Ano: 2018

Atributos de liderança na era digital: as demandas das Gerações Y e Z

Atributos de liderança na era digital: as demandas das Gerações Y e Z

A diversidade cultural decorrente dos costumes, dos valores, das leis, da linguagem, da ciência e sobretudo dos recursos tecnológicos determina em grande medida o desenvolvimento social e organizacional do mundo.  Não é de surpreender então que, em diferentes épocas, um estilo de liderança seja acolhido em detrimento de outro. Com o advento da era digital não é diferente. A Geração Y – os Millenials – introduziu nas organizações um grupo com expectativas profissionais distintas, desafiando os estilos de liderança tradicionais. Não bastasse este fato, um novo grupo agora tem reclamado lugar – a Geração Z, a geração do “posso fazer, vou fazer”. Shahidullah, membro do Departamento de Sociologia da Hampton University, destaca que a geração que sucede os Millenials valoriza ainda mais a flexibilidade e a liberdade, ansiando por ambientes onde possam prosperar, ignorando sobremaneira as hierarquias. Millenials e Geração Z possuem valores, demonstram atitudes, fazem escolhas e defendem preferências de modo completamente diferente de seus predecessores.

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Os membros da Geração Z formaram suas percepções de mundo em um contexto onde a disponibilidade de acesso à internet e aos smartphones não encontra precedente. Eles esperam acesso sem dificuldades à web nos dispositivos que carregam em seus bolsos. Um estudo de 2017, divulgado pela revista eletrônica Fastmoving, relata que esta geração é composta por 2.6 bilhões de jovens que preferem trabalhar e se comunicar virtualmente. Além disso, gostam de controlar seu próprio tempo, seu ritmo de trabalho ou lazer. David Stillmann, autor do livro “Gen Z work: how the next generation is transforming the workplace”, destaca que, em certo sentido, esta tribo desafia o paradigma da Hierarquia das Necessidades de Maslow. Seus integrantes se dispõem ao trabalho sem a preocupação com a estabilidade, a segurança, a saúde ou a inquietação de adquirir propriedade. Inclusive os atributos do terceiro nível da pirâmide de Maslow perdem o estatuto de valor. A família, a aceitação perante pares ou gestores, e as intimidades afetivas, por exemplo, não parecem estar na pauta de suas urgências existenciais. Eles são mais liberais política e socialmente, mais tolerantes às diversidades raciais, sexuais e religiosas.

Entretanto, o contingente mais significativo da força de trabalho atual está representado pela Geração Y, ou os Millenials. De acordo com a revista Best Life, os Millenials representarão 75% da força de trabalho ativa até 2025. Educados a partir do lema “siga seus sonhos”, este grupo é bastante confiante, e frequentemente são considerados narcísicos, afinal, é a geração do selfie. Diferentemente de seus antecessores – a Geração X e os Baby Boomers –, os Millenials acrescentam substancialmente valor à relação entre trabalho e qualidade de vida. Eles efetivamente preferem o bem-estar à remuneração. E há um traço bastante peculiar a ser notado: são bastante céticos com relação às mensagens fabricadas ou às relações estereotipadas.

Embora Millenials e Geração Z representem a essência da sociedade digital, há algumas diferenças a notar. No quesito atenção, por exemplo, a Geração Z é muito mais propensa a abandonar um assunto do que os Millenials. Os Z’s podem ainda alternar entre atividades de trabalho e diversão, com distrações múltiplas ao redor, trabalhando em várias tarefas simultaneamente com grande facilidade. Eles também se dispõem ao empreendedorismo com maior facilidade e valorizam muito a experiência do fazer.

Evidentemente, existe risco nesse reducionismo categórico das gerações. Pode-se facilmente generalizar as características de cada parte a partir de aspectos descontextualizados. Porém há algo em comum: ambas as gerações foram inevitavelmente encorpadas pelos fundamentos da revolução digital e requisitam estilos de liderança onde modelos de autoridade, atitudes, elementos motivacionais e sistemas de avaliação difiram substancialmente dos modelos tradicionais. Elas esperam lideranças flexíveis e adaptáveis, com manifesta curiosidade pelas suas realizações. Nesse aspecto, líderes com a capacidade de conferir perspectivas distintas em um grupo de trabalho e com o empenho de conduzir abordagens mais igualitárias, reconhecendo os esforços transientes e os resultados parciais, seriam melhor aceitos. A habilidade de formar ou incluir-se em comunidades de interesse, expressando claramente o que sabem e o que não sabem e a capacidade de mobilizar suas redes de relacionamento em prol da experiência de realizar o bem para a sociedade em geral é crucial.

Há, contudo, expectativas específicas dos Z’s com relação aos líderes. Eles esperam que os líderes fomentem a cultura da mudança constante e do uso pleno da tecnologia, com processos automatizados ou robotizados que permitam a otimização contínua das atividades. Eles também requerem autonomia, sem microgerenciamento, livres das hierarquias e, em geral, gostam de procurar seus próprios recursos e encorajar outros à busca da informação em tempo real, evitando conference calls ou reuniões formais. Há entre eles um senso de “estamos nisso juntos e podemos ajudar-nos mutuamente” e é exatamente assim que eles querem ver a liderança: alguém que é parte do grupo. Este grupo demográfico quer ser verdadeiramente orientado e entende que trabalhar para líderes que estão dispostos a falar sobre seus próprios caminhos lhes permitirá forjar relacionamentos de mentor-aprendiz que perdurem ao longo de suas carreiras.

