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Síndrome do impostor? 7 sinais de que você pode estar se boicotando

Síndrome do impostor? 7 sinais de que você pode estar se boicotando

Você não reconhece suas próprias conquistas? Foca sempre no que está faltando e não no que já tem?

Muita gente age, fala, pensa e não faz a menor ideia de que realiza todos os dias, várias vezes, um julgamento, no qual faz a função de réu e juiz. A acusação: prática de impostura. Veredicto: impostor. Para estas pessoas, suas realizações, conquistas e feitos não são, necessariamente, tão dignas de respeito assim. Algumas se sentem indignas de serem bem-sucedidas, em qualquer coisa que seja.

“Na psicologia esse comportamento, às vezes, aparece como Síndrome do Impostor, devido a um estudo realizado em 78 pelas americanas Pauline Clance e Suzanne Imes. No entanto, posteriormente as próprias pesquisadoras o denominaram como uma experiência de impostor, visto que a maioria das pessoas passa por isso, em maior ou menor grau”, conta Liamar Fernandes, psicóloga com especialização em psicodrama e master coach da SBCoaching, com 43 anos de experiência em desenvolvimento humano.

As exigências, por performance e resultados, são cada vez maiores e não só na esfera corporativa. Este é um dos fatores de origem deste comportamento, segundo a master coach Fernanda Chaud. “A maioria das pessoas que se dedica muito para carreira e para ter uma vida considerada bem-sucedida, não valoriza suas conquistas diárias. Elas passam a enxergar tudo como normal. Querem sempre mais e tornam-se insaciáveis pelo crescimento e reconhecimento externo”.

“Nada é suficiente e a comparação com todos ao redor é um comportamento recorrente. O impostor acredita que seu valor está intimamente ligado à sua imagem e não ao que ele é. Ou seja, para ele, cargo, fama e posses são o que o tornam um alguém de verdade”, diz Liamar. “São pessoas que abrem mão do autoconhecimento e passam a utilizar máscaras para serem aceitos, podendo, inclusive, se perder de quem são. Desta forma, tornam-se muito vulneráveis ao julgamento do outro, porque eles se julgam muito”, finaliza Chaud.

Para Liamar Fernandes uma forma eficaz de combater a experiência de impostor, é pensar sobre a forma como você emprega sua energia para realizar. Identificar o processo inteiro, desde a hora que decide fazer algo até o momento que o conclui. “É importante valorizar pequenas conquistas, ou melhor, perceber estas conquistas. Compartilhar isso com o seu círculo social, interagir com as conquistas de pessoas deste círculo sem comparação. Simplesmente, celebrá-las. Ser grato pelo que você e os que você quer bem conquistam”.

7 sinais de que você pode estar se boicotando

1. Não reconhece suas próprias conquistas;

3. Não busca agradar-se ou comprar algo para si mesmo, por achar que não é merecedor;

4. Possui um altíssimo nível de comparação e senso de inferioridade;

5. Foca sempre no que está faltando e não no que já tem;

6. Não confia nas pessoas e, por isso, não constrói relacionamentos mais aprofundados por medo de descobrirem suas falhas e imperfeições;

7. Tem necessidade excessiva de controle e a falta dele gera sentimento de impotência.

Novas tecnologias criarão saldo de 58 milhões de empregos até 2022

Novas tecnologias criarão saldo de 58 milhões de empregos até 2022

A revista Valor Econômico publicou recentemente matéria sobre novos campos de trabalho e como as novas tecnologias afetam a criação de empregos.

Veja na integra: https://www.valor.com.br/internacional/5853939/novas-tecnologias-criarao-saldo-de-58-milhoes-de-empregos-ate-2022

Conheça as regras para o intervalo do almoço e do cafezinho nas empresas

Conheça as regras para o intervalo do almoço e do cafezinho nas empresas

Conheça seus direitos quando o assunto é intervalo durante o trabalho

Seja para tomar um café ou fazer uma refeição, ou ainda aproveitar para passar no banco, o intervalo durante a jornada é um direito de todos os trabalhadores com carteira assinada, regidos pela CLT (Consolidação das Leis de Trabalho). Esse intervalo é mais conhecido como o horário do almoço, mas ele pode ser usado para qualquer fim. “O gestor da pessoa precisa cuidar para que ela pare de trabalhar durante aquele tempo. Mas o que o funcionário vai fazer durante esse período é problema dele”, explica Silvio Senne, consultor IOB da Sage Brasil.

O objetivo principal do intervalo é evitar o desgaste físico e emocional do funcionário durante a jornada de trabalho. O intervalo não é computado nas horas trabalhadas, por isso não é pago. Se, entretanto, a empresa obrigar o funcionário a trabalhar sem essa parada, ela fica sujeita a multa de 50% sobre o tempo de descanso que a pessoa deixou de ter –- aí, sim, considerado um valor extra recebido pelo trabalhador.

Existem dois tipos de intervalos aos quais todo funcionário tem direito: o intrajornada (dentro do período de trabalho) e o interjornada (entre duas jornadas).

Intervalo intrajornada

A duração do intervalo intrajornada depende do contrato de trabalho firmado com a empresa. Qualquer funcionário – seja efetivo ou temporário – que trabalhe mais de 6 horas diárias tem direito a uma ou duas horas de intervalo. Nesse caso, a decisão de quanto tempo durará o intervalo é da empresa. Porém, com as mudanças impostas pela reforma trabalhista, o tempo mínimo desse intervalo poderá ser reduzido para até 30 minutos.

Para que haja essa redução, no entanto, é necessário que ela esteja autorizada em acordo coletivo (acordo feito diretamente entre o sindicato e a empresa) ou convenção coletiva (entre o sindicato dos empregados e o sindicato patronal que representa as empresas). Segundo as novas regras, profissionais com nível superior e que recebam um salário igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social (R$ 11.062,62 em 2017) poderão negociar a diminuição do horário do almoço sem o intermédio do sindicato.

São as empresas que definem quando o horário do almoço será tirado. “Existem companhias, principalmente as que trabalham com atendimento ao público, que fixam os horários para que o trabalho não seja interrompido e sempre tenha alguém em atividade. Ela pode criar turnos, um grupo sai um horário e outro sai mais tarde”, explica Silvio Senne.

Caso haja refeitório no local, a empresa pode determinar um período para que o funcionário tenha seu descanso, de acordo com o horário de funcionamento do estabelecimento. Digamos que a empresa decida que o horário do almoço será às 13h; nesse caso, o funcionário precisa fazer o intervalo nesse momento. O empregado só tem a opção de escolher o horário, se a empresa deixar por conta dele.

Caso a jornada tenha entre 4 horas e 6 horas diárias, o intervalo deve ser de 15 minutos. Para jornadas de trabalho abaixo de 4 horas, o funcionário não tem direito ao intervalo.

É importante esclarecer que o intervalo não pode ser dividido. Se o funcionário tem um intervalo de 2 horas para seu descanso, ele deve completar esse período de forma contínua: não pode parar durante uma hora, voltar a trabalhar e depois fazer mais uma hora.

