Como Se Acalmar Durante um Ataque de Ansiedade
Todos nós sofremos com a ansiedade de vez em quando.
Pode ser até o caso de um problema mais sério, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), se você tiver preocupações persistentes e desproporcionais com assuntos cotidianos.[1] No entanto, caso você sofra ataques abruptos com sintomas que incluam coração acelerado, náusea, tremores e medo intenso, pode ser um ataque de pânico.[2] Ataques de pânico podem ser assustadores, por isso é de grande ajuda saber que é possível controlá-los quando eles surgem. Com um pouco de atenção e prática consciente, é possível aliviar os sintomas de um ataque de pânico, controlar a ansiedade e evitar futuras crises.
Método 1 de 4:
Acalmando-se no momento da criseEditar
- Tente segurar a respiração para começar. Assim, diminui-se a sensação de asfixia e de incapacidade de respirar.[4]
- Depois de segurar a respiração, comece a respirar devagar utilizando o diafragma. Coloque uma das mãos sobre o peito e a outra na barriga. Você deve sentir o abdômen subir e descer enquanto respira, e a outra mão deve permanecer quase parada.[5]
- Inspire pelo nariz durante quatro segundos. Segure a respiração por dois ou três segundos. Expire devagar pela boca durante cinco ou seis segundos.
- Continue a respiração diafragmática (profunda) por alguns minutos até notar uma diferença no relaxamento muscular e clareza de pensamento.
- Experimente fazer uma lista do que está acontecendo sem julgar os eventos como “bons” ou “maus”. Por exemplo, você pode perceber: “Meu coração está disparado. Minhas mãos estão suando. Eu acho que vou vomitar.”.
- Em seguida, lembre-se de que esses sintomas são frutos da ansiedade. Evite dizer a si mesmo que precisa “controlar” os sintomas – isso pode piorar o pânico.[8] Fale a si mesmo que eles são temporários e vão passar.
- Fique parado enquanto faz o catálogo das sensações. Essa atitude, com o tempo, ajuda o cérebro a perceber que a situação não é perigosa de verdade. A fuga pode fazer com que o cérebro associe com mais intensidade a situação e o pânico.[9]
- É importante que você se mantenha na situação que causou o pânico enquanto se distrai. Supere o ataque de pânico onde já estiver. Se não fizer isso, você provavelmente vai acabar associando aquela situação ou lugar ao medo, o que pode provocar futuras crises.[10]
- Contraia o grupo muscular por cinco ou dez segundos e depois relaxe a pressão. É possível repetir o procedimento para o mesmo grupo muscular várias vezes, mas uma vez já é suficiente.
- Os grupos musculares mais importantes que você pode contrair e relaxar incluem o maxilar, a boca (franzir e relaxar), os braços, as mãos, a barriga, as nádegas, as coxas, as panturrilhas e os pés.[12]
Método 2 de 4:
Controlando a ansiedade
- Por exemplo, talvez você esteja ansioso com um voo de avião que se aproxima e não consiga parar de pensar no que pode acontecer se o avião cair. Concentre-se e diga “pare” para você mesmo, em voz alta ou dentro da cabeça.
- Em seguida, troque esse pensamento por algo que o acalme e que seja positivo. Um exemplo é uma lembrança das férias com os seus melhores amigos e o quanto eles o deixam feliz.
- Pode ser preciso repetir várias vezes até a técnica funcionar, portanto, tenha paciência e bondade consigo mesmo.
- Esse método não funciona no meio de um ataque de pânico, pois ele nem sempre é associado a um pensamento ou causa clara. No entanto, a técnica ajuda a controlar sensações gerais de ansiedade.
- Imagine um lugar no qual você se sinta em paz e relaxado; pode ser a sua casa, um lugar onde goste de passar as férias, ou nos braços de alguém que ama.
- Ao pensar neste local, continue adicionando detalhes sensoriais à cena para que a mente fique envolvida por inteiro no ato de imaginar. Sinta-se à vontade para fechar os olhos ou deixá-los abertos, embora os olhos cerrados facilitem o processo. Pense no que você pode ver, cheirar, tocar, ouvir e provar nesse local seguro.
- Quando perceber que a ansiedade está chegando, visualize o seu lugar seguro. Imagine-se relaxado e tranquilo no cantinho que preparou. Ao relaxar mais, você pode interromper a visualização.
- Também é possível fazer algumas perguntas a si mesmo. Existe algum perigo real e presente? Muito provavelmente, você está se fazendo perguntas que começam com “e se” e entrando em pânico com algo que não aconteceu ainda e pode nem acontecer. Perceba que está com medo, mas que não está em perigo. Retirar o medo de cena ajuda a relaxar um pouco.