Enfim, independente da geração que ora integra a sociedade digital, é a própria essência desta sociedade que faz exigências para um novo estilo de liderança nas organizações. Está claro que a capacidade de inspirar agora é definitivamente o traço fundamental e é também notório que, antes de ser um cargo ou uma função, a liderança deve-se estabelecer como comportamento que, dentro do grupo, acontece sempre orientado para a valorização de seus integrantes diante dos objetivos (e não somente para os objetivos). Assim a liderança torna-se antes uma posição que deve ser redistribuída para quem detenha as melhores informações ou capacidades. O atributo mais relevante da era digital é a exigência de encontrar o que há de comum nas diferenças, ou seja, aquela intersecção que define e determina certo movimento de construção do bem-estar, do bem fazer e do bem alcançar. É aquilo que se acomoda às expectativas comuns de todos os integrantes da sociedade digital e que, em grande medida, deriva para a liberdade de tornar possível ser o que se almeja ser.
Como manter o foco em escritórios abertos barulhentos

Como manter o foco em escritórios abertos barulhentos

Convenhamos: escritórios abertos podem ser um pesadelo, especialmente quando se está trabalhando em algo que requer total atenção. Para piorar, os colegas podem ser uma distração – talvez porque conversem em altas vozes ou porque o celular deles não pare de tocar. Como fazer as pazes com o escritório aberto? Como lidar com colegas barulhentos que roubam seu foco? Qual a melhor forma de contornar o barulho e as distrações no escritório sem passar por antissocial ou grosseiro?

O que dizem os especialistas

Os prós e contras dos escritórios abertos estão sempre em debate. Algumas pesquisas indicam que eles despertam criatividade e espírito de equipe, enquanto estudos mais recentes sugerem que estimulam os funcionários a evitar os colegas. Quando bem projetados, os escritórios abertos podem promover o trabalho em equipe, pois “oferecem boas oportunidades de interação com todas as pessoas da empresa”, afirma David Burkus, professor adjunto da Oral Roberts University e autor do livro Friend of a Friend, que será lançado em breve. O problema é que todas essas interações “podem causar muita distração” quando se está tentando trabalhar. Contudo, já que as empresas têm adotado cada vez mais essa configuração aberta, é importante aprender a lidar com o barulho indesejado, afirma Karen Dillon, autora de Como lidar com a política no trabalho (Um guia acima da média – HBR). É preciso desenvolver suas próprias “estratégias de sobrevivência” e regras básicas com as quais toda a equipe deve concordar. Eis algumas ideias:

Aproveite as vantagens

Todos desejamos um pouco de solidão no ambiente de trabalho. Afinal, há uma certa segurança psicológica em ter uma “sala fechada”, explica Dillon. Essa simples privacidade garante que “os colegas não escutem suas ligações” nem vejam exatamente que “páginas você tem consultado na internet” a todo momento. Entretanto, Dillon afirma: “Tornar-se mais íntimo dos colegas pode ser muito benéfico. Podemos rir com eles e perceber o ritmo de trabalho e de vida de cada um.”. Para aproveitar os escritórios abertos, a autora recomenda que se aproveitem suas vantagens, “os relacionamentos”, e se minimizem as desvantagens, “o eventual excesso de informações”. No mínimo, resista ao impulso de ser o primeiro a reclamar do barulho, para não ser visto como implicante ou antipático, recomenda Burkus.

Alinhe as expectativas da equipe

Em vez de se queixar, converse com a equipe sobre como viabilizar o bom convívio em um escritório aberto, sugere Burkus. É recomendável falar primeiro com o gestor, já que é melhor que essa conversa “seja proposta pela liderança”. Segundo aconselha Burkus, diga ao seu chefe: “Eu gostaria que a questão fosse discutida, mas acho que não sou a melhor pessoa para iniciar essa conversa. Você pode me ajudar?”. O objetivo coletivo é chegar a um “consenso sobre as normas a serem seguidas por toda a equipe”, afirma. Por exemplo, quando alguém estiver ao telefone, os outros deverão conversar em voz baixa. “Peça apoio explícito e implícito”, acrescenta Dillon. “Busque um aliado que também possa ajudar.”. Se, por exemplo, quando você estiver em uma ligação importante e os colegas fizerem barulho, esse aliado pode pedir educadamente que diminuam o volume. “E você fará o mesmo por essa pessoa.”

Invista em fones de ouvido

Dillon recomenda a compra de fones de ouvido com cancelamento de ruído para quando for “realizar tarefas que exigem concentração intensa”. Você pode escutar ruído branco, música clássica ou qualquer coisa que o ajude a se sentir bem e a ter um bom desempenho. Os fones de ouvido também “servem como um aviso para os colegas” de que você não quer ser interrompido, a menos que seja absolutamente necessário. “Mas use-os com moderação”, alerta Dillon. “Mostre que você ainda faz parte da equipe.”. Burkus afirma conhecer equipes que estipularam um “código dos fones de ouvido” para expressar seu nível de concentração. “O uso dos dois fones significa ‘não interrompa, estou concentrado’. Já o uso de apenas um deles, ‘pergunte antes de me interromper’. A ausência dos fones quer dizer ‘pode interromper’.”