“Se existisse essa possibilidade, o intervalo poderia ser fracionado de uma forma que não haveria a possibilidade de realmente descansar. Se a empresa fizer isso, ela corre o risco de que esse intervalo seja descaracterizado e fica sujeita a pagar a multa, como se fosse uma hora extraordinária”, diz o consultor IOB da Sage Brasil.

Intervalos interjornadas

A CLT também determina que deve haver um período mínimo de 11 horas entre o final de uma jornada e começo de outra – chamado de intervalo interjornadas. Por exemplo, se funcionário sai do trabalho às 20h, ele só pode começar a próxima jornada a partir das 7h do dia seguinte.

Silvio Senne explica que se esse prazo não for cumprido, a empresa pode sofrer uma multa de no mínimo 50% – a mesma regra dos intervalos para refeição e descanso.

Jornadas noturnas

Ainda que o cálculo de pagamento das jornadas noturnas – período compreendido entre 22h e 5h – seja feito de maneira diferente, a regra para o descanso é a mesma de quem cumpre a jornada diurna. Se a jornada for superior a 6 horas, o trabalhador tem direito a 1 ou 2 horas de descanso, conforme o contrato de trabalho.

Horas extras

Por lei, os trabalhadores só podem estender sua jornada em até 2 horas, ou seja, trabalhar duas horas a mais por dia. Isso não altera a duração do intervalo. Ainda que ele tenha trabalhado mais naquele dia, continua tendo direito ao mesmo período de descanso.

Regras para mulheres

Com as novas regras trabalhistas, as mulheres deixam de ter o direito a 15 minutos de descanso entre o final de sua jornada e o início do trabalho extraordinário (as tais horas extras) e ficam em condições iguais aos homens.

“Essa regra era bem antiga”, afirma Silvio Senne. “Achava-se que essa regra cairia depois da Constituição de 1988, que igualou os direitos de homens e mulheres, mas o Ministério do Trabalho não se manifestou”, conta o consultor. Ela foi finalmente derrubada pela reforma trabalhista.

A mudança de legislação, no entanto, não mexeu no direito das mulheres em período de amamentação. Durante os primeiros 6 meses de vida da criança, ela terá direito durante a jornada de trabalho a dois descansos de meia hora cada um.

Categorias especiais

Algumas categorias contam com diferenciação em relação aos intervalos. Os funcionários de serviços de telefonia, telegrafia submarina e fluvial, radiotelegrafia e radiotelefonia têm direito a um intervalo de 20 minutos para cada período de três horas de trabalho.

Para os funcionários de call center, a lei estabelece que só podem trabalhar efetivamente 6 horas diárias, mesmo que tenham sido contratados para uma jornada de 8h. Os intervalos devem ser feitos duas vezes ao dia, com 10 minutos cada, sendo um após os primeiros 60 minutos de trabalho e o segundo antes dos últimos 60 minutos de trabalho.

“A CLT concede o intervalo de 15 minutos para repouso e/ou alimentação aos trabalhadores com jornada de 6 horas, o qual não integra a jornada e consequentemente não são remunerados. Contudo, para os operadores de teleatendimento, esse intervalo passa a ser de 20 minutos”, explica Silvio Senne, consultor IOB da Sage Brasil.

Os trabalhadores de minas de subsolo contam com uma pausa de 15 minutos para repouso a cada três horas consecutivas trabalhadas. Essa pausa conta para efeito de pagamento de salário.

Como os CEOs sem diploma universitário chegaram ao topo

Como os CEOs sem diploma universitário chegaram ao topo

Como a liderança humilde realmente funciona

Cada vez mais, os empregadores apostam em credenciais acadêmicas. Quase um terço dos empregos que antes exigia apenas um diploma de ensino médio, agora exige um diploma universitário de quatro anos, enquanto um em cada quatro empregos que exigia um diploma de bacharel, agora exige um de mestrado. Ao mesmo tempo, 75% dos americanos acreditam que o ensino superior é muito caro e inacessível.

Frequentemente, os empregadores supervalorizam o pedigree porque querem se proteger — mas ainda há muitos erros de contratação. Enquanto isso, um grande número de superstars em potencial está sendo negligenciado.

Por mais de 20 anos temos ajudado conselhos e CEOs a evitar erros dolorosos quando selecionam e preparam CEOs e líderes do C-level. Ao longo desse trabalho, levantamos um conjunto de dados de mais de 17 mil avaliações executivas desse nível e nosso CEO Genome Project estudou 2.600 deles em profundidade, para analisar quem chega ao topo e como. Vimos em primeira mão que um diploma de alto nível não garante que alguém seja bom no cargo, mas, mesmo assim, ficamos surpresos ao descobrir que 8% dos CEOs da nossa amostra não concluíram a faculdade.

Chegar ao topo nunca é fácil, mas é especialmente difícil quando você não tem as marcas de prestígio que podem impressionar os potenciais empregadores. Então, como os 8% de nossa amostra de CEOs chegaram ao topo sem um diploma universitário? Os CEOs que superaram as probabilidades fizeram-se parecer como uma aposta segura, destacando-se de três maneiras.

Prove que você está por dentro: na ausência da credibilidade conferida pelas credenciais acadêmicas, você pode estabelecer sua boa-fé adquirindo um conhecimento profundo e específico do setor e da empresa. Dos CEOs sem diplomas universitários, 89% “cresceram” no mesmo setor em que se tornaram CEO e passaram 40% mais tempo nele, comparado a seus pares com diploma universitário. Os empregadores muitas vezes se sentem mais seguros contratando pessoas de dentro do setor e da empresa. O profundo conhecimento e os relacionamentos desses CEOs deram a eles uma plataforma de sucesso que mais do que compensou a falta de educação formal.

Os CEOs sem diploma também ficaram, em média, 25% mais tempo nos cargos e ocuparam 13% menos cargos que seus pares CEOs. Normalmente, eles demoraram 15% a mais para se tornarem CEO.

Em 1970, Bob iniciou a carreira como decifrador de códigos durante a Guerra do Vietnã. Em seu primeiro emprego fora do exército, trabalhou para uma empresa de alarmes. Ocupando vários cargos em duas empresas e trabalhando com quatro CEOs diferentes, Bob conquistou confiança e credibilidade suficientes para eliminar qualquer preocupação com suas credenciais. Sua maior conquista foi levantar e vender uma empresa de segurança que tinha apenas alguns milhares de dólares no banco, e que havia sido registrada como um investimento pelos donos quando ele assumiu o controle. A empresa foi vendida por quase US$ 50 milhões. Seu conhecimento profundo do setor o ajudou a liderar a empresa ao longo de uma transformação de nove anos, na qual consolidou operações, adquiriu 24 empresas e reduziu a inadimplência em 88%, dobrando a receita.

Se você não tem um histórico forte em uma única empresa ou setor, provavelmente terá mais sorte em empresas menores do que grandes. Descobrimos que as pequenas empresas estão abertas a uma gama muito mais ampla de históricos e pedigrees educacionais, em parte porque o banco de talentos disponíveis é geralmente mais rarefeito. Finalmente, há sempre a opção de iniciar sua própria empresa. Os CEOs que não têm diploma universitário têm duas vezes mais probabilidade de serem fundadores de empresas do que os CEOs.

