Categoria: Desenvolvimento Pessoal

O que vale mais, seu tempo ou sua energia?

O que vale mais, seu tempo ou sua energia?

“Tempo é dinheiro”, estamos cansados de ouvir isso. No entanto, nossas experiências diretas nos fazem questionar essa máxima: o que vale mais, uma hora com baixo foco e energia ou 15 minutos de presença plena, com alto nível de energia física e mental?

Você está constantemente atarefado, mas não é produtivo? Tempo é um recurso finito e a resposta para alta performance (e qualidade de vida) está na habilidade com que administramos nossa energia e nos focamos no que é essencialmente relevante para nós.

Novas relações com o trabalho
A rotina de Otávio era exaustiva. Jovem, consultor em uma firma global de consultoria estratégica, ele vivia cansado por precisar cumprir horários rigorosos com seus clientes e não ter autonomia sobre sua agenda. A partir do momento em que passou a gerenciá-la, evitar o trânsito e trabalhar um dia por semana de casa, a produtividade (e a satisfação com o trabalho) de Otávio aumentou muito, mesmo trabalhando efetivamente mais horas. Já Marina, diretora de uma multinacional, trabalhava cerca de 12 horas por dia e aos finais de semana e, ao passar por uma crise de saúde, reavaliou a sua trajetória profissional e suas motivações. Marina passou então a constantemente bloquear sua agenda para retomar as aulas de yoga e para ter tempo de qualidade com seus filhos.

Estes são apenas alguns exemplos de que as demandas sociais, expectativas pessoais e tecnologias disponíveis estão alterando a nossa relação com o trabalho. Retorno financeiro e crescimento ainda são motivadores fortes (especialmente em épocas de crise), porém estamos mais preocupados com o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. De acordo com uma pesquisa feita pela PwC em 2011, com cerca de 4,5 mil jovens de 75 países, 90% afirmam que qualidade de vida é um critério importante na hora de escolher um emprego. Quanto aos benefícios mais valorizados, em primeiro lugar está oportunidade de aprendizagem (22%), seguido de flexibilidade de trabalho (19%) e então retorno financeiro (14%). Ainda, buscamos cada vez mais sentido e alinhamento de valores no trabalho, e não apenas bônus agressivos. Em recente pesquisa da Deloitte (The 2016 Deloitte Millennial Survey) com 7,7 mil jovens da geração Y de 29 países, 87% afirmaram que o sucesso de um negócio não deve ser mensurado apenas por seu desempenho financeiro, e 55% elencaram valores pessoais e morais como os fatores de maior influência sobre suas decisões profissionais.

Uma rotina balanceada reflete também na performance profissional. Pessoas que acreditam ter um equilíbrio entre vida pessoal e profissional se dedicam 21% mais ao trabalho, de acordo com uma pesquisa da Corporate Executive Board com 50 mil trabalhadores ao redor do mundo. Este esforço extra é resultado de uma sensação (que pode ser aparente) de bem-estar e controle de sua vida. Encontrar inspiração, qualidade de vida e propósito no que fazemos parece impossível no contexto acelerado em que vivemos; mas acredite, é factível. O ponto de partida é saber administrar e concentrar sua energia no que realmente agrega valor e está alinhado com seu propósito. Saber dizer não também é importante para sua gestão pessoal.

Administrar a energia, não o tempo
Recorrentemente, ouvimos “não tenho tempo” ou “estou muito ocupado” como desculpas por não inserir atividades físicas na rotina, não ter tempo de qualidade com família ou amigos, ou não finalizar um projeto profissional. Será que mais tempo realmente resolveria todos os nossos problemas? Embora possamos mensurá-lo, não podemos controlá-lo, influenciá-lo, aumentá-lo ou diminuí-lo. Acreditamos que a solução é sempre correr atrás do “mais” – mais horas de trabalho e mais tempo – enquanto devemos buscar por “menos, mas melhor”. Para uma rotina produtiva e equilibrada, precisamos administrar os recursos que temos e focar nossa energia no que é relevante. A capacidade de gerir e restaurar nossa energia, seguindo planejamento e prioridades conscientemente estabelecidos é fundamental para enfrentarmos a correria do dia-a-dia com qualidade de vida. Tempo é um recurso limitado e finito, enquanto energia é um recurso renovável. Jim Loehr e Tony Schwartz, autores do livro “The Power of Full Engagement”, comprovaram, por meio de estudos com executivos, que saber administrar energia é a chave para alta performance e renovação pessoal. Eles acreditam em quatro fontes de energia e que cada uma delas pode ser sistematicamente trabalhada e renovada por meio de diferentes mecanismos:

Energia física: é evidente que nutrição inadequada, privação de sono ou descanso e falta de exercícios físicos minam nosso estoque de energia; manter uma rotina saudável é imprescindível.