Mude de lugar

Todos precisam de um local no trabalho onde consigam “pensar, escrever e pôr a criatividade para funcionar sem distrações”, esclarece Dillon. Até o mais aberto dos escritórios costuma ter espaços reservados onde os funcionários podem ficar mais afastados da agitação. Aproveite ao máximo as salas de reunião vazias, áreas semiprivativas e qualquer canto silencioso, aconselha Burkus. “Desafie o bloqueio mental que prende você à mesa que lhe foi designada”, acrescenta. Assim, “quando o colega tagarela começar a contar sobre o último episódio de Game of Thrones, você pode simplesmente pegar seu notebook e ir para outro lugar no escritório”. Uma dica para quem trabalha em empresas grandes: “Ir para outro andar do prédio costuma ajudar”, orienta Burkus. “Como as pessoas do outro andar não conhecem você tão bem, é menos provável que haja distração.

Saia do escritório (por um período)

Se for muito difícil manter a concentração no escritório, Burkus recomenda pedir permissão ao chefe – de vez em quando – para trabalhar em outro lugar, como uma biblioteca ou um café nas imediações. Dependendo da tarefa que precisa realizar, “preste atenção ao tipo de local onde você se sente confortável e consegue produzir mais” e use esse argumento para pedir licença. Por exemplo, você pode dizer ao seu chefe: “Quando faço esses relatórios, preciso de foco. Posso sair e trabalhar do café do outro lado da rua?”. É melhor do que perguntar se pode “trabalhar em casa uma vez por semana”, e, portanto, mais difícil negar o pedido.

Peça para trocar de mesa definitivamente

Se seu problema não for o escritório aberto em si, mas um colega que fala alto e faz muito barulho, talvez seja hora de “conversar com seu gestor sobre trocar de mesa”, aponta Dillon. “Você não precisa sofrer.”. Porém, não reclame. Em vez disso, converse com seu chefe “sobre como você será mais produtivo” em outro lugar. Ela sugere que se diga algo nos seguintes termos: “Ficará mais fácil cumprir prazos se eu mudar para um lugar mais silencioso.”. Seja lá o que fizer, não deixe que o aborrecimento “acumule”, até você, um dia, berrar para os colegas calarem a boca, adverte Dillon. Um surto assim “é muito difícil remediar”, afirma.

Princípios para lembrar

O que fazer:

Conversar com seu gestor e a equipe sobre como viabilizar o bom convívio em um escritório aberto.

Comprar fones de ouvido com cancelamento de ruído para quando for realizar tarefas que exigem concentração intensa.

Buscar espaços reservados dentro do escritório, onde você consiga pensar, escrever e pôr a criatividade para funcionar sem distrações.

O que não fazer:

Ser antipático. Tente aproveitar as vantagens de trabalhar em um espaço aberto.

Não pedir ajuda. Peça a ajuda de um colega de confiança de vez em quando, e faça o mesmo por ele.

Sofrer em silêncio. Converse com seu gestor sobre troca de mesa, se achar que isso aumentará sua produtividade.

Estudo de caso 1: Mantenha o otimismo e se afaste das distrações quando necessário

Zeba Rashid, especialista em organização de grandes eventos para celebridades, trabalhou em muitos tipos de escritório ao longo da carreira e conta que prefere escritórios abertos a ambientes mais corporativos com divisórias altas e salas fechadas.

“[No meu trabalho] é fundamental estar em contato com outras pessoas. Acho que o formato aberto proporciona um maior fluxo de ideias e relacionamentos mais próximos”, explica. “Também percebo que as conversas constantes no escritório despertam minha criatividade.”

Embora destaque as vantagens do espaço aberto, Zeba admite que esse não é o melhor tipo de ambiente quando precisa de extrema concentração para trabalhar.

Na atual função de vice-presidente e diretora de marketing de influência da CRC, agência de marketing digital e relações públicas com sede em Nova York, Zeba aprendeu a lidar com barulhos e distrações. “Quando estou trabalhando em contratos ou propostas complexas, costumo usar fones de ouvido”, revela. Os fones sinalizam para os colegas que ela “tem um prazo a cumprir” e precisa de silêncio. Sobretudo, eles “não interrompem as conversas” dos colegas. “O respeito é imprescindível em escritórios abertos”, assegura.

Recentemente, enquanto trabalhava para cumprir um prazo importante, Zeba reservou uma sala de reunião para se afastar das conversas dos colegas. “Acho que o maior problema nos ambientes abertos é a definição do protocolo social”, afirma. “Sempre achei que ser direta e pedir licença com delicadeza é a melhor opção.”

“Preciso terminar de redigir um contrato. Estarei na sala de reunião se tiverem alguma demanda urgente”, costumava dizer à equipe. “As pessoas estão lá para trabalhar. Não é ruim pedir licença e se afastar do barulho quando necessário.”

Zeba acrescenta que, com o tempo, desenvolveu bom relacionamento profissional com a equipe. “Sabemos como trabalhar juntos e quando precisamos de silêncio, e trabalhar em um escritório aberto permite que eu fique mais acessível para todos”, diz.

Estudo de caso 2: Estabeleça regras básicas e busque uma forma de aquietar a mente

Kaitlin Stewart, executiva de contas sênior da TASC Group, uma agência de relações públicas, divide um escritório aberto com oito colegas. Seu chefe, o cofundador, tem uma sala semiprivativa. Há também uma sala semifechada para reuniões pequenas.