Tenha resultados acima do normal. Os CEOs que chegam ao topo sem diploma universitário deixam seus resultados descomunais falarem por si mesmos. Como compartilhamos em “What sets successful CEOs apart” (“O que diferencia os CEOs de sucesso”, em tradução livre), a confiabilidade é um dos quatro comportamentos do Genoma do CEO que diferencia os CEOs de sucesso — e o único que também duplica suas chances de ser contratado para o cargo.

“Mark”, um dos CEOs que estudamos, estava acostumado a ser subestimado e prosperou superando as expectativas das pessoas. Quando começou a carreira de motorista de caminhão, um concorrente percebeu que entregava três caminhões por dia, em vez da carga diária esperada. “Isso era inédito”, disse Mark. “Então, ele me pediu para ir trabalhar para ele.” Em seu primeiro trabalho de vendas, apresentou de novo os mesmos resultados descomunais. Embora esperava-se de seus colegas que aumentassem as vendas de suas divisões em 5% a 10%, seu chefe o desafiou a aumentar sua divisão em 30% e prometeu que qualquer coisa acima de 10% seria devolvida como bônus. Destemido, Mark aumentou sua divisão em 60% e expandiu o alcance da empresa de uma única cidade para 13 estados. Com foco de laser nos resultados, Mark passou de motorista de caminhão para CEO de uma empresa de US$ 50 milhões em menos de duas décadas.

O sucesso de Mark derivou do fato de que ele entregava resultados — e era notado por isso. A maioria (56%) dos CEOs sem diplomas universitários em nossa pesquisa ascendeu por meio de vendas e marketing. Os números falam mais alto do que as credenciais, e é mais fácil ser notado em cargos que geram resultados de alto nível mensuráveis para a empresa.

Curiosamente, os CEOs sem diplomas universitários tinham quase o dobro do índice de experiência militar do que o conjunto geral de CEOs que analisamos. Na falta de um diploma universitário, a experiência militar pode oferecer oportunidades para aprender habilidades importantes e demonstrar a capacidade de obter resultados em experiências iniciais de liderança.

Seja um ímã de talento. Os CEOs sem diplomas que analisamos eram mais propensos do que seus colegas a se cercar proativamente de grandes talentos e se apoiar na equipe para contribuir com expertise. Eles eram humildes e mais abertos a solicitar contribuições de todos os tipos de pessoas, independentemente de status ou posição.

Conhecemos Brian quando ele se tornou CEO de uma empresa de recrutamento de US$ 350 milhões. Sua receita para o sucesso? Apoiar-se nas pessoas com forte desempenho e buscar grandes ideias — em todos os níveis da empresa. Logo depois que ele contratou uma nova assistente administrativa, ela sugeriu uma ideia que resultou no maior contrato da história do setor. No início de sua carreira em uma outra empresa, Brian começou a pedir a seus clientes para citar as pessoas mais talentosas que conheciam no setor. Embora um cliente tenha citado alguém que era bem mais antigo e fazia muito mais dinheiro do que Brian, ele convenceu essa pessoa a se juntar à sua equipe. “Até hoje, ele administra uma de suas filiais mais lucrativas.”

Esse tipo de foco na construção de uma equipe forte vai longe. Por outro lado, ficamos intrigados ao descobrir que os CEOs que viam a “independência” como seu traço de caráter fundamental tinham chance duas vezes maior de apresentar desempenho abaixo dos outros CEOs.

Cada um de nós enfrenta obstáculos formidáveis no caminho para o topo. Embora os CEOs que estudamos superem o obstáculo adicional de não ter feito faculdade, acreditamos que suas carreiras podem fornecer lições a outros líderes, independentemente de seu nível de instrução. Todos nós faremos um melhor trabalho se aprendermos profundamente sobre o nosso negócio, nos concentrarmos na entrega de resultados e aprendermos a nos apoiar nos outros.

Como as mulheres podem desenvolver e promover sua marca pessoal

Como as mulheres podem desenvolver e promover sua marca pessoal

Todos sabem o valor de uma marca pessoal forte, já que uma boa reputação pode colocar a pessoa no radar de oportunidades de carreira emocionantes.

Quando seus verdadeiros talentos são conhecidos, é muito mais provável que você seja aproveitado em tarefas relevantes e interessantes – e isso ajuda você a se destacar em um campo repleto de concorrentes. Pesquisas de Sylvia Ann Hewlett no Center for Talent Innovation mostram que cultivar sua marca pessoal é uma das melhores maneiras de atrair um “padrinho” profissional – e profissionais com padrinhos têm chance 23% maior de serem promovidos. Sua marca também é uma proteção poderosa contra a adversidade profissional. Se houver demissões ou cortes em sua empresa, é muito mais provável que você seja contratado rapidamente por outra empresa se for reconhecido em sua área.

Mas a marca pessoal coloca alguns desafios únicos para profissionais do sexo feminino. As pesquisas mostram repetidamente que as mulheres estão sujeitas a um fenômeno conhecido como “enigma da simpatia”. As normas de gênero presumem que as mulheres devem ser agradáveis, afetuosas e cuidadosas, e, quando violam essas normas – por exemplo, quando tomam uma decisão dura, são incisivas, ou fazem auto promoção –, são muitas vezes penalizadas por esse comportamento de uma maneira que os homens não seriam. Não é difícil lembrar de exemplos de mulheres que foram criticadas publicamente por serem “muito agressivas”, rotuladas como “frias” ou mesmo com termos ofensivos.

Então, como uma mulher pode lidar com esse problema e desenvolver uma marca pessoal robusta? Seguem três estratégias que podem ajudar a garantir que seus talentos sejam reconhecidos.

Faça networking dentro e fora da empresa. Muitos profissionais exageram no “capital de ligação” – para usar um termo popularizado pelo sociólogo Robert Putnam, de Harvard – e investem pouco no “capital ponte”. Em outras palavras, eles têm muitas conexões parecidas com eles (trabalham na mesma empresa ou no mesmo setor) e muito poucas que sejam diferentes.

Quando apenas um grupo seleto sabe de seus talentos e habilidades, você se coloca em risco. Menos pessoas podem falar sobre suas contribuições ou oferecer apoio, seja para ajudar a obter recursos adicionais para um projeto importante ou para mudar para uma nova função. E se o seu departamento for reorganizado ou se ocorrerem demissões, as pessoas que conhecem seus talentos não poderão ajudar.

Em vez disso, cultive uma ampla rede de contatos. Assim, se sua situação mudar ou você precisar de uma segunda opção, você tem a quem recorrer. Por exemplo, você pode fazer contatos profissionais com pessoas que você conhece em atividades de lazer, relacionamentos de proximidade (por exemplo, vizinhos ou pais na escola de seus filhos) ou amigos de amigos.