Energia emocional: reconhecer o que desperta nossas emoções (positivas e negativas) e aprender a controlar nossas reações melhoram o nível e qualidade de nossa energia, independentemente do contexto externo.

Energia mental: embora nosso default seja realizar diferentes atividades simultaneamente, ser multitarefa reduz a produtividade. Alternar entre uma atividade e outra aumenta em até 25% o tempo necessário para finalizar a primeira tarefa.

Energia espiritual: religião, espiritualidade, valores. Independentemente do nome ou preferência, nossa vida pessoal e profissional deve estar alinhada com o que acreditamos – ver sentido e propósito no que fazemos é energizador.

Em outro estudo com colaboradores de uma rede de resorts, Edy Greenblatt, coautora do livro “Restore Yourself: The Antidote for Professional Exhaustion”, analisou o impacto de saber administrar os recursos pessoais na rotina dos entrevistados. Ela descreve quatro níveis de energia pessoal: burnout, reserva, normal e ótimo, sendo que o poder de influência de eventos externos sobre nossa energia varia de acordo com o nível em que nos encontramos. Isso quer dizer que quando estamos desanimados, sem iniciativa e foco, é comum que qualquer momento de stress (eventos depletores de energia) nos afete ainda mais negativamente do que se estivéssemos altamente energizados. A pesquisadora também demonstra o papel da empresa e seus benefícios: uma equipe altamente energizada está positivamente correlacionada à alta performance e baixas taxas de turnover, e a cultura, estrutura e normas organizacionais influenciam os níveis de energia dos colaboradores.

Restauração x depleção — como maximizar energia e foco
Na Biologia, autorrenovação é a capacidade que os sistemas vivos possuem de renovar e reciclar seus próprios componentes. O processo em células-tronco — aquelas famosas por estarem sempre “fresquinhas”, aptas a se transformarem em qualquer célula do corpo humano — requer um orquestrado controle do ciclo celular e equilíbrio de diferentes componentes, num processo regulado por sinais externos. Como resposta a esses sinais, as células passam por mudanças que resultam em autorrenovação e diferenciação em células de diferentes tecidos (como células da pele, do cabelo, dos dentes). Da mesma forma, precisamos identificar os elementos externos que afetam nosso funcionamento (produtividade e felicidade) e traçar mecanismos que mantenham nosso equilíbrio e renovem nossa energia. Não é uma tarefa trivial; requer esforço e autoconhecimento. Abaixo, compartilhamos algumas práticas e experiências que julgamos extremamente relevantes no processo de restauração e maximização do nosso nível de energia.

Autoconhecimento: sair da inércia e passar a observar nossas ações e reações, pensamentos e crenças, entender nossa relação com outras pessoas e com o mundo, no que somos bons e no que precisamos melhorar é essencial na organização de tarefas e no direcionamento de esforços para maximizar a performance. Fácil falar, difícil colocar em prática de forma sustentável. Feedbacks estruturados e frequentes, leitura, filosofia, escrita de diários, coaching, meditação, terapia, conversas honestas e profundas com um bom mentor: alguns mecanismos que podem ajudar a avançar a jornada de autoconhecimento, que nunca termina. Os primeiros relatos sobre o poder do autoconhecimento são da década de 70, porém estudos recentes em neurociência têm explorado ainda mais o tema. Uma pesquisa conduzida pelo Korn Ferry Institute em 2013, por exemplo, demonstrou uma correlação positiva entre o autoconhecimento de líderes e a performance financeira de empresas. O processo de autoconhecimento é uma jornada fascinante e, além de aumentar a autoconfiança e assertividade no trabalho, traz equilíbrio emocional.