Em geral, Kaitlin acha que o escritório aberto é bom para construir relacionamentos. “Esse formato estimula o trabalho em equipe”, conta. “Permite que todos compartilhemos ideias e promove um clima de coleguismo.”

Mas, às vezes, o barulho atrapalha. Segundo ela, ruídos indesejados podem distrair e até “atordoar as pessoas”.

Por isso a equipe definiu regras básicas para o melhor convívio no escritório aberto. “Não é permitido gritar para conversar com alguém que está do outro lado da sala. Se alguém estiver batendo papo com o colega, precisa respeitar [falando baixo] quem está ao telefone. Se a conversa for longa, precisa ir para a sala de reunião.”

As regras básicas “são discutidas constantemente”, acrescenta. “Nós as ajustamos para fortalecer a equipe e nossas melhores práticas.”

A executiva também descobriu que meditar ajuda. “Meu chefe incentiva todos os membros da equipe a tirar 20 minutos por dia, ao longo do expediente, para fechar os olhos e ficar em silêncio. É um exercício para treinar a mente a desligar do barulho. Para mim, tem sido muito útil.”

No momento, Kaitlin está em paz com barulhos e distrações. Mas conta que “certamente, pediria para trocar de mesa”, se achasse que isso poderia ajudá-la a trabalhar melhor. “Tenho convicção de que o trabalho é o que nos mantém vivos. Precisamos ter as condições necessárias para produzir e ter sucesso.”

Rebecca Knight é jornalista freelancer em Boston e professora na Wesleyan University, com trabalhos publicados nos jornais The New York Times, USA Today e The Financial Times.
Atitudes inaceitáveis em uma entrevista de emprego

Atitudes inaceitáveis em uma entrevista de emprego

A entrevista de emprego ainda é um dos momentos mais assustadores para a grande maioria dos candidatos. Diversos profissionais experimentam altos níveis de ansiedade antes, durante e depois da entrevista, preocupados em conseguir se destacar dos demais candidatos e chamar atenção para que o seu perfil seja o escolhido pelo recrutador.

Porém, essa preocupação extrema em se destacar pode ter vários impactos negativos. Nestes momentos, ainda presencio muitos candidatos “sem tato”, irem além do que é esperado e buscando chamar a atenção para o seu perfil a qualquer custo, tornando-se tagarelas ou inconvenientes nessa fase tão importante do processo seletivo.

A entrevista pode ser a primeira oportunidade que a empresa possui para te conhecer pessoalmente, entender como você argumenta as suas ideias, como se porta em determinadas situações e como se comunica. Este momento é precioso e raro.  Por isso, você deve evitar ter qualquer atitudes que conte contra você. Abaixo comentarei algumas situações críticas que precisam ser evitadas.

1. Falar mal do último emprego ou do último líder

Entenda uma coisa: somos seres formados por hábitos! Conseguimos prever o futuro de uma pessoa simplesmente analisando como ela se comporta atualmente. Portanto, o recrutador sabe que se você falar mal de um emprego anterior durante a entrevista, você tende a falar, também, do seu futuro emprego ou do seu futuro líder.

Sendo assim, quando um recrutador te perguntar sobre alguma situação que você não tenha gostado em seu último emprego, seja honesto. Diga o que não gostou, porém focalize o seu discurso nos aprendizados que tirou desta situação, demonstrando que possui maturidade para lidar com as situações desconfortáveis e tirar bom proveito das mesmas.

2. Perguntar sobre salário ou benefícios (antes do final da entrevista)

Muitos profissionais ainda buscam um emprego apenas por conta do salário. Isto não é 100% errado, pois devemos agir alinhados a nossos valores. O problema é que em uma entrevista de emprego o recrutador espera que você esteja ali para construir uma parceria de sucesso com a empresa, onde dedica a sua energia e o seu conhecimento para ajudar a empresa e, em contra partida, ela lhe oferece um salário e benefícios.

Focar diretamente sobre o quanto vai ganhar no futuro emprego pode demonstrar que você quer construir uma parceria “ganha x perde”, afinal está muito mais preocupado com a sua contra partida nesta relação profissional. Por isso, caso precise tirar as suas dúvidas sobre as recompensas, faça isso ao final da entrevista, após ter apresentado como você pode contribuir para aquela posição.

3. Chegar muito cedo ou atrasado para a entrevista

Chegar atrasado pode parecer um aviso muito banal, afinal todo mundo sabe disso, certo? Apesar de todos saberem, ainda presencio, pelo menos, um candidato chegar atrasado na entrevista de emprego por processo seletivo. Obviamente que isso afeta muito negativamente a imagem do profissional, afinal se ele atrasa para a entrevista, imagina o que pode fazer com os horários de trabalho ou uma reunião com um cliente?

Agora, chegar muito cedo na entrevista, como 1 hora ou 30 minutos mais cedo, não é tão crítico. Apesar de alguns recrutadores poderem interpretar isso como uma preocupação excessiva do candidato ou ansiedade, é bem melhor ele estar presente, pois demonstra que está comprometido com o processo. O problema, neste caso, pode ser para o candidato manter a ansiedade sob controle aguardando 1 hora até ser chamado. Por isso, caso chegue mais cedo na entrevista, dê uma volta, conheça os estabelecimentos próximos do local, se distraia um pouco e compareça para a entrevista apenas quando estiver faltando uns 15 ou 10 minutos para o seu horário.