Controle sua narrativa. Muitas vezes, assumimos que, se trabalharmos duro, com o tempo, as pessoas perceberão isso, ou que, se fizermos uma transição, as pessoas entenderão isso intuitivamente. Mas, as pessoas estão tão sobrecarregadas hoje em dia que, infelizmente, isso quase nunca acontece. Elas não prestam atenção suficiente em nós ou em nossa trajetória profissional para formular uma narrativa coerente a nosso respeito. Pior ainda, elas podem fazer suposições imprecisas – digamos, que suas habilidades devem estar totalmente desatualizadas, já que você saiu de férias depois de ter um filho, ou que você mudou para cargos funcionais porque estava entediado ou não aguentava mais – o que poderia acarretar a perder de oportunidades de crescimento.

Ajude os outros a conhecer sua verdadeira trajetória desenvolvendo um argumento claro e conciso que explique como suas habilidades anteriores se conectam e agregam valor ao que você faz agora. Torne essa conexão explícita, em vez de esperar que os outros descubram por conta própria.

Para começar, coloque as ideias no papel. De um lado, anote seu cargo ou experiência anterior. Do outro lado, anote o trabalho que você ocupa atualmente. Em seguida, encontre o tecido conjuntivo que os conecta.

Por exemplo, suponha que seu passado seja “diretor de RH” e seu presente “líder de vendas regional”. Alguém de fora pode não ter ideia da relação entre esses dois cargos e assumir que sua trajetória de carreira é um pouco aleatória. Mas, em sua experiência no RH, você aprendeu como ouvir de forma empática, entender o que motiva as pessoas e desenvolver soluções vantajosas para todos, que são ingredientes perfeitos para o sucesso em vendas. Quando você compartilha isso com os outros, eles quase sempre o entenderão e reconhecerão as habilidades únicas que você traz para seu cargo e para a empresa.

Um argumento claro e conciso não é útil apenas para momentos em que você procura emprego. Há muitas ocasiões para moldar a forma como você é percebido pelos outros, mas a maioria das pessoas perdem essas oportunidades. Por exemplo, novos conhecidos geralmente perguntam quanto tempo você ficou em seu trabalho ou como você chegou à sua área atual. Ter uma resposta sucinta pronta significa que você pode transformar a pergunta em uma oportunidade de, sutilmente, destacar suas habilidades: “Comecei em RH e trabalhei para ser diretor. Mas, fiquei fascinado com o processo de vendas e percebi que as habilidades de escuta e a capacidade de se conectar com as pessoas que eu desenvolvi no RH me possibilitaram agregar valor real à empresa, então fiz a transição no ano passado e agora sou o chefe de vendas da região nordeste.” Você não definiu apenas o título de seus cargos, você forneceu um contexto que transmite uma marca pessoal forte.

Da mesma forma, nas avaliações de desempenho, você pode lembrar seu chefe de como você está aproveitando os pontos fortes que desenvolveu ao longo do tempo. Por exemplo, você pode atribuir o aumento de vendas verticais no ano ao trabalho de desenvolvimento das habilidades de escuta de sua equipe para que elas sintonizem melhor com as necessidades do cliente.

Compartilhe suas ideias publicamente. Ser discreto e deixar seu trabalho falar por si mesmo pode lhe proporcionar uma boa reputação entre as pessoas com quem você trabalha de perto. Mas, esse é um número relativamente limitado de pessoas. Indivíduos em outros departamentos ou líderes muitos níveis acima podem não estar cientes de suas contribuições. E qualquer alteração de pessoal pode perturbar o capital de reputação que você construiu arduamente. Seu novo chefe ou seus colegas, que não possuem experiência pessoal com você, talvez não tenham a menor ideia de sua qualidade.

Muitas mulheres podem se sentir desconfortáveis falando sobre suas realizações e fazendo autopromoção direta. Mas há outras maneiras de mostrar seus conhecimentos ao construir uma marca. A criação de conteúdo é uma boa maneira de compartilhar suas ideias e construir uma ampla reputação positiva. A mecânica específica difere de acordo com as políticas da empresa (o uso das mídias sociais pode ser limitado em certos setores regulados, por exemplo), mas em quase qualquer organização há maneiras de demonstrar seu conhecimento e ajudar os outros.

Por exemplo, você pode oferecer um almoço-aula sobre um tópico que você está pesquisando, escrever para o boletim informativo da empresa, oferecer conselhos ou responder a consultas na intranet corporativa. Muitos profissionais ignoram essas oportunidades, assumindo que são distrações do “trabalho real” ou afirmando, zombeteiramente, que ninguém presta atenção nelas. Mesmo que essas oportunidades não sejam populares entre seus colegas, quem está no topo quase sempre presta atenção, pois veem esses canais como veículos importantes para transferir conhecimento e compartilhar as melhores práticas. Um amigo da minha faculdade, por exemplo, quando trabalhava como funcionário de vendas em um grande varejista, entrou em uma troca de mensagens privadas com o CEO da empresa – e acabou ganhando uma viagem à sede – como resultado de uma de suas postagens na intranet corporativa.

A criação de conteúdo também pode abrir oportunidades completamente inesperadas, incluindo novos empregos. Miranda Aisling Hynes, cujo perfil está no meu livro “Stand Out” (Destaque-se, em tradução livre), publicou por conta própria um livro sobre criatividade que ela deu a um amigo que trabalhava em uma organização artística. Ele gostou e passou para o seu supervisor. Quando Hynes mais tarde se candidatou a um emprego na organização, sua vaga estava garantida porque o livro já havia estabelecido sua credibilidade.

O branding pessoal é um incômodo para muitos profissionais – ninguém quer parecer um auto-promotor inseguro. E com o enigma de simpatia, construir relações significativas e uma forte reputação no trabalho é ainda mais complicado para as mulheres.

Mas, sem controlar nossa própria narrativa e mostrar ao mundo nossa possível contribuição, a probabilidade de ser notado é muito pequena. Seguindo essas estratégias, você aumenta dramaticamente as chances de que seus verdadeiros talentos sejam conhecidos, reconhecidos e apreciados.
Ao começar em um novo emprego, preste atenção a estes cinco aspectos da cultura empresarial

Ao começar em um novo emprego, preste atenção a estes cinco aspectos da cultura empresarial

Cultura Empresarial

Ao entrar em uma empresa, você tem pouco tempo para se adaptar à sua cultura. É a antiga regra dos 90 dias. E conhecemos muitas pessoas talentosas que tropeçaram porque não possuíam bola de cristal para entender as regras culturais da nova empresa. Isso acontece porque a maioria das empresas não explica as regras culturais aos recém-chegados e os novos contratados estão tão concentrados no trabalho e no novo chefe que ignoram a influência profunda dessas regras. No entanto, compreendê-las desempenha um grande papel no seu sucesso inicial. Estar ciente não apenas do que seus colegas fazem, mas de como eles trabalham conta muito se você quiser ser eficaz e causar uma boa impressão.

Em nosso estudo, notamos cinco aspectos da cultura empresarial que requerem sua atenção. São estes os que têm o maior impacto na sua capacidade de ser bem-sucedido em um novo trabalho:

Relacionamentos

As empresas diferem na forma de cultivar relacionamentos, no valor que dão à colaboração e na quantidade de contato pessoal necessária para realizar o trabalho e tomar decisões importantes. Em algumas empresas, a única maneira de influenciar os outros é passar tempo com eles pessoalmente. Em outras, o e-mail, as mensagens de texto e a videoconferência são preferidos às reuniões presenciais. Ao entrar em uma nova empresa, pergunte aos colaboradores como você deve se relacionar com as pessoas. Por exemplo, você precisa passar tempo desenvolvendo um relacionamento com alguém antes de pedir sua ajuda ou contribuição para um projeto? Ou é possível fazer uma lista de pessoas para simplesmente enviar um e-mail pedindo ajuda ao precisar delas?