Priorização: vivemos em um ritmo tão acelerado que raramente paramos para nos questionar sobre o que realmente queremos e buscamos ser, deixando fatores externos ditarem nossas ações e rotina. Para alcançar o nível máximo de energia e foco, precisamos definir prioridades, e isto está intimamente ligado à prática do autoconhecimento. Aprender a dizer não e estrategicamente eliminar o que não é relevante é a base do conceito do Essencialismo de Greg McKeown. Em seu livro “Essencialismo: a disciplinada busca por menos”, o autor afirma que quando tentamos fazer e ter tudo, realizamos concessões que nos afastam de nossos objetivos, e ao realizar tarefas não condizentes com nossos talentos ou assumir compromissos só para agradar aos outros, abrimos mão do nosso poder de escolha. Devemos aprender a reduzir, simplificar e manter o foco em nossos objetivos; isso aumenta nossa produtividade e resultados profissionais e nos faz ganhar tempo para a vida pessoal.

Meditação: é o domínio da mente e uma maior conexão com nosso corpo; é a capacidade de acalmar e focar nossa atenção no presente, barrando qualquer distração. Pesquisadores da University of British Columbia recentemente reuniram resultados de mais de 20 estudos para entender como a meditação altera a função cerebral. Embora tenham encontrado alterações significativas em 8 regiões do cérebro, vale destacar aquelas no hipocampo (associado à capacidade de aprender, memória e emoções) e na parte frontal do córtex cingulado (responsável pelo autocontrole, foco e flexibilidade). Estudos mostram que a atividade cerebral é mais intensa naqueles que praticam meditação, e que alterações estruturais no cérebro podem ser observadas a partir de 8 semanas de prática. Você não precisa estar nas montanhas do Nepal ou isolado do mundo para meditar – a beleza da técnica está na simplicidade e possibilidade de realizá-la a qualquer hora e em qualquer lugar. Meditação é hoje um hot topic e tornou-se uma indústria bilionária e promissora. Você já testou os aplicativos Headspace, Calm e Buddhify? A tecnologia pode ajudar a trazer disciplina e método à uma prática que traz resultados concretos, porém a médio/ longo prazo.

Técnicas de respiração: integrantes das práticas de meditação, elas merecem destaque. Alterações emocionais modificam nosso ritmo respiratório. Da mesma forma, ao tornar nossa respiração mais lenta e principalmente priorizar a respiração abdominal, conseguimos administrar a nossa energia emocional. Em momentos de stress, experimente tornar as exalações mais lentas do que as inspirações, ou simplesmente respirar bem fundo quando precisar aumentar o seu nível de concentração para elevar a oxigenação cerebral.

Relaxe: É natural que em alguns momentos do seu dia você simplesmente queira desacelerar e recarregar as baterias; o nosso corpo tem um estoque finito de energia que precisa ser reabastecido. Uma pausa para um café no meio da tarde, uma volta pelos corredores, um bate-papo mais informal, algumas horas desconectado de e-mail e telefone, uma corrida ou minutos de meditação antes do trabalho, uma caminhada no parque ou na praça (em dia de semana). Seja qual for a atividade que lhe reenergiza, não esqueça de deixar um espaço na agenda para ela. O cérebro consome 20% das calorias, embora represente 2% do total de massa do nosso corpo: essa energia gasta deve ser recuperada.

Atitude positiva: compaixão, boa relação com familiares e amigos, esperança, pensamento positivo, senso de humor e valores contundentes. A forma com a qual encaramos a vida e nossa relação com outros e o trabalho indiscutivelmente determina nosso nível de energia. Um estudo de Barbara L. Fredrickson e coautores demonstra que emoções positivas (geradas por meditação “loving-kindness” ou meditação da compaixão) expandem nossas perspectivas e abrem nossa cabeça para mais possibilidades, além de aumentar a capacidade de desenvolver habilidades e recursos a serem usados no futuro. No livro “Give and Take”, o professor de Wharton Adam Grant mostra, através de estudos de caso, que os profissionais que mais crescem na carreira são aqueles que mais se doam aos seus colegas e superiores, de maneira autêntica, positiva e sem a expectativa de retorno, contrariando a crença de que os que mais sobem são aqueles que mais conseguem “extrair” dos outros.