4. Não focar no momento presente da entrevista

Ao entrar para um entrevista, o ideal é que você se desligue de tudo e qualquer distração externa. Comece desligando completamente o seu celular. Nenhuma mensagem ou ligação pode ser mais importante do que aqueles minutos que você passará com o recrutador e poderá selar sua carreira profissional pelos próximos 20 ou 30 anos!

Evite, também, as distrações internas. Sua mente é especialista nisto. Ela consegue te distrair quando bem entende, gerando pensamentos sobre o que deve fazer no dia seguinte, o que comerá no almoço ou, até mesmo, qual a próxima pergunta que o recrutador vai te fazer. Tome uma respiração profunda, foque apenas no que o recrutador te questionar e se atente a responder. Se deixar, a sua mente será o seu pior inimigo durante a entrevista.

5. Ter uma atitude passiva durante toda a entrevista

Essa é uma armadilha muito comum que os candidatos costumam cair. O próprio nome “entrevista de emprego” nos remete a uma situação na qual devemos apenas responder as dúvidas do recrutador sobre nosso perfil, certo? Errado! A entrevista é uma oportunidade onde tanto o recrutador pode conhecer o seu perfil quanto você tem a possibilidade de entender mais sobre a vaga e a empresa!

Ao demonstrar interesse, fazendo perguntas sobre a empresa e a oportunidade, o recrutador entenderá que você realmente está comprometido com o processo e deseja ardentemente esta posição. Isso contará importantes pontos a seu favor!

Você vai ser substituído por um robô?

Você vai ser substituído por um robô?

Segundo uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em torno de 57% das vagas de emprego estão suscetíveis à robotização e automação. Ou seja, mais da metade das funções exercidas hoje pelo homem podem ser substituídas por máquinas. Outra previsão é a de que 65% das crianças vão trabalhar em empregos que ainda não existem, segundo o Fórum Mundial Econômico.

Se você já parou para pensar nisso, já deve ter se perguntado: “eu serei substituído por um robô?”

Para Ronaldo Cavalheri, Engenheiro Civil, Diretor do Geral do Centro Europeu – primeira escola de economia criativa do Brasil e Business Development Manager do Microsoft Innovation Center Curitiba, todo trabalho que envolva atividades repetitivas e com uma lógica previsível, que não precise de socialização e intervenção criativa, que não resolva nenhum tipo de problema complexo e que ainda coloca em risco a vida será substituído por uma máquina.

Com isso fica fácil concluir que os trabalhos que não serão substituídos por robôs serão aqueles exigem  que o profissional tenha características como criatividade, capacidade de aprendizado e de adaptação, visão do momento e facilidade para se relacionar. São as soft skills as competências e habilidades mais desejadas para os profissionais do século XXI. Mais relevante do que uma coleção de diplomas e certificados técnicos, as características comportamentais e sociais é que manterão o espaço das pessoas no mercado combinada com toda a tecnologia disponível.

E como desenvolver as soft skills? Algumas pessoas têm habilidades natas e outras precisam correr atrás. E sim, é possível desenvolver essas características, segundo Cavalheri, é preciso treino. Erroneamente muitos profissionais só enxergam o ensino tradicional como ambiente de capacitação. Mas, se falamos de comportamento, logo temos que estar em contato com outras pessoas onde possamos exercer essas competências: é preciso viver experiências diferentes, com pessoas diferentes sempre.

Em um trabalho voluntário, por exemplo, é possível desenvolver habilidades como relacionamento interpessoal e o espírito colaborativo. Em um Hackathon, que são iniciativas que estimulam a inovação, os participantes colocam a prova o seu potencial de resolver problemas complexos e extrapolar sua visão empreendedora. Em um curso de Fotografia é possível desenvolver um pensamento crítico e estimular o olhar criativo. Independente da área de atuação é preciso se colocar em situações desafiadoras que auxiliem no desenvolvimento de características fundamentais para qualquer profissional de sucesso.

O avanço da tecnologia é inevitável, a robotização em massa será uma realidade, pode ser que nem todos acompanhem essa evolução. A vida é feita de escolhas, nós somos feitos de escolhas. Você vai escolher ser substituído por um robô?

Trabalho intermitente ganha adesão após a reforma trabalhista

Trabalho intermitente ganha adesão após a reforma trabalhista

Os setores de comércio e serviços são os que mais aderiram aos contratos intermitentes; Magazine Luiza, por exemplo, empregou 5 mil funcionários nesse regime.

ovos modelos de contratação introduzidos pela reforma trabalhista vêm ganhando adesões. Um deles é o contrato intermitente – quando a pessoa recebe por período de trabalho. O outro é o parcial, com duração de até 30 horas semanais. Atualmente há quase 50 mil trabalhadores com jornadas intermitentes ou parciais.

Se o ritmo mensal de contratações se mantiver, o ano deve terminar com cerca de 65 mil vagas nessas modalidades. O número equivaleria a 17% de um total de 375 mil empregos formais que devem ser abertos este ano (saldo de contratações e demissões), segundo projeção da LCA Consultores. “É um número importante para o primeiro ano da medida, sabendo que ainda existe muita insegurança jurídica em relação à aplicação das novas normas”, diz Cosmo Donato, economista da LCA.