Observe onde e como seus colegas trabalham e tomam decisões. Passam muito tempo em reuniões ou costumam estar em suas mesas ou trabalhando em casa? As pessoas são amigáveis e estão dispostas a se encontrar com você? Ou elas parecem simpáticas, mas repetidamente cancelam reuniões? Você pode precisar de outras pessoas para ajudá-lo a fazer os contatos necessários.

Comunicações

Quando você inicia um novo emprego, observe como as pessoas costumam se comunicar. É por meio de canais formais, como reuniões sempre agendadas com antecedência e para as quais todos vêm bem preparados? Ou as pessoas se comunicam espontaneamente com pouca ou nenhuma documentação? (Talvez o seu gerente costume dar uma passada e dizer: “Você pode participar desta reunião agora?”.) Você deve começar perguntando ao seu chefe quais são as expectativas dele. Assistentes pessoais e seus colegas de equipe são outras boas fontes de informação.

A hierarquia geralmente determina quando e onde é aceitável se comunicar com os colegas com um cargo acima do seu. Por exemplo, em ambientes mais hierárquicos, você pode ter que informar de antemão ao seu chefe qualquer comunicação que você tenha que fazer a alguém em um cargo superior. Em organizações menos hierárquicas, as pessoas podem ser estimuladas a enviar e-mails a líderes de cargos mais elevados para conversar com eles. A melhor maneira de descobrir essas regras é perguntar aos outros. Seus colegas e subordinados diretos podem ser uma boa opção para informá-lo sobre como proceder com seu gerente e com outros em cargos mais elevados. Pergunte sobre iniciativas recentes bem-sucedidas e como os colegas influenciaram os líderes de cargos mais elevados em suas comunicações.

Também é válido observar como as informações costumam ser apresentadas. Por exemplo, as reuniões se dão por apresentações formais ou cada um pode compartilhar informalmente problemas, debater tópicos e participar de brainstorming em tempo real sem ser julgado? Algumas empresas e departamentos preferem apresentações de 50 páginas com uma infinidade de detalhes e análises, ao passo que outras preferem trabalhar a partir de uma simples programação enviada por e-mail com uma lista de tópicos em bullet points. Preste atenção a como a informação é geralmente preparada para as reuniões, até que ponto as questões são debatidas versus “ticadas” e com que cerimônia as pessoas se comportam diante de outras em posições de poder. Observe como os líderes em posições elevadas na sala respondem a plataformas formais e recomendações fortes, em vez de discussões informais. Qual estilo resulta efetivamente em uma decisão na reunião?

Tomada de decisão

A forma pela qual as empresas tomam decisões também varia significativamente. Algumas tomam decisões em tempo real em reuniões formais, enquanto outras tendem a concluir as decisões fora do escritório. Mesmo que reuniões formais sejam a norma, você pode dar-se conta de que as decisões reais acontecem na área do café, no corredor ou durante o almoço. Observe se as decisões tomadas nas reuniões são levadas a cabo. Se você vir pessoas concordando com algum conjunto de ações em uma reunião e perceber que coisas diferentes acontecem depois, isso sugere que há fortes mecanismos informais de tomada de decisão a serem desvendados. Por exemplo, a decisão de investir em um novo produto pode acabar nas mãos de duas pessoas essenciais, mesmo com uma equipe de liderança de alto escalão inteira analisando a decisão. É uma boa ideia se encontrar com esses dois líderes principais bem antes de qualquer reunião formal e convencê-los do seu ponto de vista. Ou talvez todos os presentes pareçam concordar em investir nesse produto, mas você perceba que vários indivíduos optaram por não expressar suas divergências em público por razões políticas. Você precisará voltar e influenciar cada um deles para garantir que eles não atrapalhem seu projeto.

Outro aspecto da tomada de decisão a ser compreendido é se a cultura de sua empresa tem um viés de ação ou um viés de análise e consenso. Em empresas onde o viés é de ação, tempo e capacidade de concentração costumam ser limitados e as decisões são tomadas rapidamente. Se for exigir uma iniciativa, precisa apresentar sua posição com clareza e fornecer aos principais interessados as informações necessárias para a tomada de decisão. Outras culturas empresariais preferem uma discussão mais prolongada de opções, modelos e estratégias. É necessário ter mais paciência, principalmente porque esse viés de consenso geralmente significa enviar mais materiais e análises de apoio e refazer a mesma apresentação várias vezes antes de chegar a uma decisão final. A pergunta que cabe aqui é: qual é o seu próprio viés de ação e como ele se encaixa em sua nova cultura?

Perspectivas individuais versus coletivas

Algumas empresas abordam o trabalho em grande parte como produto de indivíduos, enquanto outras acreditam que é o produto de uma orientação colaborativa. Se uma empresa é muito individualista em sua abordagem, geralmente apoiará uma “mentalidade de herói” que valoriza o indivíduo ambicioso. As recompensas geralmente se baseiam no indivíduo e a gestão do desempenho costuma ser baseada em avaliações individuais, em que a contribuição específica de todos é justificada para os colegas.

As empresas focadas no grupo fornecem algo mais próximo a uma rede de segurança na qual os riscos e recompensas são divididos, mas pode ser mais difícil destacar-se como indivíduo e diferenciar-se. Essas empresas costumam ser mais horizontais e mais focadas em objetivos e resultados em comum. Se você é altamente ambicioso e preza o reconhecimento individual, pode não conseguir o que necessita tão rapidamente em termos de progressão na carreira. Uma sugestão é atentar-se à forma pela qual as pessoas discutem seu trabalho nas reuniões. Se costumam falar sobre as realizações do grupo e você usa o “eu” em suas apresentações, você será rapidamente tachado como alguém que não sabe trabalhar em equipe. Mais uma vez, o importante é identificar como os indivíduos são reconhecidos e recompensados.

Agentes de mudança

Outro fator cultural que pode ter um profundo impacto no seu status e influência é a orientação da cultura para a mudança. A maioria dos lugares é resistente a pessoas de fora empenhadas em mudanças. Geralmente, porém, os líderes altamente talentosos vindos de fora são instruídos para “agitar as coisas”, para desafiar o status quo. Infelizmente, o que acontece com muitos desses indivíduos é que eles fracassam. Seja por terem interpretado mal os sinais culturais de quão disruptivos realmente deveriam ser (versus o que lhes foi dito) ou por não terem criado as relações de suporte necessárias para apoiá-los em decisões-chave – ou ambos. Por não terem recebido os conselhos de integração adequados, se houve algum, eles subestimam os limites culturais dentro dos quais têm que trabalhar. Portanto, o obstáculo para qualquer líder novato é descobrir o que pode desafiar e quando, dentro daquela cultura.