Alcançar o nível ótimo de energia e produtividade, sentindo-se eficiente, inspirado, pleno e com propósito não depende apenas de saber administrar o nosso tempo e atividades. É preciso embarcar em um processo mais profundo de autoconhecimento e gerenciamento de nossos recursos pessoais para elevar os níveis de energia e felicidade e assim viabilizar uma vida equilibrada. Encontre o seu ritmo, compreenda o que agrega valor e vale aquela energia extra e energize-se fazendo o que lhe dá prazer!

6 dicas para uma comunicação assertiva em cargos de liderança

6 dicas para uma comunicação assertiva em cargos de liderança

Falar do jeito certo é essencial para manter as boas relações no ambiente de trabalho

 

Os bons líderes são bons comunicadores. Pelo menos deveriam ser. E quando se fala em boa comunicação assertiva estamos nos referindo à capacidade de expor ideias de forma clara e direta, sem margem para dúvidas, insegurança ou ressentimentos. Uma equipe eficiente, por exemplo, certamente tem a comunicação como base.

Há quem confunda assertividade com crueldade, mas não é bem assim. O líder que sabe expor suas ideias de maneira correta é conciso e vai direto ao ponto, mas não negligencia o direito do outro e procura não ofendê-lo. Mesmo que a informação não seja positiva, ao ser assertivo o líder direciona suas opiniões à atitude e não à pessoa.

A comunicação clara e direta de um líder proporciona mais liberdade no ambiente de trabalho, pois as pessoas lideradas se sentem mais à vontade para trocar opiniões e lapidá-las quando necessário para que o relacionamento se mantenha saudável.

É importante ressaltar que a comunicação assertiva precisa ser treinada. Por isso, separamos aqui as 6 dicas para uma comunicação assertiva em cargos de liderança. Para você desenvolver e aprimorar seu jeito de falar com as pessoas:

 

Tenha domínio do que você vai falar

 

Antes de começar a expor suas ideias, tenha conhecimento e segurança do assunto que vai falar. Acredite nas suas palavras. Quando você sabe exatamente como abordar e desenrolar o tema, expressões como “eu acho” ficam de fora do seu discurso, fazendo com que ele passe mais credibilidade.

 

Evite enrolações

 

Sabe quando alguém fala, fala e na verdade não fala nada? É exatamente assim o discurso de alguém que enrola demais e não tem argumentos contundentes. Se quiser mesmo ser assertivo, seja direto e firme, mas sem ser agressivo.

 

Atente-se à linguagem

 

Conheça bem o seu público antes de começar a falar para evitar ruídos na comunicação, tanto falada quanto escrita. Deixe de lado termos rebuscados demais, assim como as gírias. No caso de mensagens escritas, não use abreviações.

 

Fique atento ao seu ouvinte

 

Além de procurar falar bem e de forma direta, dê espaço para que o outro fale também. Você pode discordar do parecer dele, mas só depois de ouvir o que ele tem a dizer é que você terá embasamento suficiente para argumentar de maneira lógica e racional. Outro ponto importante é se colocar no lugar do outro. Procure perceber se a pessoa está compreendendo exatamente o que você quer dizer e pense como você se sentiria se estivesse ouvindo suas próprias palavras.

 

Saiba dosar a emoção

 

Geralmente quando dominamos o tema da conversa ficamos empolgados demais e até afobados em certos casos. Claro que acreditar nas suas próprias palavras é essencial para fazer com que os outros acreditem nelas também, mas saiba dosar seu bom-humor e entusiasmo para não perder a compostura e a credibilidade.

 

Cuidado com a linguagem corporal

 

Lembre-se sempre de que o corpo fala e fique atento aos gestos que você faz durante seu discurso ou enquanto ouve os argumentos de algum liderado. Sem um bom alinhamento, você pode dizer uma coisa com as palavras e usar uma linguagem corporal que transmita algo totalmente contrário.

Linguagem corporal inadequada pode arruinar uma oportunidade de emprego

Linguagem corporal inadequada pode arruinar oportunidade de emprego

Ao transmitir uma mensagem de forma errada, as chances do candidato podem diminuir drasticamente

Os selecionadores ficam sempre atentos aos gestos que o candidato faz, pois a postura conta pontos na hora da contratação.

