Devemos aprender a reduzir, simplificar e manter o foco em nossos objetivos; isso aumenta nossa produtividade e resultados profissionais e nos faz ganhar tempo para a vida pessoal.

Meditação: é o domínio da mente e uma maior conexão com nosso corpo; é a capacidade de acalmar e focar nossa atenção no presente, barrando qualquer distração. Pesquisadores da University of British Columbia recentemente reuniram resultados de mais de 20 estudos para entender como a meditação altera a função cerebral. Embora tenham encontrado alterações significativas em 8 regiões do cérebro, vale destacar aquelas no hipocampo (associado à capacidade de aprender, memória e emoções) e na parte frontal do córtex cingulado (responsável pelo autocontrole, foco e flexibilidade). Estudos mostram que a atividade cerebral é mais intensa naqueles que praticam meditação, e que alterações estruturais no cérebro podem ser observadas a partir de 8 semanas de prática. Você não precisa estar nas montanhas do Nepal ou isolado do mundo para meditar – a beleza da técnica está na simplicidade e possibilidade de realizá-la a qualquer hora e em qualquer lugar. Meditação é hoje um hot topic e tornou-se uma indústria bilionária e promissora. Você já testou os aplicativos Headspace, Calm e Buddhify? A tecnologia pode ajudar a trazer disciplina e método à uma prática que traz resultados concretos, porém a médio/ longo prazo.

Técnicas de respiração: integrantes das práticas de meditação, elas merecem destaque. Alterações emocionais modificam nosso ritmo respiratório. Da mesma forma, ao tornar nossa respiração mais lenta e principalmente priorizar a respiração abdominal, conseguimos administrar a nossa energia emocional. Em momentos de stress, experimente tornar as exalações mais lentas do que as inspirações, ou simplesmente respirar bem fundo quando precisar aumentar o seu nível de concentração para elevar a oxigenação cerebral.

Relaxe: É natural que em alguns momentos do seu dia você simplesmente queira desacelerar e recarregar as baterias; o nosso corpo tem um estoque finito de energia que precisa ser reabastecido. Uma pausa para um café no meio da tarde, uma volta pelos corredores, um bate-papo mais informal, algumas horas desconectado de e-mail e telefone, uma corrida ou minutos de meditação antes do trabalho, uma caminhada no parque ou na praça (em dia de semana). Seja qual for a atividade que lhe reenergiza, não esqueça de deixar um espaço na agenda para ela. O cérebro consome 20% das calorias, embora represente 2% do total de massa do nosso corpo: essa energia gasta deve ser recuperada.

Atitude positiva: compaixão, boa relação com familiares e amigos, esperança, pensamento positivo, senso de humor e valores contundentes. A forma com a qual encaramos a vida e nossa relação com outros e o trabalho indiscutivelmente determina nosso nível de energia. Um estudo de Barbara L. Fredrickson e coautores demonstra que emoções positivas (geradas por meditação “loving-kindness” ou meditação da compaixão) expandem nossas perspectivas e abrem nossa cabeça para mais possibilidades, além de aumentar a capacidade de desenvolver habilidades e recursos a serem usados no futuro. No livro “Give and Take”, o professor de Wharton Adam Grant mostra, através de estudos de caso, que os profissionais que mais crescem na carreira são aqueles que mais se doam aos seus colegas e superiores, de maneira autêntica, positiva e sem a expectativa de retorno, contrariando a crença de que os que mais sobem são aqueles que mais conseguem “extrair” dos outros.

Alcançar o nível ótimo de energia e produtividade, sentindo-se eficiente, inspirado, pleno e com propósito não depende apenas de saber administrar o nosso tempo e atividades. É preciso embarcar em um processo mais profundo de autoconhecimento e gerenciamento de nossos recursos pessoais para elevar os níveis de energia e felicidade e assim viabilizar uma vida equilibrada. Encontre o seu ritmo, compreenda o que agrega valor e vale aquela energia extra e energize-se fazendo o que lhe dá prazer!