Rapidez e apoio também são fatores críticos. É preciso perguntar: posso ser um defensor da mudança altamente assertivo e célere, ou preciso investir primeiro no engajamento, no diálogo e na construção de consenso? Ninguém vai responder a estas perguntas para você – é você que precisa descobrir observando as reações às suas recomendações iniciais. Comece com algumas pessoas de confiança para testar suas ideias. Pergunte a eles como os outros podem reagir, antes de lançar sua grande ideia em um ambiente formal com líderes de cargos mais elevados. Saiba quais líderes o apoiam antes de propor grandes mudanças.

O principal, ao entrar em uma nova empresa, é ter em mente que suas conquistas anteriores não lhe permitem agir fora das normas da cultura em que você está agora inserido. A maioria das empresas o contratará por suas experiências anteriores, mas seu sucesso futuro será determinado pelo impacto que você tiver em seu novo ambiente e, dependendo de como você entende e trabalha adequadamente dentro de sua nova cultura, seu impacto pode ser amplificado ou inviabilizado.

Por que pessoas tóxicas são promovidas?

Por que pessoas tóxicas são promovidas?

Pelo mesmo motivo que as humildes: habilidade política

Às vezes, as pessoas erradas são promovidas. Podem ser desonestas e manipuladoras inescrupulosas (o que psicólogos chamam de “maquiavélicas”), impulsivas e caçadoras de aventura sem qualquer noção de culpa (psicopatas) ou egoístas preocupadas consigo mesmas, com mania de grandeza, convicção infundada de seu direito a tudo e sentimento de superioridade (narcisistas). Funcionários com um ou mais desses traços de personalidade, conhecidos como a “tríade negra”, são mais propensos a trapacear, a ter um comportamento fraudulento ou aproveitador no ambiente de trabalho e a tomar decisões antiéticas. Essa conduta pode ser frustrante para pessoas honestas e humildes que observam esses funcionários levarem vantagem. Por que, dada a sua toxicidade, eles progridem na carreira? Como conseguem ter sucesso?

Em uma pesquisa recente publicada na Personality and Individual Differences, analisei a influência da habilidade política entre os funcionários. Habilidade política é definida como uma competência social positiva que ajuda as pessoas a fazer contatos, influenciar outras, demonstrar traquejo social e ser sinceras nos seus relacionamentos.

Entrevistei em Singapura 110 funcionários de diversas empresas e cargos, perguntando como enxergavam sua habilidade política no ambiente de trabalho. Também determinei sua pontuação no fator-H de personalidade. As pontuações altas no fator-H indicam honestidade-humildade. As baixas são praticamente idênticas ao núcleo comum da tríade negra. Finalmente, entrevistei também os chefes desses funcionários.

Percebi que os funcionários tóxicos que eram classificados com alta taxa de habilidade política por seus supervisores eram mais propensos a ter uma avaliação de desempenho alta. Em outras palavras, embora nem todas as pessoas tóxicas possuam habilidade política, na opinião de seus chefes, as pessoas tóxicas que usam habilidade política com eficácia são vistas como melhores funcionários. E como todos sabemos, aqueles que são vistos como os melhores funcionários têm maiores oportunidades de serem promovidos.

Há alguma maneira de evitar essa ascensão? Psicólogos organizacionais especializados em avaliação de personalidade e comportamento podem contribuir para a identificação precoce de personalidades tóxicas, mas se o funcionário possuir habilidade política, essa tarefa pode se tornar difícil. Chefes também contam com a possibilidade de conversar com os colegas e subordinados do funcionário antes de promovê-lo, pois funcionários tóxicos podem ter comportamentos diferentes perante seus colegas e subordinados e diante dos chefes que têm o poder de decisão.

Mas também vale lembrar que, às vezes, esses tipos de personalidades difíceis podem ser úteis para uma organização. Imagine que você precise de uma pessoa tipo “James Bond” para uma tarefa árdua, que precisa ser executada de forma corajosa, lógica e fria. Por exemplo, uma empresa em reestruturação pode precisar cortar gastos se tiver alguma esperança de sobreviver. É verdade que a necessidade de demitir funcionários pode criar uma carga emocional pesada para a maioria dos gestores, mas para um gestor com pouca empatia esse processo é muito menos traumático. Ou talvez você tenha a absoluta necessidade de um especialista técnico, mesmo que ele seja um pouco narcisista. Bons gestores descobrem como posicionar esses tipos de pessoas ao mesmo tempo em que limitam os males que causam a outros funcionários.

E quanto às pessoas honestas e humildes — elas sempre perderão para essas personalidades sombrias? Não necessariamente. A questão é que algumas pessoas tóxicas são capazes de usar sua habilidade política para os próprios objetivos e são bem-sucedidas nisso. Em minha pesquisa, descobri que, uma vez controlada a habilidade política, não havia diferença na média das avaliações de desempenho entre os funcionários tóxicos e os honestos e humildes. E quando se tratava de uma tarefa como trabalho em equipe, esses últimos recebiam avaliações mais altas do que seus pares tóxicos (de novo, controlei a habilidade política). Esses dados ajudam a explicar por que há muitas pessoas não tóxicas que sobem na carreira.

Se você é uma dessas pessoas honestas e humildes que se sentem excluídas, esta pesquisa sugere que você pode concorrer à mesma promoção se adquirir habilidade política. Faça contato com diversos grupos de pessoas-chave dentro e fora da organização. Demonstre interesse genuíno pelos outros (de modo que seja evidente para eles, porque não adianta nada se não o perceberem). Ouça-os com entusiasmo e indague-lhes sobre seus interesses pessoais e profissionais. Se você conseguir estabelecer uma boa conexão com as outras pessoas, elas também ouvirão mais suas sugestões.

Embora demonstrar habilidade política seja mais fácil para alguns, trata-se de algo que pode ser aprendido. Quando você aproveita essa habilidade para objetivos pessoais e organizacionais de forma saudável, ela pode aumentar tanto o seu desempenho quanto o da empresa.
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Klaus J. Templer é professor associado de Psicologia Organizacional na Singapore University of Social Sciences.
TRANSIÇÕES

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Ao começar em um novo emprego, preste atenção a estes cinco aspectos da cultura empresarial

Ao entrar em uma empresa, você tem pouco tempo para se adaptar à sua cultura. É a antiga regra dos 90 dias. E conhecemos muitas pessoas talentosas que tropeçaram porque não possuíam bola de cristal para entender as regras culturais da nova empresa. Isso acontece porque a maioria das empresas não explica as regras culturais aos recém-chegados e os novos contratados estão tão concentrados no trabalho e no novo chefe que ignoram a influência profunda dessas regras. No entanto, compreendê-las desempenha um grande papel no seu sucesso inicial. Estar ciente não apenas do que seus colegas fazem, mas de como eles trabalham conta muito se você quiser ser eficaz e causar uma boa impressão.