Ter autocontrole durante uma entrevista de emprego é um grande desafio. Ainda mais porque esta pode ser a sua única chance de provar para selecionadores e gestores que você é a pessoa ideal para conquistar a vaga. E nesta hora o que se diz pode ser menos importante do que a maneira como a mensagem é transmitida.

Pelo menos esta foi a conclusão do estudo que a empresa de recrutamento Robert Half realizou com base na percepção de 300 gestores seniores de empresas dos Estados Unidos. Para os entrevistados, 30% dos candidatos costumam expressar sinais corporais negativos na hora da entrevista.

Dentre os sinais citados, o que os empregadores mais reparam são, pela ordem, contato visual, expressões faciais, postura, aperto de mão, movimentos habituais e inquietantes e gestos com as mãos.

Para ajudar os profissionais e melhorarem a linguagem corporal em entrevistas de emprego, os especialistas da Robert Half reuniram cinco orientações:

1. Aperto de mão: ao cumprimentar o recrutador, procure dar um aperto de mão firme, mas sem machucar o interlocutor. Limite a duração em apenas alguns segundos.

2. Postura ao sentar: sutilmente, veja a postura e a linguagem corporal do entrevistador para ter uma referência sobre como se posicionar. Sente-se de forma alinhada e incline-se levemente para frente. A ideia é demonstrar engajamento e confiança.

3. Sorriso: um sorriso sutil e verdadeiro demonstra cordialidade e entusiasmo. Simule uma entrevista de brincadeira com um amigo para descobrir se você, sem perceber, não está com uma expressão corporal negativa.

4. Olhar: mantenha um contato visual regular durante a conversa, mas olhe para outros lugares às vezes. Encarar demais pode ser considerado um tanto agressivo.

5. Braços, mãos e pernas: mantenha seus braços descruzados e as mãos sobre a mesa para parecer mais aberto e receptivo. Use as mãos para se expressar, mas cuidado para que os gestos não roubem a atenção da conversa. Resista também à tentação de descontar seu nervosismo mexendo as pernas, os dedos ou a caneta.

9 cursos online gratuitos para alavancar a carreira

Fundação de Jorge Paulo Lemann indica 9 cursos online gratuitos para alavancar a carreira

Fundação de Jorge Paulo Lemann indica 9 cursos online gratuitos para alavancar a carreira

 

É possível usar a internet para cursos brasileiros e estrangeiros sem pagar nada

 

SÃO PAULO – Qualificação profissional é uma arma poderosa em tempos de desemprego de 13,7%. Ir a uma instituição de ensino regularmente, porém, nem sempre é uma opção viável dentro da rotina de todos.

Nesse contexto, educação à distância é sempre uma solução prática para manter sempre os estudos e aumentar a gama de conhecimentos. Após pesquisar alguns dos maiores portais na área, a Fundação Estudar, de Jorge Paulo Lemann, separou 9 cursos online e gratuito capazes de alavancar a carreira atualmente:

Autoconhecimento Na Prática Online – Fundação Estudar

Focando em estudantes e profissionais interessados em autoconhecimento, a Fundação Estudar oferece um curso online que auxilia o participante a olhar para sua trajetória e extrair aprendizados com base nas suas escolhas. O Autoconhecimento Na Prática Online ajuda o usuário a entender melhor o que sua própria história diz, facilitando a tomada de decisão sobre carreira daqui para frente. O programa é ideal, por exemplo, para quem trabalha o dia todo e não tem tempo para refletir a respeito dos aprendizados do dia a dia. O investimento para o curso Autoconhecimento Na Prática Online é de R$199, mas será oferecido gratuitamente para todos que se inscreverem com o código ESTUDAR2017. Inscrições até 11 de junho.