Precisamos ressignificar a idade no trabalho

Precisamos ressignificar a idade no trabalho

Cada vez que se olhava no espelho, Charles Eugster não gostava do corpo que via. Decidiu fazer musculação e competir em provas de corrida de 100 metros. Virou recordista mundial em sua categoria e desenvolveu uma nova carreira como autor, palestrante e empregado em uma grande rede de academias. Segundo ele, a vaidade o resgatou. O que torna essa história surpreendente é que Charles tinha 87 anos de idade quando iniciou a nova carreira. Em um recente artigo, ele deixou uma importante mensagem: “A sociedade pôs data de validade em nós… ela precisa fazer mais para engajar pessoas com minha idade e não perder nossos talentos e conhecimentos.”
Charles tem razão. De acordo com estudo recente da Information Technology and Innovation Foundation, mais de 20% das invenções patenteadas em segmentos de alta tecnologia foram criadas por pessoas com mais de 56 anos, número similar às patentes registradas por aqueles com menos de 35 anos, mostrando que é falsa a associação (reforçada pelo sucesso de uma exceção de jovens empreendedores em tecnologia) de que jovens tendem a ser mais inovadores.
Pesquisas também mostram que habilidades essenciais no trabalho, como produtividade, capacidade de aprendizado e de lidar com mudança, se apresentam similares ou melhores naqueles com mais idade, na comparação com jovens. Isso vai contra os estereótipos que geram preconceitos em relação a reter e contratar pessoas desse grupo.
Quando se pensa que as populações das principais economias do mundo estão envelhecendo (e vivendo mais) a importância de se ressignificar a idade implica em outros componentes, principalmente econômicos. Mais idade requer mais recursos financeiros para cobrir gastos futuros. A maioria dos sistemas públicos de aposentadoria não são sustentáveis e já impactam ou impactarão na saúde de muitas economias.
Nos EUA, um em cada três americanos não possui reservas para a aposentadoria. Essa é a versão apocalíptica da necessidade de se trabalhar por mais tempo. A outra é que trabalhar por mais tempo significa aumentar recursos que serão gastos com consumo ou que, quando economizados, viram investimentos.
Estudos mostram que trilhões de dólares podem ser adicionados ao PIB global caso se estenda a vida profissional.

Muitos negam esse efeito através do já desmascarado mito de que manter pessoas com mais idade reduz a contratação de jovens e consequentemente limita o crescimento econômico. O que se tem provado é que o valor agregado de carreiras mais longas, para a economia, beneficia inclusive o salários dos mais jovens. Ou seja, prolongar carreiras pode ser uma excelente medida econômica para garantir crescimento.
Muitas pesquisas mostram o efeito negativo da aposentadoria no bem­estar e na saúde do aposentado. Após um primeiro estágio animador (um a dois anos), eles apresentam mais problemas físicos com atividades diárias, ficam mais doentes, têm mais problemas mentais e depressão do que aqueles que continuam trabalhando, mesmo que em período parcial. Ou seja, continuar trabalhando reduz ou adia problemas de saúde e reduz o uso de serviços de saúde (área também estrangulada com o envelhecimento da população).
Para aproveitar esse potencial é preciso mudar políticas públicas e práticas empresariais que não refletem o contexto atual e que estão presas a um mundo que não existe mais. No Brasil, pesquisas recentes mostram que o preconceito em empresas privadas se inicia já para profissionais com 40 anos, o que pode desperdiçar um conjunto enorme de talentos e junto com ele todo o potencial econômico, social e humano que eles representam. A reforma da previdência tem sido o eixo de discussão da idade no trabalho, mas é carregada de negatividade, como a perda de direitos sociais, e acaba não ajudando na verdadeira discussão que pode existir em relação ao tema.
A transformação não é apenas de fora, mas deve acontecer na forma como as pessoas lidam com o próprio envelhecimento. Ainda temos sociedades que vislumbram a aposentadoria como o início do período para curtir a vida. Charles Eugster, nosso atleta, comenta em seu artigo que “as pessoas mais velhas precisam fazer mais para se reinventar também”.
Charles faleceu no último dia 27 de abril à beira de completar 98 anos de idade. Sua mensagem é poderosa: “É hora de iniciarmos uma revolução que não é anti­envelhecimento, mas pró­ envelhecimento”. As transformações sociais e pessoais necessárias são enormes, mas os benefícios são ainda maiores.