Em nosso estudo, notamos cinco aspectos da cultura empresarial que requerem sua atenção. São estes os que têm o maior impacto na sua capacidade de ser bem-sucedido em um novo trabalho:

Relacionamentos

As empresas diferem na forma de cultivar relacionamentos, no valor que dão à colaboração e na quantidade de contato pessoal necessária para realizar o trabalho e tomar decisões importantes. Em algumas empresas, a única maneira de influenciar os outros é passar tempo com eles pessoalmente. Em outras, o e-mail, as mensagens de texto e a videoconferência são preferidos às reuniões presenciais. Ao entrar em uma nova empresa, pergunte aos colaboradores como você deve se relacionar com as pessoas. Por exemplo, você precisa passar tempo desenvolvendo um relacionamento com alguém antes de pedir sua ajuda ou contribuição para um projeto? Ou é possível fazer uma lista de pessoas para simplesmente enviar um e-mail pedindo ajuda ao precisar delas?

Observe onde e como seus colegas trabalham e tomam decisões. Passam muito tempo em reuniões ou costumam estar em suas mesas ou trabalhando em casa? As pessoas são amigáveis e estão dispostas a se encontrar com você? Ou elas parecem simpáticas, mas repetidamente cancelam reuniões? Você pode precisar de outras pessoas para ajudá-lo a fazer os contatos necessários.

Comunicações

Quando você inicia um novo emprego, observe como as pessoas costumam se comunicar. É por meio de canais formais, como reuniões sempre agendadas com antecedência e para as quais todos vêm bem preparados? Ou as pessoas se comunicam espontaneamente com pouca ou nenhuma documentação? (Talvez o seu gerente costume dar uma passada e dizer: “Você pode participar desta reunião agora?”.) Você deve começar perguntando ao seu chefe quais são as expectativas dele. Assistentes pessoais e seus colegas de equipe são outras boas fontes de informação.

A hierarquia geralmente determina quando e onde é aceitável se comunicar com os colegas com um cargo acima do seu. Por exemplo, em ambientes mais hierárquicos, você pode ter que informar de antemão ao seu chefe qualquer comunicação que você tenha que fazer a alguém em um cargo superior. Em organizações menos hierárquicas, as pessoas podem ser estimuladas a enviar e-mails a líderes de cargos mais elevados para conversar com eles. A melhor maneira de descobrir essas regras é perguntar aos outros. Seus colegas e subordinados diretos podem ser uma boa opção para informá-lo sobre como proceder com seu gerente e com outros em cargos mais elevados. Pergunte sobre iniciativas recentes bem-sucedidas e como os colegas influenciaram os líderes de cargos mais elevados em suas comunicações.

Também é válido observar como as informações costumam ser apresentadas. Por exemplo, as reuniões se dão por apresentações formais ou cada um pode compartilhar informalmente problemas, debater tópicos e participar de brainstorming em tempo real sem ser julgado? Algumas empresas e departamentos preferem apresentações de 50 páginas com uma infinidade de detalhes e análises, ao passo que outras preferem trabalhar a partir de uma simples programação enviada por e-mail com uma lista de tópicos em bullet points. Preste atenção a como a informação é geralmente preparada para as reuniões, até que ponto as questões são debatidas versus “ticadas” e com que cerimônia as pessoas se comportam diante de outras em posições de poder. Observe como os líderes em posições elevadas na sala respondem a plataformas formais e recomendações fortes, em vez de discussões informais. Qual estilo resulta efetivamente em uma decisão na reunião?

Tomada de decisão

A forma pela qual as empresas tomam decisões também varia significativamente. Algumas tomam decisões em tempo real em reuniões formais, enquanto outras tendem a concluir as decisões fora do escritório. Mesmo que reuniões formais sejam a norma, você pode dar-se conta de que as decisões reais acontecem na área do café, no corredor ou durante o almoço. Observe se as decisões tomadas nas reuniões são levadas a cabo. Se você vir pessoas concordando com algum conjunto de ações em uma reunião e perceber que coisas diferentes acontecem depois, isso sugere que há fortes mecanismos informais de tomada de decisão a serem desvendados. Por exemplo, a decisão de investir em um novo produto pode acabar nas mãos de duas pessoas essenciais, mesmo com uma equipe de liderança de alto escalão inteira analisando a decisão. É uma boa ideia se encontrar com esses dois líderes principais bem antes de qualquer reunião formal e convencê-los do seu ponto de vista. Ou talvez todos os presentes pareçam concordar em investir nesse produto, mas você perceba que vários indivíduos optaram por não expressar suas divergências em público por razões políticas. Você precisará voltar e influenciar cada um deles para garantir que eles não atrapalhem seu projeto.

Outro aspecto da tomada de decisão a ser compreendido é se a cultura de sua empresa tem um viés de ação ou um viés de análise e consenso. Em empresas onde o viés é de ação, tempo e capacidade de concentração costumam ser limitados e as decisões são tomadas rapidamente. Se for exigir uma iniciativa, precisa apresentar sua posição com clareza e fornecer aos principais interessados as informações necessárias para a tomada de decisão. Outras culturas empresariais preferem uma discussão mais prolongada de opções, modelos e estratégias. É necessário ter mais paciência, principalmente porque esse viés de consenso geralmente significa enviar mais materiais e análises de apoio e refazer a mesma apresentação várias vezes antes de chegar a uma decisão final. A pergunta que cabe aqui é: qual é o seu próprio viés de ação e como ele se encaixa em sua nova cultura?

Perspectivas individuais versus coletivas

Algumas empresas abordam o trabalho em grande parte como produto de indivíduos, enquanto outras acreditam que é o produto de uma orientação colaborativa. Se uma empresa é muito individualista em sua abordagem, geralmente apoiará uma “mentalidade de herói” que valoriza o indivíduo ambicioso. As recompensas geralmente se baseiam no indivíduo e a gestão do desempenho costuma ser baseada em avaliações individuais, em que a contribuição específica de todos é justificada para os colegas.

As empresas focadas no grupo fornecem algo mais próximo a uma rede de segurança na qual os riscos e recompensas são divididos, mas pode ser mais difícil destacar-se como indivíduo e diferenciar-se. Essas empresas costumam ser mais horizontais e mais focadas em objetivos e resultados em comum. Se você é altamente ambicioso e preza o reconhecimento individual, pode não conseguir o que necessita tão rapidamente em termos de progressão na carreira. Uma sugestão é atentar-se à forma pela qual as pessoas discutem seu trabalho nas reuniões. Se costumam falar sobre as realizações do grupo e você usa o “eu” em suas apresentações, você será rapidamente tachado como alguém que não sabe trabalhar em equipe. Mais uma vez, o importante é identificar como os indivíduos são reconhecidos e recompensados.

Agentes de mudança

Outro fator cultural que pode ter um profundo impacto no seu status e influência é a orientação da cultura para a mudança. A maioria dos lugares é resistente a pessoas de fora empenhadas em mudanças. Geralmente, porém, os líderes altamente talentosos vindos de fora são instruídos para “agitar as coisas”, para desafiar o status quo. Infelizmente, o que acontece com muitos desses indivíduos é que eles fracassam. Seja por terem interpretado mal os sinais culturais de quão disruptivos realmente deveriam ser (versus o que lhes foi dito) ou por não terem criado as relações de suporte necessárias para apoiá-los em decisões-chave – ou ambos. Por não terem recebido os conselhos de integração adequados, se houve algum, eles subestimam os limites culturais dentro dos quais têm que trabalhar. Portanto, o obstáculo para qualquer líder novato é descobrir o que pode desafiar e quando, dentro daquela cultura.