Os setores de comércio e serviços são os que mais aderiram aos contratos intermitentes. O grupo de varejo Magazine Luiza empregou 5 mil funcionários nesse regime. Um deles é Ronaldo Cortes da Silva, de 26 anos, que há dois meses trabalha no setor de estoque de uma das lojas do grupo em São Paulo.

Ele pode ser convocado 15 dias ao mês, mas atualmente trabalha até seis dias, em jornada de oito horas. Silva é avisado um dia antes, dependendo da demanda da loja, e pode aceitar ou não. “Antes eu trabalhava por conta própria com artesanato, mas prefiro a situação atual.”

Denivea de Matos, de 33 anos, diz estar satisfeita com seu contrato como atendente, três dias por semana, em um bar em Brasília. Antes exercia a mesma função, mas sem carteira assinada. Perdeu o emprego e, após a reforma, foi convidada para o trabalho intermitente.

“Foi um encontro de interesses. Eu queria continuar na função e ainda tenho acesso aos benefícios que os funcionários fixos têm. Ganho entre R$ 1,3 mil e R$ 1,7 mil por mês. Como moro sozinha e não tenho filhos, é o suficiente”, diz ela, que complementa a renda vendendo cosméticos de porta em porta.

O sócio do bar, Aylton Tristão, conta que ficou inseguro de fazer contratações pelo regime intermitente, mas buscou assessoria jurídica e viu que seria boa opção para seu negócio. “Nosso movimento é maior de quinta-feira a sábado e não faz sentido manter uma equipe grande nos outros dias. Ao mesmo tempo, não queria ter funcionários sem registro. Foi uma forma de regularizar.” Além de Denivea, ele tem mais um funcionário intermitente numa equipe de 12 pessoas e pretende abrir novas vagas nesse sistema.

O advogado trabalhista Julio Conrado, do escritório FNC Fritz, Nunes e Conrado, diz que a vantagem desse tipo de contrato é a equiparação de direitos com funcionários com jornada diária. Para ele, o número de vagas nessa modalidade só não é maior porque a economia ainda está estagnada.

 

Laselva RH na Record TV

Laselva RH na Record TV

Hoje, dia 09 de novembro de 2018 a diretora da Laselva RH irá falar sobre Recrutamento e Seleção e como as empresas podem contratar com segurança.

O Grande Perigo do Cliente que não Reclama

O Grande Perigo do Cliente que não Reclama

Nós entendemos o quanto um cliente que reclama está nos dando chance, e o risco de quando silenciosamente um cliente insatisfeito não perde tempo e vai embora. Ouçamos com atenção enquanto ainda reclamam. O perigo e o prejuízo está no silêncio.

Estudos feitos por especialistas em relacionamento com clientes mostram que em média uma empresa perde 30% de seus clientes a cada ano, pelos mais variados motivos. Mas raramente os clientes frustrados fazem reclamações, a não ser quando eles já atingiram o auge da irritação.

A forma de expressar o seu descontentamento ou desilusão é um afastamento silencioso, que raramente é notado pela empresa. Quando a empresa se der conta da fuga de clientes já será tarde demais, e não terá outra saída senão pagar um preço alto para reconquistar a confiança perdida, normalmente entre oito e dez vezes o custo médio da fidelização de clientes.

As estatísticas apontam para 4% das pessoas que reclamam e 96% que não reclamam. Estes mudam para outras empresas.

A fuga silenciosa de clientes acontece porque reclamar dá trabalho e, além do mais, gera normalmente situações desconfortáveis tanto para quem faz como para quem recebe a queixa.

As empresas deveriam ficar felizes quando um cliente reclama porque assim é possível descobrir o que está errado antes que a fuga de clientes cause prejuízos maiores.

Isso implica, no entanto, uma mudança de atitudes e de sistema, como por exemplo, a criação de instrumentos que facilitem o recebimento de críticas e sugestões, e principalmente instruir funcionários a não encarar uma reclamação como uma ofensa pessoal. É aí que entra a necessidade de treinamento e educação, fatores que farão à diferença no sucesso do negócio.

O primeiro passo para chegar a qualquer lugar é decidir que não vai permanecer onde está e entender que na vida você não irá ficar parado nunca, ou vai melhorar ou piorar. A decisão é sua.

O segredo de sucesso para um negócio é fazer algo que os outros não fazem e também não ficar dormindo para o que acontece no dia-a-dia do mercado e da concorrência. Entender que não existe mercado parado existe gente parada. Quem quer fazer sucesso tem que usar suas idéias com um plano de ação e se colocar em movimento. O sucesso não cai de pára-quedas no quintal de ninguém.

Mesmo com uma forte equipe de vendas, os líderes das empresas continuam sendo os melhores vendedores. Crie a prática de visitar os seus clientes e fornecedores, saia da cadeira com mais freqüência, é lá no mercado que as coisas acontecem e ninguém filtra nada para você e com isso você também amplia sua rede de relacionamentos e por conseqüência, mais negócios.

O que as empresas buscam no profissional do futuro?

O que as empresas buscam no profissional do futuro?

Quem está se preparando para o mercado de trabalho deve ficar de olho nas oportunidades

As transformações tecnológicas evoluem a todo instante e, nesse cenário, os empregos constituídos por tarefas fáceis de automação entram em declínio. Com o aumento de vagas de emprego que exigem maior habilidade cognitiva, o desafio dos estudantes é acompanhar o processo de aperfeiçoamento, estar atento às mudanças que o mercado exige e aplicar na capacitação.