6 dicas para uma comunicação assertiva em cargos de liderança

6 dicas para uma comunicação assertiva em cargos de liderança

Falar do jeito certo é essencial para manter as boas relações no ambiente de trabalho

 

Os bons líderes são bons comunicadores. Pelo menos deveriam ser. E quando se fala em boa comunicação assertiva estamos nos referindo à capacidade de expor ideias de forma clara e direta, sem margem para dúvidas, insegurança ou ressentimentos. Uma equipe eficiente, por exemplo, certamente tem a comunicação como base.

Há quem confunda assertividade com crueldade, mas não é bem assim. O líder que sabe expor suas ideias de maneira correta é conciso e vai direto ao ponto, mas não negligencia o direito do outro e procura não ofendê-lo. Mesmo que a informação não seja positiva, ao ser assertivo o líder direciona suas opiniões à atitude e não à pessoa.

A comunicação clara e direta de um líder proporciona mais liberdade no ambiente de trabalho, pois as pessoas lideradas se sentem mais à vontade para trocar opiniões e lapidá-las quando necessário para que o relacionamento se mantenha saudável.

É importante ressaltar que a comunicação assertiva precisa ser treinada. Por isso, separamos aqui as 6 dicas para uma comunicação assertiva em cargos de liderança. Para você desenvolver e aprimorar seu jeito de falar com as pessoas:

 

Tenha domínio do que você vai falar

 

Antes de começar a expor suas ideias, tenha conhecimento e segurança do assunto que vai falar. Acredite nas suas palavras. Quando você sabe exatamente como abordar e desenrolar o tema, expressões como “eu acho” ficam de fora do seu discurso, fazendo com que ele passe mais credibilidade.

 

Evite enrolações

 

Sabe quando alguém fala, fala e na verdade não fala nada? É exatamente assim o discurso de alguém que enrola demais e não tem argumentos contundentes. Se quiser mesmo ser assertivo, seja direto e firme, mas sem ser agressivo.

 

Atente-se à linguagem

 

Conheça bem o seu público antes de começar a falar para evitar ruídos na comunicação, tanto falada quanto escrita. Deixe de lado termos rebuscados demais, assim como as gírias. No caso de mensagens escritas, não use abreviações.

 

Fique atento ao seu ouvinte

 

Além de procurar falar bem e de forma direta, dê espaço para que o outro fale também. Você pode discordar do parecer dele, mas só depois de ouvir o que ele tem a dizer é que você terá embasamento suficiente para argumentar de maneira lógica e racional. Outro ponto importante é se colocar no lugar do outro. Procure perceber se a pessoa está compreendendo exatamente o que você quer dizer e pense como você se sentiria se estivesse ouvindo suas próprias palavras.

 

Saiba dosar a emoção

 

Geralmente quando dominamos o tema da conversa ficamos empolgados demais e até afobados em certos casos. Claro que acreditar nas suas próprias palavras é essencial para fazer com que os outros acreditem nelas também, mas saiba dosar seu bom-humor e entusiasmo para não perder a compostura e a credibilidade.

 

Cuidado com a linguagem corporal

 

Lembre-se sempre de que o corpo fala e fique atento aos gestos que você faz durante seu discurso ou enquanto ouve os argumentos de algum liderado. Sem um bom alinhamento, você pode dizer uma coisa com as palavras e usar uma linguagem corporal que transmita algo totalmente contrário.

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Linguagem corporal inadequada pode arruinar uma oportunidade de emprego

Linguagem corporal inadequada pode arruinar oportunidade de emprego

Ao transmitir uma mensagem de forma errada, as chances do candidato podem diminuir drasticamente

Os selecionadores ficam sempre atentos aos gestos que o candidato faz, pois a postura conta pontos na hora da contratação.

Ter autocontrole durante uma entrevista de emprego é um grande desafio. Ainda mais porque esta pode ser a sua única chance de provar para selecionadores e gestores que você é a pessoa ideal para conquistar a vaga. E nesta hora o que se diz pode ser menos importante do que a maneira como a mensagem é transmitida.

Pelo menos esta foi a conclusão do estudo que a empresa de recrutamento Robert Half realizou com base na percepção de 300 gestores seniores de empresas dos Estados Unidos. Para os entrevistados, 30% dos candidatos costumam expressar sinais corporais negativos na hora da entrevista.

Dentre os sinais citados, o que os empregadores mais reparam são, pela ordem, contato visual, expressões faciais, postura, aperto de mão, movimentos habituais e inquietantes e gestos com as mãos.