Rapidez e apoio também são fatores críticos. É preciso perguntar: posso ser um defensor da mudança altamente assertivo e célere, ou preciso investir primeiro no engajamento, no diálogo e na construção de consenso? Ninguém vai responder a estas perguntas para você – é você que precisa descobrir observando as reações às suas recomendações iniciais. Comece com algumas pessoas de confiança para testar suas ideias. Pergunte a eles como os outros podem reagir, antes de lançar sua grande ideia em um ambiente formal com líderes de cargos mais elevados. Saiba quais líderes o apoiam antes de propor grandes mudanças.

O principal, ao entrar em uma nova empresa, é ter em mente que suas conquistas anteriores não lhe permitem agir fora das normas da cultura em que você está agora inserido. A maioria das empresas o contratará por suas experiências anteriores, mas seu sucesso futuro será determinado pelo impacto que você tiver em seu novo ambiente e, dependendo de como você entende e trabalha adequadamente dentro de sua nova cultura, seu impacto pode ser amplificado ou inviabilizado.
Para aproveitar melhor seu tempo, monitore-o

Para aproveitar melhor seu tempo, monitore-o

É difícil saber se você está usando seu tempo de forma eficiente.

Mesmo se está sempre estressado e trabalhando duro, você tem certeza que está gastando seu tempo nas atividades certas? Para descobrir, tente um exercício de monitoramento de tempo.

Por 30 dias, use uma planilha para registrar como você passa seu tempo, fazendo atualizações a cada meia hora. Pode parecer trabalhoso, mas esse exercício pode render alguns insights surpreendentes. Por exemplo, talvez a sua meta seja ler mais e você esteja com dificuldade para encontrar tempo. Esse exercício talvez revele que você pode escutar audiobooks ou podcasts enquanto se exercita, cozinha ou vai ao trabalho.

Monitorar seu tempo também pode te mostrar que você tem tendência a perder horas específicas do dia (digamos, horas antes de dormir gastas mexendo nas redes sociais) e que algumas tarefas carregam um peso psicológico desproporcional (como gerenciar seu e-mail). Apenas monitorando seu tempo é que você consegue perceber se o está gastando com atividades que valem a pena.

Adaptado de “Track your time for 30 days, what you learn might surprise you”, por Dorie Clark.

A Laselva Soluções Organizacionais disponibiliza também diversos cursos e treinamentos para desenvolvimento pessoal. Entre em contato conosco clicando aqui!

Planos de escritório abertos são tão ruins quanto você pensou

Planos de escritório abertos são tão ruins quanto você pensou

Planos de escritório aberto deveriam levar as pessoas a interagir mais. Um estudo sugere que os trabalhadores descobriram novas maneiras de se evitarem mutuamente.

Um local de trabalho sem cubículos sem escritórios particulares deve obrigar os funcionários a colaborar. Para que eles falem mais cara a cara. Para tirá-los do mensageiro instantâneo e, espontaneamente, fazer um brainstorming sobre novas idéias.

Mas um estudo recente de dois pesquisadores oferece evidências para apoiar o que muitas pessoas que trabalham em escritórios abertos já sabem: não funciona dessa maneira. O barulho faz com que as pessoas coloquem fones de ouvido e desliguem. A falta de privacidade leva os outros a trabalhar em casa quando podem. E a sensação de estar em um aquário significa que muitos escolhem e-mails por meio de um bate-papo de recepção.

Em um local de trabalho aberto, o co-autor do estudo e professor da Harvard Business School, Ethan Bernstein, disse em uma entrevista recente: “Eu entro neste espaço, e vejo todos usando fones de ouvido olhando atentamente para uma tela tentando parecer ocupada porque todo mundo pode ver eles. ”O resultado pode ser que“ em vez de interromper as pessoas, eu enviarei um email ”.

Bernstein estudou duas empresas da Fortune 500 que fizeram a mudança para um ambiente de escritório aberto, de onde os trabalhadores tinham mais privacidade. Utilizando crachás e microfones eletrônicos “sociométricos”, bem como dados sobre e-mail e uso de mensagens instantâneas pelos funcionários, os pesquisadores descobriram no primeiro estudo que após a organização ter mudado para escritórios em plano aberto, os trabalhadores gastaram 73% menos tempo interações face a face. Enquanto isso, o uso de e-mail aumentou 67% e o uso de mensagens instantâneas aumentou 75%.

Os participantes usaram os crachás e microfones por várias semanas antes de o escritório ser redesenhado e por vários depois, e a empresa deu aos pesquisadores acesso às suas comunicações eletrônicas. Os resultados foram surpreendentes. “Ficamos surpresos com o grau em que encontramos o efeito que encontramos”, disse Bernstein.

Os emblemas usados ​​no pescoço dos participantes incluíam um sensor infravermelho, um sensor Bluetooth e um acelerômetro que, combinado com um microfone, poderiam dizer que duas pessoas tiveram uma interação cara-a-cara, disse Bernstein, sem gravar palavras faladas. Os pesquisadores tiveram o cuidado de garantir que outras variáveis ​​não estivessem em questão – o ciclo de negócios era semelhante, por exemplo, e o grupo de funcionários era o mesmo.

Em um segundo estudo, os pesquisadores analisaram as mudanças nas interações entre pares específicos de colegas, encontrando uma queda semelhante na comunicação face a face e um aumento menor, mas ainda significativo, na correspondência eletrônica (enviando um para o outro entre 22% e 50% mais) .

Há um “desejo humano natural por privacidade e, quando não temos privacidade, encontramos maneiras de alcançá-la”, disse Bernstein. “O que estava fazendo era criar um ambiente não mais face a face, mas um ambiente mais digital. Isso é irônico porque não é isso que as pessoas pretendem tentar ao criar espaços de escritório abertos. ”

Outra brecha em suas pesquisas, disse Bernstein, é que os trabalhadores não apenas mudam o modo de comunicação que usavam, mas também tendem a interagir com diferentes grupos de pessoas on-line do que pessoalmente. Mudar de um tipo de comunicação para outro pode não ser de todo ruim – “talvez o email seja apenas mais eficiente”, ele disse – mas se os gerentes querem que certas equipes de pessoas estejam interagindo, isso pode ser mais perdido do que imaginam. A mudança no espaço do escritório pode “ter efeitos profundos na produtividade e na qualidade do trabalho”.

Bernstein espera que a pesquisa ofereça evidências empíricas que ajudem os gerentes a considerar as possíveis compensações da mudança para um plano de escritório aberto. Ao buscar um custo menor por metro quadrado, eles acreditam na ideia de que isso também levará a mais colaboração, mesmo que não seja claro que isso seja verdade.

“Eu não culpo os arquitetos”, disse ele. “Mas acho que passamos mais tempo pensando em como projetar espaços de trabalho com base na perspectiva do observador” – o gerente – “em vez do observado”.

Fonte: Washington Post