Desenvolvimento de aplicativo, gestores de projetos, coordenadores de redes sociais e analistas de dados são algumas apostas feitas por especialistas para o mercado de 2020. Acompanhando a era da transformação digital, estão listadas, também, a robótica, inteligência artificial e big data, que prometem ser destaque no cenário tecnológico.

O diploma acadêmico é um passo importante para garantir uma boa qualificação no mercado de trabalho, mas os profissionais terão de mostrar diferenciais competitivos e grande capacidade de desenvolver-se junto à empresa. “O interesse dos jovens em buscar uma oportunidade e recolocação no mercado já mostra um grande diferencial e um ponto positivo para conquistar uma vaga no mercado”, comenta o CEO da TOTVS Curitiba, Márcio Viana.

Esta semana, a empresa participou da Feira de Negócios, Empregos e Estágios da ESIC Business & Marketing School, que, além de ofertar oportunidades e recolocação no mercado de trabalho, permitiu networking e palestras sobre temas relacionados à carreira. “Muitos jovens que iniciaram a vida profissional na TOTVS atualmente ocupam posições estratégicas. Por isso participamos desses eventos: para selecionar novos talentos, criar um banco de dados e oferecer uma grande oportunidade”, conta Viana.

As mudanças tecnológicas exigem ligações mais fortes e contínuas entre educação e emprego, o que significa que a evolução tecnológica acontece de forma tão acelerada que os profissionais tendem a seguir essa transformação e atualizar-se durante a carreira, para que seus conhecimentos não fiquem obsoletos.

Oportunidade de crescimento profissional em um mundo em transformação

Oportunidade de crescimento profissional em um mundo em transformação

É preciso chamar sua atenção para a oportunidade de crescimento de uma pessoa temporariamente desempregada

Em muitos setores e países, as ocupações ou especialidades mais procuradas não existiam há cinco ou dez anos e o ritmo da mudança deve acelerar. A previsão é que 65% das crianças que entram na escola primária hoje irão trabalhar em cargos que ainda não existem, revela relatório do Fórum Econômico Mundial 2018. O fim do trabalho para toda a vida, a evolução da Internet e das mídias sociais significam que hoje a escolha dos caminhos profissionais está em nossas mãos.

Diante desse quadro, é preciso chamar sua atenção para a oportunidade de crescimento de uma pessoa temporariamente desempregada. Você deve estar se perguntando: “mas é possível”? Vou mostrar que sim!

No início, o desespero promove uma espécie de bloqueio da nossa capacidade de mudança e inibe a ampliação da nossa percepção. O exercício é sair da condição de vítima e assumir a posição de líder da própria história. O que você vai escolher: esperar o mercado se recuperar ou se mostrar um profissional estratégico para as empresas?

Não existe solução pronta. Mas existe um recurso rico que poderá ser utilizado em muitas situações: seus sentimentos. Se você souber utilizá-los, certamente irá se surpreender. Eles auxiliam a ampliar a percepção, enxergar novas possibilidades, além de fortalecer competências para enfrentar desafios pessoais e profissionais.

Gostaria de fazer um convite: cultive a esperança. Costumamos dar um significado paralisante e estagnado para esse sentimento, mas quero que você conheça a concepção defendida pela pesquisadora C. R. Snyder, da Universidade de Kansas, nos Estados Unidos. Para ela, a esperança é uma forma de pensar ou um processo cognitivo muito útil para nos colocar em ação e se manifesta em três circunstâncias.

A primeira é quando possuímos a habilidade de estabelecer objetivos realistas (sabemos onde queremos chegar). A segunda é no momento em que somos capazes de planejar como atingir esses objetivos, o que inclui a capacidade de sermos flexíveis e desenvolvermos rotas alternativas (sabemos como chegar lá, somos persistente, podemos nos decepcionar e tentar novamente). E a terceiro e última é quando acreditamos em nós mesmos (podemos fazer isso!).

Como você pode perceber, a esperança é uma combinação da capacidade de estabelecer objetivos com a tenacidade e a perseverança de trabalhar as nossas habilidades para alcançá-los. E mais, com a esperança se aprende permanentemente. Snyder sugere que podemos aprender a pensar de modo esperançoso sobre os nossos objetivos, sejam eles quais forem.

Então, se você está passando por um momento difícil profissionalmente, amplie sua percepção para explorar as oportunidades disponíveis, aguce os seus sentidos e sentimentos, substitua o desespero pelo cultivo diário da esperança e vá em frente!

6 formas de parecer mais seguro durante uma apresentação

6 formas de parecer mais seguro durante uma apresentação

Alguns anos atrás, eu e meus colegas fomos convidados para tentar prever os resultados de uma competição de startups em Viena, na qual 2.500 empreendedores de tecnologia estavam competindo para ganhar milhares de euros em recursos. Observamos cada apresentação, mas em vez de prestar atenção nas ideias que os empresários lançavam, nos concentrávamos na linguagem corporal e nas microexpressões dos juízes à medida que as escutavam.

Demos nosso palpite de quem ganharia antes que os vencedores fossem anunciados e, assim que nós e o público ficamos sabendo dos resultados, descobrimos: havíamos acertado em cheio e estragado a surpresa.