Para ajudar os profissionais e melhorarem a linguagem corporal em entrevistas de emprego, os especialistas da Robert Half reuniram cinco orientações:

1. Aperto de mão: ao cumprimentar o recrutador, procure dar um aperto de mão firme, mas sem machucar o interlocutor. Limite a duração em apenas alguns segundos.

2. Postura ao sentar: sutilmente, veja a postura e a linguagem corporal do entrevistador para ter uma referência sobre como se posicionar. Sente-se de forma alinhada e incline-se levemente para frente. A ideia é demonstrar engajamento e confiança.

3. Sorriso: um sorriso sutil e verdadeiro demonstra cordialidade e entusiasmo. Simule uma entrevista de brincadeira com um amigo para descobrir se você, sem perceber, não está com uma expressão corporal negativa.

4. Olhar: mantenha um contato visual regular durante a conversa, mas olhe para outros lugares às vezes. Encarar demais pode ser considerado um tanto agressivo.

5. Braços, mãos e pernas: mantenha seus braços descruzados e as mãos sobre a mesa para parecer mais aberto e receptivo. Use as mãos para se expressar, mas cuidado para que os gestos não roubem a atenção da conversa. Resista também à tentação de descontar seu nervosismo mexendo as pernas, os dedos ou a caneta.

A GOL quer atrair (e contratar) profissionais com mais de 50 anos

A GOL quer atrair (e contratar) profissionais com mais de 50 anos

Diretor de RH da GOL explica por que a empresa quer estimular contratação de profissionais mais experientes e diz qual é o perfil procurado

Quem tem mais de 50 anos e está procurando emprego sabe que o mercado de trabalho, muitas vezes, pode ser cruel com os mais experientes.

“Há preconceito e, normalmente, essas pessoas já ficam descrentes e pensam que não vão encontrar oportunidades”, diz Jean Carlo Nogueira, diretor de RH da GOL Linhas Aéreas, que acaba de lançar uma campanha especial para atrair os profissionais mais velhos para a companhia.

Chamada de Experiência na Bagagem a iniciativa é parte do programa de inclusão da empresa – o GOL Para Todos – e surgiu depois que a liderança da empresa percebeu que seus profissionais mais experientes, na casa dos 50, 60 e 70 anos, tinham comprometimento, dedicação e engajamento muito acima da média.

“Essas são características muito importantes para a organização”, diz Nogueira. A ideia, então, foi a de incentivar profissionais com mais de 50 anos que estejam fora do mercado a cadastrar currículo e participar dos processos seletivos. O objetivo é, como diz o executivo, que haja mais “equilíbrio entre a jovialidade e a maturidade”, na companhia aérea.

Vagas no Brasil inteiro

Não há uma meta definida de atração, mas Nogueira garante que haverá muitas oportunidades, já que a empresa tem, ao todo, 15 mil funcionários. Segundo ele, a média de vagas com que a área de recursos humanos da GOL trabalha, ao todo, é entre 50 e 60 por mês

Os interessados já podem fazer o cadastro tanto pelo site da Gol quanto diretamente pelo Vagas.com. Nesse primeiro momento o programa tem foco em recrutar pessoas para a área de atendimento ao cliente. Atendimento de excelência: Veja na Hekima como Big Data ajuda a conhecer e a mapear o seu público Patrocinado 

Empatia, boa capacidade de comunicação, flexibilidade, sensibilidade para identificar e lidar com diferentes tipos de público, gostar de se relacionar e servir pessoas, habilidade de solucionar problemas e trabalho em equipe são características do perfil procurado.

“Mas as vagas não estão limitadas ao atendimento”, diz o diretor de RH da GOL. Profissionais de todas as áreas podem se inscrever, de acordo com ele. Falar inglês é um diferencial importante, mas não é um requisito obrigatório, assim como formação superior. A exigência da empresa, segundo ele, é pelo diploma de Ensino Médio.

Dependendo da vaga, a jornada de trabalho pode ser flexível, segundo o executivo. “Temos vagas que são para trabalhar 4 horas, 6 horas, por exemplo”, diz.Nogueira também destaca que mais mil funcionários do call center da Gol trabalham de casa.

Os processos seletivos, em geral, contam com testes, seleção, dinâmica de grupo e entrevista com o RH e gestores.