Marketing Analítico – Insper

Direcionado a profissionais, estudantes e interessados da área de Marketing que desejam conhecer os fundamentos básicos de Marketing Analítico e sua aplicação prática, o curso de Introdução ao Marketing Analítico é online, gratuito e tem como objetivo apresentar algumas técnicas de forma concisa e prática, de modo que o participante possa avaliar e recomendar decisões e ações em Marketing baseadas em análise de dados

Aprendendo a aprender – Coursera e Universidade da Califórnia

O curso desenvolvido pela Universidade da Califórnia, dá acesso fácil a técnicas de aprendizagem de valor inestimável, usadas por especialistas em Arte, Música, Literatura, Matemática, Ciência, Esportes e muitas outras disciplinas. É possível aprender sobre a forma como o cérebro usa dois modos de aprendizagem muito diferentes e como ele encapsula (em “pedaços”) informações. Outro tema do curso é sobre ilusões de aprendizagem, técnicas de memória, lidar com a procrastinação, e as melhores práticas apresentadas pela investigação a ser mais eficaz em o ajudar a dominar assuntos difíceis.

Criação de Startups: Como desenvolver negócios inovadores – Coursera e USP

Desenvolvido pela Universidade de São Paulo, esse curso ensina a desenvolver um negócio de base tecnológica contando com a experiência das maiores startups do Brasil, como 99, Ifood, Taqtile, kekanto, e muito mais. Neste curso é possível entender como validar uma ideia, interagir com o usuário, explorar o mercado, desenvolver uma operação, captar investimentos e escalar o negócio dentro do contexto brasileiro.

Recursos Humanos – FGV

O curso de Recursos Humanos trata dos programas de treinamento e desenvolvimento de pessoal e tem como objetivo analisar esses programas, tratando de questões relativas à liderança e à avaliação de resultados. Quem ministra o curso é Sylvia Constant Vergara, doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em Administração pela Fundação Getulio Vargas, administradora de empresas e pedagoga pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com estágio na Beckman High School – New York. Professora titular da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, da Fundação Getulio Vargas, é também pesquisadora, palestrante e consultora de organizações privadas e públicas.

Liderança, gestão de pessoas e do conhecimento para inovação – Veduca

Saber trabalhar com um time, dividir tarefas e trabalhar com pessoas com competências diferentes é uma vantagem competitiva na gestão de um projeto inovador. O objetivo desse curso é desenvolver a liderança a liderança, a fim de usar os conhecimentos e habilidades para alcançar suas metas em equipe.

Gestão da Inovação – Veduca

A capacidade de inovar é a chave para o sucesso das empresas. Neste curso, serão discutidas abordagens para gerenciar e organizar processos de inovação. Serão definidos e diferenciados processos e conceitos para inovação incremental, inovação radical e gestão de incertezas.

O Empreendedorismo e as Competências do Empreendedor – Coursera e Unicamp

No curso desenvolvido pela Universidade de Campinas, os participantes terão a oportunidade de compreender quais são as habilidades e competências que o empreendedor deve criar e desenvolver para empreender um novo empreendimento. Empreendedores convidados participarão das aulas, contando e discutindo suas experiências empreendedoras, articuladas aos conceitos e práticas do curso.

Negociações de sucesso: estratégias e habilidades essenciais – Coursera e Universidade de Michigan

A negociação é a chave para o sucesso nos negócios. Nenhuma empresa consegue sobreviver sem contratos lucrativos. Dentro de uma empresa, as habilidades de negociação podem levar a avanços na carreira. Este curso fornece uma introdução prática e holística às estratégias e habilidades que podem levar a negociações de sucesso na vida pessoal e nas transações de negócios. O curso cobre os quatro principais estágios da negociação: (1) planejamento, (2) negociação, (3) criação do contrato e (4) execução do contrato.

Os comportamentos mais valorizados pelo mercado de trabalho

Os comportamentos mais valorizados pelo mercado de trabalho

Em qualquer área, cada vez mais são desejadas habilidades ligadas à inteligência emocional.

O sucesso profissional já não é mais resultado apenas de habilidades técnicas. Cada vez mais as empresas levam em conta as chamadas “soft skills”, habilidades ligadas à inteligência emocional e à disposição psicológica para o trabalho, como um dos pré-requisitos para preencher uma vaga.

De acordo com Ricardo Haag, gerente executivo da Page Personnel, esse motivo tem a ver com o cenário econômico mundial e o consequente aumento das exigências por produtividade. “Em equipes enxutas e com cobrança intensa por resultados, o profissional precisa se relacionar bem e ser capaz de se automotivar para o trabalho”, explica.