Dois anos depois fomos convidados para o mesmo evento, mas, dessa vez, em vez de analisar os juízes, observamos os concorrentes. Nossa tarefa não consistia em adivinhar os vencedores, mas em averiguar como a comunicação não verbal dos apresentadores contribuiu para o sucesso ou fracasso dos participantes.

Avaliamos cada empreendedor em uma escala de 0 a 15. As pessoas marcavam pontos para cada sinal de linguagem corporal segura, como por exemplo, sorrir, manter contato com os olhos e gesticular de forma persuasiva. E perdiam pontos para cada sinal negativo, como movimentos inquietos de mãos e desvios de olhar. Descobrimos que os concorrentes classificados pelos juízes da competição entre os oito melhores pitches, fizeram uma média de 8,3 na escala de 15 pontos, enquanto os que não foram classificados nesse grupo tinham uma pontuação média de 5,5. A linguagem corporal positiva estava muito ligada aos resultados mais bem-sucedidos.

Encontramos semelhanças correlacionadas na esfera política. Durante a eleição presidencial nos EUA, em 2012, foi realizada uma pesquisa online em que os 1.000 participantes — Democratas e Republicanos — assistiram a vídeos de dois minutos com Barack Obama e Mitt Romney proferindo discursos durante a campanha, usando linguagem neutra e emotiva. As câmeras gravaram as expressões faciais dos espectadores, e nossa equipe as analisou tendo em vista seis características-chave de expressão das emoções, identificadas por meio de pesquisas na área da psicologia: felicidade, surpresa, medo, nojo, raiva e tristeza. Nós as codificamos pelo teor da emoção (positiva ou negativa) e pela intensidade dessa emoção na expressão de ambos. A pesquisa revelou que Obama despertou reações emocionais mais fortes e menos negativas. Mesmo um número considerável de republicanos — 16% — reagiu de forma negativa a Romney. E quando analisamos a linguagem corporal dos candidatos, descobrimos que o presidente se assemelhava aos vencedores da nossa competição. Ele demonstrou, principalmente, ser mais sincero, mais positivo e mais seguro, de acordo com seu discurso. Em contrapartida, Romney emitiu, por muitas vezes, sinais negativos, depreciando sua mensagem com movimentos e expressões faciais contraditórias e distraídas.

É lógico que a eleição não dependia da linguagem corporal nem dos resultados da competição de startups. Mas os tipos corretos de comunicação não verbal estavam ligados ao sucesso.

Como você pode transmitir os mesmos sinais — e esperar ter o mesmo êxito? No Centro de Estudos de Linguagem Corporal, estudamos líderes de sucesso em vários ramos e identificamos várias posições que são indicadoras de uma linguagem efetiva e persuasiva.

A caixa
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No início da carreira política de Bill Clinton, ele marcava seus discursos com gestos grandes e amplos que o faziam parecer não confiável. Para ajudá-lo a dominar a linguagem corporal, seus assessores ensinaram-no a imaginar uma caixa na frente do peito e da barriga e conter os movimentos das mãos dentro dela. A partir daquela sugestão, “a caixa de Clinton” tornou-se um termo popular no ramo.

Segurando a bola
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Gesticular como se estivesse segurando uma bola de basquete entre as mãos é um indicador de confiança e de controle, como se você, quase de forma literal, segurasse os fatos com as pontas dos dedos. Steve Jobs, com muita frequência, usou essa posição em seus discursos.

Mãos juntas em forma de pirâmide
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Quando as pessoas estão nervosas, suas mãos geralmente ficam inquietas e agitadas. Quando têm autoconfiança, as mãos estão relaxadas. Uma maneira de conseguir isso é juntar as mãos em forma de pirâmide. Muitos executivos do ramo de business usam esse gesto, mas é preciso tomar cuidado com sua prática exagerada ou com a combinação às expressões faciais autoritárias ou arrogantes. A ideia é mostrar que você está tranquilo, e que não se considera melhor que outros.

Postura reta
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A forma como a pessoa fica de pé é um forte indicador de seu caráter. Quando você permanece nessa posição firme e sólida, com os pés separados pela largura de um ombro, isso indica que você se encontra no controle da situação.

Palmas para cima
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Esse gesto indica abertura e honestidade. Oprah faz um largo uso desse recurso durante seus discursos. Ela é uma figura poderosa e influente, mas também parece disposta a se unir, de forma sincera, às pessoas com quem está falando, seja uma pessoa ou uma multidão.

Palmas para baixo
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O movimento oposto também pode ser visto de forma positiva — como um sinal de força, autoridade e assertividade. Barack Obama costumava usá-lo para acalmar uma multidão logo após um discurso inflamado.

Na próxima vez que você fizer uma apresentação, tente gravá-la, depois reveja o vídeo sem som, observando apenas sua linguagem corporal. Quais foram sua postura e seus gestos? Você usou alguma das posições acima? Caso contrário, pense em como você pode fazê-lo na próxima vez que você estiver na frente de um público, ou até mesmo do seu chefe ou um cliente importante. Treine na frente de um espelho, depois com os amigos, até parecerem algo natural.

A comunicação não verbal não vai necessariamente transformá-lo em um líder ou destruí-lo como líder, mas poderá ajudá-lo a alcançar resultados bem melhores.