- Você pode achar no começo que parece que não há nada a dizer. Continue tentando examinar as situações que provocam ansiedade. Quando se começa a praticar o relaxamento e a análise das situações, é possível detectar pensamentos e emoções que ajudam a aumentar a ansiedade.
- Pratique a autocompaixão ao escrever no diário. Evite julgar você mesmo ou os seus pensamentos. Lembre-se de que nem sempre é possível controlar os pensamentos e sentimentos que surgem, e que eles não são “bons” ou “maus” por natureza. O que você pode controlar são as reações.
- Faça um pouco de exercício. Colocar o corpo em atividade, principalmente com exercícios aeróbicos, libera endorfinas, que são responsáveis por aumentar a sensação de paz e felicidade.[17]
- Evite estimulantes. Estimulantes como a cafeína e a nicotina podem deixá-lo nervoso e tenso, além de agravar a ansiedade pré-existente.[18] Algumas pessoas acreditam erroneamente que fumar acalma os nervos, mas não é verdade. A dependência da nicotina pode intensificar sentimentos de estresse e ansiedade quando a substância está em falta, e fumar faz muito mal à saúde.[19]
- Tenha uma alimentação balanceada. Não existe “dieta mágica” que cure ou evite a ansiedade. Porém, evitar alimentos processados e com alto conteúdo de açúcar pode ajudar, assim como comer bastante carne magra, carboidratos complexos, como cereais integrais, e frutas e legumes frescos.[20]
- Experimente tomar um banho quente de chuveiro ou na banheira. Estudos demonstram que a sensação física provocada pelo calor tem um efeito calmante e relaxante em muitas pessoas.[22] Se quiser, adicione umas gotinhas de óleo de erva cidreira, bergamota, jasmim ou lavanda. Esses óleos essenciais possuem um efeito calmante.[23]
Método 3 de 4:
Buscando ajuda profissional
- Um dos tratamentos mais comuns e eficazes é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Este tipo de terapia é focado no ensino de como identificar e substituir modos negativos de pensar e de reagir a situações. Você aprende a reconhecer quando os pensamentos não condizem com os fatos e quais são as maneiras úteis de pensar e reagir.[28]
- Em alguns casos, o médico ou psiquiatra pode receitar medicações que controlam a ansiedade se outros métodos não tiverem dado resultados aparentes.[29]
- Médicos de família também podem dar referências de especialistas em saúde mental da região.[31]
- Procure o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) local, que oferece atendimento gratuito. Procure diretamente o serviço ou vá a uma Unidade Básica de Saúde para obter um encaminhamento.
- Pesquise terapeutas que ofereçam consultas a preços populares. Alguns profissionais oferecem esse tipo de desconto para os que não têm condições financeiras.
- Muitas faculdades e universidades oferecem atendimento psicológico e psiquiátrico. Às vezes, estes são reservados para estudantes, mas algumas instituições maiores podem oferecer também clínicas comunitárias, onde estudantes da área de saúde mental em treinamento atendem sob supervisão de um profissional. Estes locais costumam ser bem em conta ou até mesmo gratuitos.
Método 4 de 4:
Identificando um ataque de pânico
- Dor no peito. A dor costuma ser localizada, em vez de irradiar pelo lado esquerdo do corpo, como acontece em um ataque cardíaco.[34]
- Tontura ou desmaio
- Asfixia
- Náusea ou vômitos. O vômito é menos frequente em ataques de pânico do que em ataques cardíacos.
- Dormência ou formigamento
- Batimentos cardíacos acelerados
- Respiração ofegante
- Suor, pele pegajosa, ou ondas de calor
- Tremores
- Sensação intensa de medo
- Medo de morrer
- Medo de perder o controle
- Sensação de pessimismo
- Sensação de indiferença
- Sensação de irrealidade
- Dor no peito. Em ataques cardíacos, a dor se assemelha a uma sensação de pressão, congestão ou aperto. Geralmente, ela dura mais do que alguns minutos.
- Dor no tórax. A dor irradia para os braços, costas, pescoço, maxilar ou barriga em um ataque cardíaco.
- Respiração curta. Este sintoma pode aparecer antes da dor no peito.
- Ansiedade. Você pode sentir medo ou sensação de morte.
- Tontura ou desmaio
- Suor
- Náusea ou vômito. Os ataques do coração têm mais chances de causar vômito do que os de pânico.[38]
- Uma crise geralmente atinge o pico em 10 minutos, embora alguns sintomas possam permanecer por mais tempo.[41] Sensações de estresse e ansiedade mais generalizados podem ter uma duração maior, mas com menos intensidade.
- Um ataque de pânico não precisa de um gatilho específico. Ele parece vir do nada.