Dessa forma, testes de personalidade são um recurso cada vez mais usado em processos seletivos. “As empresas estão bastante preocupadas em descobrir se o candidato tem atitudes e valores compatíveis aos seus”, comenta.

Em qualquer área, o equilíbrio emocional é uma das habilidades comportamentais mais procuradas. “Os ambientes corporativos andam tensos e exigem do profissional muito jogo de cintura para estabelecer bons relacionamentos”, diz Haag.

Pela mesma razão, pessoas resilientes fazem brilhar os olhos dos empregadores. “São aqueles capazes de impedir que o seu desempenho oscile quando o ambiente não vai bem”, afirma ele.

Outra competência valorizada é a chamada “visão de dono”, ou seja, a postura de assumir o trabalho como se a empresa fosse sua. “Isso implica não renunciar a uma tarefa importante só porque ela não está na sua ‘job description’, por exemplo”, diz Daniela Ribeiro, gerente da Robert Half. Por fim, a capacidade de questionar e propor inovações para uma situação é outro comportamento valorizado pelo mercado.

Lista de tarefas

Lista de tarefas: métodos, ferramentas e como fazer!

Escrever uma lista de tarefas é uma das maneiras mais úteis para lembrar e priorizar seus afazeres num dia, semana ou até mesmo no mês. Mas, o que a maioria não sabe, é que a sua eficácia depende de como você a escreve. Eu sei porque já escrevi diversas, algumas listas foram MUITO úteis e outras apenas perda de tempo.

É fácil se perder entre as tarefas, subitens e lembretes de todas as mil coisas que fazemos durante o dia. Um dos maiores erros em meio a correria é não se concentrar em prioridades. Assim, não faça uma lista de itens gigantesca que não serão cumpridos.

Existem dois tipos de pessoas: as que usam caderno para se organizar e as que utilizam aplicativos. Neste artigo nós vamos te ensinar algumas técnicas e ferramentas que se encaixam nos dois cenários.

O segredo da lista de tarefas: comece com um método!

Para quem gosta de escrever

O Bullet Journal é um método para quem gosta de escrever e que leva a sua lista de tarefas para um outro nível de organização. Ela lhe permite: dividir e organizar afazeres por tipos; mesclar tarefas entre pessoais e profissionais; manter o controle de eventos e ideias; e descobrir quais as tarefas você deve abandonar completamente.

A melhor parte do método é que ele pode se adaptar às suas necessidades. Ele pode ser usado num moleskine ou – o mais indicado – em um caderno quadriculado como o da figura abaixo.

Lista de tarefas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para você começar, cada item deve ser anotado com um identificador diferente. Por exemplo, realizar uma ação (exemplo, limpar a casa) é identificado com um marcador simples como (•) e eventos (exemplo, uma festa de aniversário) são marcados com um triângulo. Veja exemplo:

Lista de tarefas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Símbolos extras ajudam a categorizar ainda mais cada item da lista – um asterisco ao lado de um item significa que ele é uma prioridade. Crie um índice para cada novo marcador e sempre coloque a data antes das tarefas para você não se perder no tempo.

Ao terminar um item, faça um “X” em cima do marcador para indicar que a tarefa foi cumprida. No dia seguinte, veja as que você conseguiu completar e reorganize o seu dia.

O sistema de marcador customizável – criar índices e organizadores – ajuda você a planejar cada dia e identificar como está distribuído o seu tempo. É um sistema de registro em diário detalhado que leva algum tempo para se acostumar, mas é uma maneira altamente eficiente de registrar todas as tarefas do seu dia, eventos e ideias.

Para os amantes da tecnologia

Aos adeptos da tecnologia, utilizar um aplicativo no celular é sempre mais prático e fácil. O grande benefício de usar da tecnologia é a sua interatividade aliada da integração com diversas outras ferramentas.

Eu, por exemplo, sou da turma da tecnologia e utilizo do Wunderlist para organizar as minhas tarefas. Gosto dele porque ele tem um sistema de lembretes efetivo e vai do desktop ao app para celular/tablet, além de possuir uma extensão para Google Chrome.

Já me aventurei por muitos aplicativos como o TodoIst, o Evernote, Google Keep, mas o Wunder os superou de longe. E ah, as dicas a seguir cabem tanto para quem escreve, quanto para quem for utilizar um app.

Quebre em tarefas menores

Eu sempre evito escrever tarefas de forma vaga. É aconselhável que se crie uma tarefa principal para depois dividir tudo em pequenos itens.

Por exemplo, ao criar um item como “Organizar meu dinheiro” você poderia escrever “Organizar ganhos e gastos pessoais”. No esboço você pode listar subitens como “Registrar os gastos diários e mensais”, “Levantar o ganho total mensal”, e assim por diante até que você tenha toda a lista de itens para concluir a tarefa final.

É menos intimidante e mais fácil começar quando você vê tarefas menores em vez de projetos gigantes. E você estará menos inclinado a procrastinar se você tem uma lista de itens que são mais fáceis de concluir.

Organize sua lista de tarefas por importância e urgência

Aqui mora o grande segredo: nem todas as tarefas são iguais em importância. Parece óbvio mas é neste item que a grande maioria das pessoas se perdem.

Para você se organizar melhor tente utilizar o conceito do Steven Covey, a Matriz de Prioridades. Ela é bem simples de fazer e você precisa apenas fazer um desenho como o abaixo:

Lista de tarefas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com ela você terá um melhor panorama e uma forma efetiva de priorizar tudo o que você precisa fazer. Comece com as tarefas que você julga urgente e depois vá descendo na escala de prioridade e preenchendo os outros quadrantes da matriz.

Não subestime o poder da matriz. Ela irá lhe dar um panorama gigantesco sobre suas tarefas e também, com o tempo, te dar a habilidade de priorizar todas as ações que você fizer de forma correta.

O Princípio de Pareto

O Princípio de Pareto afirma que 80% dos resultados vêm de 20% das causas. Essa distribuição ocorre em todos os tipos de aspectos da vida e dos negócios, e você também pode aplicá-lo para a sua lista de tarefas.

Essa é também mais uma técnica de priorização que te ajuda a garantir uma lista produtiva. Ao atualizar a minha lista de tarefas, eu tento também atribuir um nível de importância além da categoria. Você pode tentar fazer isso da seguinte forma:

Em uma escala de 1-10, quanto é a energia que a tarefa irá me tomar?

Em uma escala de 1-10, qual o impacto ela irá ter no meu dia a dia?

Em uma escala de 1-5, o que é a prioridade?

Comece com os itens da lista que requerem um mínimo de esforço, mas produzem os resultados mais positivos. Isso garante que você está se concentrando em uma menor quantidade de esforço para obter mais impacto na sua vida. Assim, você consegue trabalhar de forma inteligente e produtiva.

Menos pode ser mais!

Uma tática substancial no seu dia a dia pode ser identificar 2 ou 3 tarefas mais importantes na sua lista e se concentrar em concluir aquela “missão impossível“. Todo o resto da lista de tarefas se torna secundário, o que seria bom para alcançar objetivos maiores.

Se você quiser agilizar a sua lista, você pode apagar tudo o que é menos importante, focar nas tarefas maiores e, quando terminá-las, reescrever toda ela.

Sempre irá acontecer de você encontrar obrigações durante a realização de tarefas, assim, você mantem a sua lista atualizada de acordo com o que já aconteceu durante as tarefas maiores.

Fazer ou não fazer uma lista de tarefas?

Escrever o que você precisa fazer é interessante em diversos aspectos. Quando eu faço uma lista de tarefas, sinto que estou aliviando a minha memória de preocupações e me passa a segurança de que tenho controle sobre tudo o que tenho que fazer.

Como disse, já fiz diversas listas e muitas não deram certo. Quando passei a prestar mais atenção em “como fazer” e vê-la como algo importante para o meu dia, meu tempo ficou melhor organizado.

E ah, vale a dica: não bombardeie-se com pequenos detalhes, nem “brigue” consigo quando uma lista não der certo ou quando não conseguir concluir uma tarefa. Tente descobrir quais técnicas tornam você mais produtivo.

Como você escreve sua lista de tarefas? Compartilhe nos comentários!